Pogona: hábitos, características e curiosidades deste pet

Pogona: hábitos, características e curiosidades deste pet

O pogona, chamado também de dragão barbudo, é um réptil muito cobiçado como bicho de estimação no Brasil. Conheça tudo sobre ele aqui!


Pogona: o dragão barbudo

Pagona em pedra no meio do mato

Já imaginou ter um pequeno dragão como animal de estimação? Com o pogona, a sensação é realmente essa. Esse réptil que pode ser domesticado é uma ótima opção para aqueles que amam bichos exóticos e têm responsabilidade para cuidar de um com muita atenção.

Não por acaso, o nome dado ao pogona é dragão barbudo. Ele impressiona qualquer um com seu visual único que parece ter saído dos lugares mais inusitados do mundo ou até mesmo de outra época da história.

Mas será que qualquer pessoa tem capacidade para cuidar de um pogona? Neste artigo, exploramos as principais características desse animal para que você descubra se é o bicho de estimação ideal para a sua rotina.

História e origem do pogona

Dois pagonas em fundo petro

Os répteis estão entre os animais mais antigos do planeta, com origem que remete à Era Paleozoica. Graças à evolução, muitas espécies surgiram e preencheram a fauna com incríveis e curiosos seres vivos muito diversificados. Um deles será analisado neste texto: o pogona, também conhecido popularmente como dragão barbudo.

História do réptil pogona

Os pogonas existem desde o período Cenozoico, evoluindo ao longo de milhões de anos até chegar no animal que conhecemos hoje como dragão barbudo.

Existem diversas espécies de lagartos do gênero pogona. No entanto, apenas o chamado Pogona vitticeps foi domesticado e é legalizado para criação no Brasil. Além de animal de estimação, ele também aparece em zoológicos.

Por ser natural da Austrália, o dragão barbudo ainda é encontrado em grande número por grande parte do território desértico do país.

Distribuição geográfica do animal

Desde a sua origem, o habitat natural do pogona é o deserto australiano, sendo encontrado principalmente em regiões áridas e rochosas. Na natureza, esse réptil também aparece em cerrado, savana e bosques de países subtropicais.

A espécie Pogona vitticeps vive em uma porção específica do interior da Austrália, ocupando uma faixa de norte a sul de cerca de 1500 km. O clima dessa região é, em maior parte, quente e seco.

Os animais que se encontram em seu território de origem não podem ser capturados e comercializados. O pogona visto em lares domésticos e zoológicos foi criado em cativeiro desde o nascimento.

Criação em cativeiro do pogona

Por ser um animal dócil e que gosta de contato com os humanos, o pogona adaptou-se muito bem à criação em cativeiro. Aqueles que amam répteis ou bichos exóticos ficam encantados com o dragão barbudo como pet.

No entanto, vale lembrar que os criatórios são obrigados a obter a certificação do IBAMA para reproduzir e vender o pogona. Uma das exigências é que o animal não pode ser selvagem, ou seja, retirado do habitat natural.

Características do pogona

Pagona deitado em mão

Quem procura um pet exótico pode ficar impressionado pelas qualidades do pogona. De qualquer forma, tenha a consciência de que esse é um ser vivo com diversos cuidados necessários, diferentemente de um animal mais tradicional como cão ou gato.

Comportamento do dragão barbudo

O pogona é um animal de estimação único. Muitas vezes, ter um réptil significa deixar o animal no terrário e raramente ter interações. Contudo, com o dragão barbudo é diferente. Esse pet é muito sociável e acostuma-se rapidamente ao manuseio, relacionando-se facilmente com seus donos e até mesmo com estranhos.

No geral, o pogona é bem calmo e tem pouca movimentação. Sabendo disso, é recomendado deixá-lo fora do terrário para incentivar a sociabilidade. Seus hábitos são diurnos e vivem melhor sem a presença de outros animais porque são territorialistas.

Tempo de vida do pogona

Quem deseja ter um pogona como bicho de estimação terá um companheiro por aproximadamente uma década. Em cativeiro, o dragão barbudo vive em média entre 7 ou 12 anos, dependendo da forma como ele é criado.

Quanto mais próximo de suas condições naturais, melhor e maior será a sua expectativa de vida. Por isso, é importante proporcionar toda a atenção que esse réptil precisa, já que ele se torna dependente do cuidado humano quando está em cativeiro.

Tamanho do pogona

Um pogona adulto pode atingir 60 centímetros de comprimento já com a cauda, sendo que o tamanho encontrado com maior frequência em cativeiro é entre 40 e 50 centímetros. Quando comparado a outros lagartos, o dragão barbudo é considerado um animal de médio porte.

Com 18 meses de vida, o pogona já é considerado adulto e chega à maturidade. O peso desse animal pode variar bastante de acordo com o sexo, mas a média encontrada fica entre 280 e 510 gramas.

Terrário

É fundamental preparar um terrário completo para ter um pogona saudável. Questões como tamanho, temperatura e acessórios são muito importantes para garantir uma boa qualidade de vida e não estressar o animal.

A ideia é imitar um deserto dentro de um lugar fechado. Considerando que o dragão barbudo pode atingir 60 centímetros, considere comprar um terrário que ofereça espaço suficiente para essa proporção. A recomendação mínima é de 100 cm x 60 cm x 60 cm, mas, se puder, invista no maior terrário possível.

Outro detalhe é a circulação de ar, portanto o habitat do pogona não pode ser totalmente vedado.

Comunicação do pogona com os seres humanos

Pagona deitado em galho

Uma das partes mais curiosas de ter um pogona como animal de estimação é a possibilidade de interações. Esse bicho tem aptidão para comunicação, tendo uma linguagem própria para manifestar seus sentimentos. Confira, a seguir, quais são os gestos emitidos pelo dragão barbudo e o que eles significam.

Acenar

O aceno do dragão barbudo é uma forma de demonstrar submissão aos seus donos. Quando esse animal encontra outros seres maiores ou após ser manuseado, ele levanta a pata dianteira e faz um círculo no ar.

Ele poderá repetir esse gesto por vários minutos para comunicar paz. Também é um gesto feito por fêmeas quando encontram machos na época de reprodução.

Mostrar a barba

A “barba” do pogona nada mais é do que uma porção de escamas escuras no pescoço. Essa camada tem saliências que lembram espinhos ou até mesmo uma barba, explicando a origem do apelido dragão barbudo.

Quando sentem que estão ameaçados, os pogonas estufam a pele da garganta e essa camada de escamas fica mais visível. A ideia é intimidar o inimigo com o visual mais dominante. Esse comportamento é mais comum no pogona selvagem do que no doméstico.

Balançar a cabeça

Enquanto o aceno é uma forma de submissão, o pogona que balança a cabeça está impondo-se diante de outro indivíduo. É uma ação feita com mais frequência por machos, consistindo no movimento rápido da cabeça de cima para baixo repetidas vezes. Ele poderá mostrar esse gesto na disputa com outros pogonas machos ou diante de fêmeas no período reprodutivo.

Bufar

Assim como a exibição das escamas no pescoço, formando uma barba intimidadora, o pogona pode ainda bufar para mostrar que é dominante. Basicamente, serve como uma forma de avisar aos outros indivíduos que ele poderá atacar.

Morder

O dragão barbudo morde para mostrar que está estressado ou incomodado com alguma situação. Ele poderá mordiscar até mesmo os seus donos quando alguma coisa estiver errada, mas é importante não demonstrar reações como medo ou raiva.

Abrir a boca

Muitos pogonas criados em cativeiro são vistos com a boca aberta por um período relativamente longo. Esse gesto é comum dos répteis em geral para regular a temperatura corporal, já que eles são animais de sangue frio e buscam aquecer o corpo em locais quentes.

A boca aberta indica que eles estão expelindo calor em excesso, equilibrando a temperatura para não ficarem quentes demais. Fique atento se o seu dragão barbudo demonstra isso com muita frequência, o que significa que as condições do terrário não estão adequadas.

Curiosidades sobre o pogona

Pagona deitado em galho

Além das diferentes interações e sinais de comunicação, o dono do dragão barbudo também precisa aprender sobre os hábitos e cuidados diários desse animal.

Alimentação do pogona

A dieta do pogona no habitat de origem é baseada principalmente em insetos. Em cativeiro, é muito importante oferecer esse tipo de alimento na rotina do animal. Os tipos mais comuns na alimentação desse réptil são grilos, gafanhotos e baratas.

Para equilibrar os nutrientes, inclua também nas refeições uma variedade de folhas e frutas. Couve e rúcula são recomendadas para esse animal, assim como banana, uva, amora, maçã e kiwi, entre outras variedades.

Alguns criadores utilizam suplementos de cálcio, principalmente para os indivíduos mais jovens e em menores quantidades quando já é adulto.

Cuidados com a saúde do dragão barbudo

Oferecer alimentação na quantidade certa (2 ou 3 vezes por dia) e com equilíbrio de nutrientes é essencial para garantir uma boa saúde ao seu dragão barbudo. Ainda, outros hábitos podem ser adotados para melhorar ainda mais sua qualidade de vida.

Além disso, é importante manter a higiene do espaço e deixar água à disposição. Apesar de não ter o costume de beber água, também é uma forma de regular a temperatura.

Antes de adquirir um pogona, procure por veterinários e clínicas especializadas em animais exóticos próximos de você. Assim, qualquer problema percebido na mudança de comportamento poderá ser resolvido mais rapidamente.

Reprodução

Reproduzir pogonas em cativeiro é uma tarefa que exige bastante experiência, não sendo recomendada na criação doméstica tradicional. De qualquer forma, é interessante saber que os machos atingem maturidade sexual logo com um ano de vida, enquanto as fêmeas levam cerca de dois anos.

Quando estão maduros para a reprodução, o macho irá demonstrar sinais de dominância e a fêmea ficará submissa. Após a fecundação, ela deposita os ovos em um buraco, e os filhotes nascem em cerca de dois meses.

Um pet diferenciado

Pagona em fundo branco

Quem busca criar répteis como animais de estimação terá em casa um pet fora do comum. Com o pogona, a experiência é de ter um dragão em miniatura para interagir e fazer companhia diariamente. Então, para criar um desses com responsabilidade, é imprescindível seguir todos os cuidados vistos aqui neste artigo.

Fora isso, se você tem um pogona doméstico, sempre consulte a opinião de profissionais e leve o seu animal ao veterinário regularmente. Afinal, ele é um ser vivo que exige cuidados específicos. Dessa forma, seu pet terá uma vida feliz por muito tempo.

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