Sabe quantos anos vive um gato em média?
Que todo gato merece condições para viver o máximo da sua expectativa de vida todo mundo já sabe, mas infelizmente há muitos fatores que se traduzem em uma disparidade absurda dessa expectativa. Os gatos domésticos costumam viver entre 15 e 20 anos, mas essa expectativa pode variar.
Entre os aspectos que influenciam diretamente na expectativa do bichano, nós temos a exposição a doenças e perigos de uma vida livre pode oferecer, castração, vacinação, afeição e entretenimento.
Neste artigo, apresentaremos todos os aspectos relacionados a qualidade de vida que podem potencializar positivamente a expectativa de vida do seu felino e como todas elas podem ser exploradas ainda que o espaço de criação seja um espaço limitado.
Afinal, quantos anos vive um gato doméstico?
Saiba como a raça pode contribuir com a expectativa de vida de um gato doméstico, e conheça os fatores que influenciam na baixa expectativa de vida dos gatos que vivem na rua.
■Gato de raça
O gato persa é sinônimo de gato de luxo. Sua pelagem longa e majestosa junto ao focinho plano e porte tranquilo, dão a ele um ar de magnificência. Sua expectativa de vida média fica entre 10 e 17 anos. O gato siamês chama atenção devido aos seus grandes olhos azuis, pelos claros com extremidades escuras, e pelos elegantes, possui a sua expectativa de vida entre 15 e 20 anos de idade.
Os gatos da raça sphynx são gatos sem pelos que apresentam grandes olhos e orelhas como características marcantes. Eles possuem a expectativa de vida em torno de 14 anos. Aqui foram apresentadas algumas das raças de gatos mais populares, no entanto, vale salientar que os fatores que mais influenciam na expectativa de vida de um gato domesticado não se relacionam a sua raça e sim ao estilo de vida.
■Gato de rua
O famoso gato de rua é geralmente exposto a muitas situações de risco que desgastam a sua saúde e comprometem a sua qualidade de vida.
A expectativa de vida de um gato que vive na rua é curta, entre 5 e 7 anos. Dentre todos os riscos que podem reduzir as expectativas de vida de um gato de rua, estão: os ataques por cachorros, possíveis brigas com outros gatos (principalmente se não for castrado), atropelamento, envenenamento, contrações de doenças infecciosas como FIV e FELV, a maldade humana, armadilhas, parasitas e vermes.
Independentemente de como seja o meio externo (urbano ou rural), eles sempre serão perigosos para gatos. Além dos grandes riscos que há na natureza, existe a maldade humana que está presente em todos os lugares.
■Gato vira-lata
O gato vira-lata, também conhecido como gatos sem raça definida (SRD) são espécies antigas que cruzam com raças diferentes entre si e apresentam diversos tipos de cores, pelagem, tamanhos, formatos e aparência.
Por serem gatos que apresentam uma mistura com várias outras raças, não é possível indicar precisamente qual seria o temperamento, comportamento e condições relacionadas a expectativa de vida, apesar de saber-se que o gato vira-lata geralmente costuma apresentar comportamento carinhoso e saudável.
Vale lembrar que a raça do gato pouco influencia na sua expectativa de vida, já que essa variação entre raça, é mínima. O que realmente conta é a qualidade de vida, conforto e segurança do animal. Sendo assim, um gato vira-lata criado em condições favoráveis pode viver por aproximadamente 20 anos.
O que influencia o tempo de médio de vida de um gato?
Ouvimos muito falar sobre as condições apropriadas que podem estimular uma expectativa de vida prolongada ao felino. Mas quais são essas condições? Conheça-as!
■Ambiente seguro
Como já dito, ter um ambiente seguro e confortável é essencial na preservação da vida e saúde do bichano. Dentro de casa o animal está protegido de dezenas de perigos que a área externa pode oferecer. No entanto, o bichano também precisa de estímulos que os ajudem a gastar energia, os divirtam e tornem o ambiente acolhedor. Afinal, a felicidade e satisfação do animal também importa.
Por isso, para tornar o ambiente mais seguro e confortável possível, é recomendado que os donos dos animais criem constantes estímulos, oferecendo brinquedos, arranhadores, casinhas e outros elementos que entretêm o animal, regula o estresse e estimula a prática de exercícios.
■Alimentação e hidratação
A alimentação e hidratação são dois fatores que contribuem beneficamente para a expectativa de vida do animal. Algumas espécies de gatos exigem uma dieta com rações e alimentos específicos. Por isso, o recomendado é que o dono do animal procure um veterinário que irá contribuir com uma dieta adequada.
Uma alimentação adequada irá garantir uma boa manutenção do organismo. Isso ajuda a evitar complicações que podem ser desenvolvidas a partir de doenças oportunistas.
Um dos principais fatores que contribuem para a mais alta expectativa do gato criado em domicílio é a hidratação. Enquanto o gato de rua tem dificuldade em encontrar água, e quando encontra, geralmente, encontra em péssimas condições sanitárias, o gato criado em domicílio pode ter acesso à água potável trocada mais de uma vez por dia pelo seu dono.
Para estimular o gato a beber mais água e se manter hidratado, o dono pode lavar o pote e trocar a água constantemente, ou até mesmo, utilizar certos filtros e bebedouros desenvolvidos especificamente para serem atrativos para gatos.
■Exercícios regulares
O gato é um felino com espírito de predador. Por isso, é fundamental que ele exerça o seu comportamento natural de caça ou perseguição. Isso estimula o bem-estar do animal e também o auxilia a ter uma rotina mais ativa ao exercitar a mente e o físico, resultando, inclusive, no controle do peso do animal.
Para estimular o espirito de caça o dono pode comprar ou criar brinquedos com que o animal possa interagir, não é tão difícil. Para os exercícios é necessário ter um pouco de espaço, mesmo na atual contemporaneidade onde as cidades avançam com a verticalização, é possível criar e desenvolver um ambiente onde o animal possa ser estimulado a movimentar-se através de saltos, escaladas etc.
■Gato castrado vive mais
A castração apresenta inúmeros benefícios para gatos domésticos. Com a castração os gatos machos que tem o instinto de querer sair e explorar o mundo externo na busca de uma fêmea para acasalar, passam a ficar mais tempo em casa, ficando menos expostos a brigas, doenças ou acidentes.
Com as gatas fêmeas, a castração evita o risco de gravidez, que gera a maior causa de abandono, o que acaba resultando em uma superpopulação de gatos não supervisionada.
A castração também reduz ou eliminam comportamentos que são indesejáveis, como a marcação e território com urina, arranhar e afiar as unhas nos móveis, fuga e agressividade. Além disso, a castração contribui para a evitação do desenvolvimento de doenças cancerígenas que se dão nos órgãos reprodutores.
■Cuidados com pelos, unhas e dentes
A escovação dos pelos do gato ajuda a remover a camada morta de pelos antes que eles embaracem, estimula os folículos da pele e diminui a formação das bolas de pelo. Ao passar a escova no abdômen do gatinho é necessário ter cuidado, pois, além de ser uma região sensível, os pelos apresentam determinada fragilidade, e com isso, a escovação inadequada pode gerar dores e incômodos.
Nos pisos de casas e apartamento as unhas geralmente não desgastam, e consequentemente, apresentam crescimento exagerado, o que prejudica a mobilidade do animal. Ao fazer o corte das unhas é necessário ter cuidado, pois, as unhas possuem vasos e veias sensíveis que se cortadas podem gerar dor e abrir passagem para possíveis infecções e outros problemas de saúde.
A escovação de dente deve ser feita para remover ou evitar o desenvolvimento de tártaros. A escovação nunca deve ser feita com pastas para humanos, pois elas irritam o estômago dos felinos.
■Acompanhamento de veterinários
Muitas doenças que podem ser apresentadas pelos felinos podem ser facilmente combatidas se descobertas prematuramente. Mesmo que o seu animal seja criado dentro de casa, sem contato com o mundo externo, há insetos como moscas e até mesmo outros humanos que podem transmitir vírus, parasitas ou bactérias.
Por isso, mesmo com todos os devidos cuidados é essencial que o animal tenha o acompanhamento minimamente anual de um veterinário. A aplicação de vacinações e o diagnóstico de doenças de forma prematura pode salvar e prolongar a vida do seu bichano.
■Amor e atenção
Não é novidade que gatos amam receber carinho e atenção. Seja passando próximo às pernas do seu tutor, ou ficando a sua frente, seguindo, miando, esfregando no seu dono ou virando-se com a barriga para cima.
Uma pesquisa publicada no jornal Preventive Veterinary Medicine demonstrou que gatos domésticos são muito sensíveis ao bom tratamento por seres humanos. Nessa pesquisa, os resultados indicavam que felinos que interagem com outros humanos diversas vezes durante o dia apresentam maior disposição e menor probabilidade de desenvolvimento de doenças respiratórias.
Com isso, fica provado cientificamente que não é à toa que o bichano busca o seu dono para receber amor e atenção, uma breve e intensa demonstração de carinho é capaz de afastar doenças e problemas que podem comprometer a saúde do gato, e logo, reduzir sua expectativa de vida.
Mais sobre tempo de vida dos gatos domésticos
Saiba curiosidades sobre a idade do seu gato e conheça qual é o recorde de gato mais velho do mundo registrado no Guinness book.
■Como calcular a idade dos gatos em anos humanos
Muitas pessoas acreditam que cada ano de vida de um felino é igual a sete anos da vida humana, mas essa representação não funciona dessa forma. Segundo especialistas, com seis meses de nascido a idade humana de um felino seria a de nove anos. Já aos 12 meses de nascido, pode-se considerar que o gato tem 15 anos de idade humana, ou seja, a fase da adolescência e puberdade.
Para se ter um cálculo mais preciso, o recomendado é que, a partir do 8° até o 12º mês de nascido, deve-se considerar a cada mês de idade felina como 2 anos de idade humana. Após isso, a contagem só deve ser continuada quando o gato completar 2 anos de nascido. A partir disso, a cada ano de nascido deve ser acrescentado 4 anos de vida humana.
■Como saber a idade de um gato
Apesar de ser difícil definir a exata idade de um gato, é possível identificar a sua faixa etária através da análise de características físicas e comportamentais. Se o gato apresenta fragilidade e não consegue fazer nada sozinho, nem abrir os próprios olhos, ele é um recém-nascido.
Até o primeiro ano o gato ainda apresenta comportamentos típicos de filhotes. Os dentes de leites começam a cair e aparecem os dentes definitivos. Além disso, seu corpo passa a se desenvolver até alcançar o tamanho adulto e apresenta maturidade sexual evidente.
Aos quatro anos, a gengiva do gato passa a apresentar certa pigmentação, e os dentes, desgastes. Ao atingir a fase adulta, os felinos passam a sentir menos disposição, o que faz aparecer remela nos olhos mais constantemente, já que passam grande parte do dia dormindo.
■O recorde de anos de vida foi de 38 anos
Com 38 anos, o gato mais longevo da história foi o Creme Puff, nascido em agosto de 1967, segundo o Guinness Book. A gata não possuía raça definida. Quando o dono do animal foi questionado quanto ao segredo para tal longevidade, ele mostrou sua casa, onde havia tocas, túneis suspensos, arranhadores e muitas outras atividades que encantariam qualquer bichano.
Outro gato longevo, que inclusive, encantou toda a internet em 2018 pelo seu aniversário de 30 anos, foi o Rubble. Infelizmente Rubble morreu um pouco antes de completar 32 anos de idade, em 2020, mas deixou muitas lembranças e uma lição de como é possível cultivar uma amizade duradoura desde que a qualidade de vida do bichano seja positivamente potencializada.
Agora você sabe quantos anos vive um gato e como prolongar sua longevidade!
Agora que você já sabe como prolongar a expectativa de vida do seu bichano, vale a pena pôr em prática! O acompanhamento médico nesse processo é essencial, e se não, o fator mais importante. Existem muitos fatores que podem contribuir com a baixa expectativa de vida de um bichano.
O devido acompanhamento será capaz de monitorar e adequar o ambiente e as condições mais propicias para o desenvolvimento saudável do animal. Vale lembrar que a raça do animal não tem tanta influência assim quanto a esses fatores, por isso, o recomendado é que gatos que vivem na rua sejam priorizados em processos de adoção.
Pois, além de estar dando um lar para o animal, dessa forma, evita-se o crescimento desordenado de animais que refletem em alta taxa de mortalidade, acidente e violência.
Estudante de Letras Vernáculas na Universidade Católica Do Salvador. Trabalho atualmente com reforço de aulas de português, redator e revisor freelancer.
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