Tuiuiú: veja características, informações, curiosidades da ave e muito mais!

O Tuiuiú ou jaburu é uma cegonha voadora considerada o símbolo do pantanal! Sua pelagem única, pernas alongadas e curiosa forma de caçar andando pelas margens do rio conferem-na muitos olhares dos amantes da natureza. Além disso, seu tamanho volumoso, que pode chegar a 1,60 m de altura, chama a atenção.

Esta espécie rendeu muitas lendas popularmente conhecidas pela população ribeirinha do Pantanal e regiões onde mantém seu habitat natural. É admirada com ares sublimes em corpos de água doce, como brejos, pântanos, rios e lagos desde o México ao norte da Argentina.

Ademais, você imaginaria que um de seus ninhos hoje faz parte da coleção de um museu? Pois tal qual o tamanho da ave, a estrutura encontrada media cerca de 3 m de diâmetro! Esta fascinante ave também é muito conhecida pelo exímio cuidado com seus filhotes, revezando-se na alimentação da cria até que estejam preparados para a completa independência. Dentre esses fatos, você conhecerá muitos outros e será devidamente apresentado ao belo Tuiuiú a seguir! Vamos lá?

A bela ave Tuiuiú chama muita atenção devido ao seu longo e diferente bico, fato que instiga a curiosidade de muitas pessoas sobre seus atributos. Por isso, abaixo você conhecerá fatos sobre o nome do bicho, características visuais, alimentação, distribuição, hábitos e reprodução. Vamos lá?

O Tuiuiú (Jabiru mycteria) recebe muitos nomes ao redor do país: no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul é chamado de tuim-de-papo-vermelho, no sul do Brasil é identificado como jabiru. É popularmente conhecido como jabiru e jaburu.

Ademais, seu nome científico vem do tupi e do grego. Yabi'ru,iambyrú, em tupi, significa pescoço inchado; e mukter, em grego, quer dizer nariz. Logo, a etimologia do Tuiuiú significa ave com nariz grande de pescoço inchado!

O Tuiuiú é uma ave extremamente singular e peculiar. Suas características físicas são marcantes e chamativas, de modo que o bico alongado do animal, que chega a medir 30 cm e é totalmente preto, chama bastante atenção. O bicho possui o pescoço nu, a pelagem da cabeça preta e as plumas do restante do corpo brancas. No geral, costuma medir até 1,4 metros, de modo que o comprimento de suas pernas é grande e alongado.

O Tuiuiú possui dimorfismo sexual bem evidente. As fêmeas, por exemplo, costuma ser 25% menor do que os machos, além de serem menos pesadas.

O Tuiuiú é um excelente caçador, come principalmente peixes, insetos, cobras aquáticas e anfíbios pequenos. Raramente caça tartarugas e filhotes de jacaré. Sua forma de capturar a presa é bastante curiosa: andando, procura com a ponta do bico por presas e, ao capturá-la, joga-a no chão duro para matá-la, alimentando-se em seguida. Ou seja, ele é calmo e preciso no quesito alimentação!

Mais de 50% da população de Tuiuiú se encontra no Brasil, com predominância no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pantanal. É visto da Região Norte até São Paulo e, em baixa porcentagem, tem seu habitat no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sua distribuição total vai do México ao norte da Argentina.

A espécie habita as margens de rios e árvores já caídas sobre a superfície na época das cheias. Quando chega a seca dos rios, o Tuiuiú procura por poças e pequenos lagos.

Esta espécie de ave vive em pares ou em bandos, tem representantes diurnos e aquáticos e já foi avistada vivendo de forma solitária. Para voar, o Tuiuiú estica totalmente o pescoço e alterna algumas batidas de asas com o voo planado. Além disso, o Tuiuiú se reproduz sobre árvores altas e costuma abrir as asas ao Sol para que elas sequem depois de eles andarem pelos rios.

No mais, os Tuiuiús são aves migratórias e vivem em margens de grandes rios e lagos, em áreas úmidas, alimentando-se de peixes.

A reprodução do Tuiuiú é bastante curiosa. Na época da cópula, o macho e a fêmea voam pela mata ribeirinha até as árvores mais altas, de 4 m a 25 m de altura, até acharem um local seguro para construírem o ninho, uma estrutura tão fprte que aguenta um ser humano! O mesmo ninho é reutilizado em outros anos, aprimorando-se com acréscimo de materiais.

Ambos colocam a mão ou os pés e bico na massa: o macho traz madeira, lama e capim, e a fêmea constrói o ninho, botando entre 3 e 4 ovos. A choca tem a duração de 60 dias, de modo que, com cerca de 90 dias, os filhotes tornam-se independentes.

A simbologia do Tuiuiú permeia o imaginário coletivo brasileiro, de forma que a ave é considerada o símbolo do Pantanal! Por isso, a seguir você descobrirá a importância do animal para o bioma brasileiro, para a natureza como um todo, além de conhecer lendas sobre ele! Confira:

O Tuiuiú foi considerado oficialmente símbolo do Pantanal no ano de 1992, de modo que recebeu esse título por ser a maior ave voadora da região! Assim, de acordo com a Lei 5950/1992, o Tuiuiú simboliza o Pantanal Mato-grossense e deve ser contemplado com o referido status. Portanto, além de zelar pela ave, a população deve, também, cuidar do bioma para preservar seu habitat e todas as espécies dele.

O Tuiuiú soma grande importância ecológica ajudando a evitar a putrefação advinda da falta de oxigênio nos lagos e lagoas quando estes vão se aproximando da época das secas. Isso acontece porque a ave agrega à sua alimentação grande quantidade de peixes, moluscos e pescado mortos, evitando que as carcaças se decomponham nos rios. Assim, o Tuiuiú evita que os rios se contaminem!

Há uma diversidade de lendas sobre o Tuiuiú. Uma delas conta sobre a tristeza que é associada à ave, uma vez que os jaburus olhariam muito para o chão. Conta a lenda que um bando de Tuiuiús era alimentado por um casal de índios, que morreram e foram enterrados no local onde faziam a alimentação das aves.

Quando voltaram em busca de alimentos, os Tuiuiús permaneceram sobre o monte de terra que cobria o corpo dos índios já falecidos, esperando que dali saíssem algumas migalhas. Como os índios não apareceram mais, os Tuiuiús passaram a ficar cada vez mais tristes, olhando para o monte no chão. Por esse motivo, eles aparentariam estar sempre desolados.

Além de conhecer diversos fatos essenciais sobre o Tuiuiú e seu modo de vida, há algumas curiosidades muito interessantes a respeito da ave. Assim, a seguir você conhecerá mais sobre a origem e a história do Tuiuiú, seu estado de conservação, sua comunicação com outros animais e seu flavismo! Veja:

Esta espécie de cegonha é nativa das Américas Central e do Sul, e está dentre as aves consideradas bastante comuns no Brasil. Atualmente, os censos populacionais de animais estimam que hajam apenas 400 indivíduos de Tuiuiús na América Central.

No ano de 2002 estimava-se que havia 10.000 Tuiuiús na América Latina, do norte ao centro do continente. As pesquisas científicas recentes relatam um declínio da espécie devido a destruição de seu habitat. Medidas protecionistas foram tomadas desde 1973 dentro das legislações de Belize, por exemplo.

A conservação do Jabiru mycteria é considerada pouco preocupante, de acordo a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Ou seja, não é uma espécie ameaçada de extinção. No entanto, o Tuiuiú vem perdendo seu habitat devido à expansão agrícola, que chega a eliminar diversos biomas.

Dessa forma, o futuro não é muito otimista para a conservação dessa e de outras populações da fauna e flora.

O som do Tuiuiú pode ser encontrado em catálogos e arquivos de sons sobre comportamento animal. O jaburu se comunica com outros indivíduos da espécie com o estalar do bico. Por se tratar de uma ave, seus olhos possuem alta percepção das cores, além disso, enxergam de forma ampla e panorâmica.

O flavismo é a ausência parcial ou total de melanina. Já foi observado que alguns Tuiuiús apresentam menor quantidade de melanina na pelagem e bico, o que ocasiona uma coloração fluída no pigmento castanho e no pigmento preto. Comumente, possuem bico e pescoço preto, um colarinho vermelho e o corpo todo branco.

Na presença do fenômeno chamado flavismo, o bico e o pescoço podem ser totalmente vermelhos, ou vermelhos com manchas pretas. No entanto, trata-se de um evento que não acontece com tanta frequência nesses animais.

Agora você sabe um pouco mais sobre essa espécie de cegonha tão conhecida no Pantanal! As peculiaridades que definem estas aves não são poucas, seu andar calmo e sua precisão para abater as presas lhe conferem uma fantástica junção de características que atraem olhares de turistas e a atenção das ciências naturais quanto a sua preservação.

A intensificação de extração agrícola ameaça a espécie e não garante um futuro promissor para o Tuiuiú, bastante conhecido e ao mesmo tempo peculiar. Ademais, as lendas que permeiam o Tuiuiú, além de popularmente levarem a diversão para a população, também conscientizam a respeito da necessidade de conservação destas incríveis aves.