Peixe paulistinha: como cuidar, alimentação e muito mais
O pequenino peixe paulistinha é muito popular no meio do aquarismo. Por ser dócil, de baixo custo e fácil de cuidar, ele é escolhido por vários amantes da vida aquática como animal de estimação.
O nome científico do paulistinha é Danio rerio. No entanto, ele também é conhecido como peixe-zebra, bandeirinha, danio-zebra e bandeira-paulista. O apelido que se tornou popular no Brasil foi dado por causa das listras pretas e brancas, que lembram a bandeira da cidade de São Paulo.
Uma boa notícia é que até mesmo aqueles que nunca tiveram um animal aquático como pet são capazes de atender aos cuidados do peixe paulistinha. Neste texto, fique por dentro de inúmeras curiosidades sobre essa espécie admirável da natureza.
Características e morfologia do peixe paulistinha
O peixe paulistinha é famoso pelas listras pretas e brancas horizontais que percorrem todo o seu corpo alongado. Portanto, logo de cara, já é possível identificar a espécie ao olhá-la de perto. Além disso, o animal é bem pequeno, chegando até a cinco centímetros no tamanho adulto.
■Origem da espécie
Esse tipo de peixe surgiu em águas de córregos próximos ao Himalaia, sendo encontrado principalmente na Índia, Paquistão, Bangladesh e Myanmar. No entanto, atualmente a espécie já é criada em cativeiro em todo o mundo.
Um dos motivos para a presença do peixe paulistinha no Brasil é a sua fácil adaptação a diferentes tipos de água.
■Expectativa de vida
Um peixe paulistinha saudável vive em torno de 3 a 5 anos. Quanto mais próximo das condições de seu habitat na natureza, mais tempo o peixinho irá viver.
Essa duração costuma ser uma vantagem para aqueles que buscam um pet e ainda não podem comprometer-se com animais mais longevos. Além do mais, o período é ideal para criar experiência.
Como cuidar do peixe paulistinha
Ficou com vontade de ter um peixe paulistinha para cuidar na sua casa? Ou gostaria de surpreender alguém com esse bichinho incrível? Então, fique atento às dicas dos seguintes tópicos para deixá-lo sempre alegre e saudável.
■Alimentação
O peixe paulistinha é um animal onívoro. Na natureza, é comum a busca por alimentos como pequenos crustáceos, larvas de insetos e vermes.
Por outro lado, em cativeiro, o peixe pode viver tranquilamente com alimentos secos (ração). Em média, recomenda-se três porções ao dia, em uma quantidade que possa ser consumida em até cinco minutos.
■Aquário e água
Uma curiosidade sobre os peixes paulistinhas é a sua agilidade. Eles costumam nadar rapidamente de um lado do aquário para o outro, gastando energia praticamente o tempo todo. Com isso, é essencial proporcionar bastante espaço.
Além disso, um mínimo de cinco peixes paulistinhas no mesmo aquário é suficiente para deixá-los bem ambientados.
O tamanho do aquário deve ser entre médio e grande, com capacidade mínima de cerca de 90 litros de água.
■Limpeza
Os especialistas recomendam utilizar equipamentos de filtragem no aquário para manter a qualidade da água sempre boa. Quanto mais peixes conviverem no mesmo espaço, mais cuidado é preciso na questão da limpeza.
O responsável pelos cuidados deverá realizar a troca periódica da água quando houver acúmulo de sujeira, amônia e nitrito. No entanto, evite substituir totalmente o líquido. O ideal é eliminar no máximo 25% da água para não causar um choque térmico nos animais.
■Reprodução
Você não precisará se preocupar com a reprodução do seu peixe paulistinha caso o esteja criando apenas como animal de estimação. No entanto, o acasalamento é natural e não exige muita interferência dos humanos quando a criação é em cativeiro.
As condições necessárias para a reprodução é a temperatura da água, que deve ter cerca de 25º C. Quando peixes paulistinhas do sexo oposto estão na fase fértil, a fêmea irá depositar ovos no fundo do aquário. Depois de 48 horas eles irão eclodir e devem ser transferidos para outro recipiente.
Comportamento do peixe paulistinha
Os peixes paulistinhas com certeza darão mais vida para a sua casa. Dentro dos aquários, essas espécies costumam nadar agitadas e ficam mais felizes quando vivem em grupo. Portanto, para ter um tanque colorido e ativo, esse pet é muito interessante.
■Compatibilidade com outras espécies
O ideal é juntar o peixe paulistinha apenas com indivíduos da mesma espécie. No entanto, unir menos do que cinco peixes pode acabar se tornando prejudicial, com risco para comportamentos agressivos.
Lembre-se de que esse animal nunca ultrapassa os cinco centímetros de comprimento, portanto, evite acrescentar peixes maiores no mesmo espaço. Ainda, outras espécies menores e mais lentas também devem ser separadas, já que podem ser atacadas pelo paulistinha.
■Habitat
Natural de águas calmas e de fluxo lento, o peixe paulistinha também está acostumado a viver próximo a vegetação. Considere incluir plantas no aquário para que os pets fiquem mais à vontade.
Outros pontos para ficar atento referem-se à temperatura, que deve estar entre 23ºC e 27ºC, e o pH, ideal em torno de 7.
■Atividade
Quem não conhece o peixe paulistinha pode surpreender-se com suas habilidades de nado. Essa espécie é extremamente ativa, muito rápida e agitada.
Portanto, não estranhe se os seus pets não permanecerem parados por muito tempo. Essa característica é natural da espécie, e significa que eles estão saudáveis.
■Temperamento
Além da facilidade para cuidar, o peixe paulistinha também é indicado como animal de estimação por ser muito dócil e pacífico. A única mudança de temperamento será em situações de estresse, ao juntá-lo com outros peixes muito maiores ou os deixando sozinhos no aquário.
Os machos, quando estão disputando território, encaram uns aos outros mostrando as nadadeiras e apresentando suas cores de forma mais vibrante.
O peixe ideal para o primeiro aquário
Com tudo o que foi abordado por aqui, ficou mais fácil entender sobre os hábitos do peixe paulistinha. Ele realmente é uma ótima opção para iniciar no mundo do aquarismo, já que exige cuidados básicos e garante animação no aquário diariamente.
Ao cuidar de um peixe paulistinha, você irá ganhar experiência para ter cada vez mais peixes domésticos. No entanto, lembre-se de que trata-se de um ser vivo e toda atenção é necessária.