Como os peixes se reproduzem? Descubra todos os detalhes a seguir!
A reprodução dos animais é o mecanismo que possibilita a perpetuação de todas as espécies do planeta. Ademais, a reprodução dos peixes é um dos aspectos da vida dos animais aquáticos mais curiosos. Ou seja, apesar de ser amplamente conhecido o modo pelo qual os mamíferos procriam, o senso comum pouco sabe a respeito da reprodução dos répteis, dos anfíbios e, principalmente, dos peixes.
Por isso, neste artigo você conhecerá a fundo como ocorre a reprodução desses animais desde o início do acasalamento até o nascimento dos filhotes. Além disso, será possível descobrir aqui diversas curiosidades, por exemplo, você sabia que alguns peixes são hermafroditas? Acompanhe tudo isso e muito mais a seguir!
Reprodução dos peixes: quais são os tipos de procriação?
Antes de conhecer os principais processos envolvendo a reprodução básica dos peixes, é hora de descobrir quais são os tipos de procriação. Dentre eles, os mais comuns envolvem a oviparidade, a viviparidade e a ovoviparidade. Conheça-os a seguir!
■Peixes ovíparos
Os peixes ovíparos são aqueles em que a reprodução se dá através de ovos, caso da maioria dos peixes conhecidos. Assim como no processo mencionado acima, os ovíparos põem seus ovos em folhas, superfícies rasas ou esconderijos. Em seguida, eles são fecundados pelos machos, originando embriões que crescem, tornando-se alevinos. Após um tempo, os pequeninos eclodem de seus ovos e passam a viver dispersos na água.
■Peixes vivíparos
Ao contrário dos ovíparos, os peixes vivíparos crescem dentro do corpo da mãe e já nascem totalmente desenvolvidos, processo que também ocorre conosco, mamíferos. Entre os peixes vivíparos mais conhecidos, alguns dos principais são os Lebistes ou Barrigudinhos (Poecilia reticulata), os Molly (Mollienesia latipinna) e os Espadas (Xiphophorus sp.).
■Peixes ovovíparos
Enfim, o tipo de procriação mais incomum de peixes é a ovoviviparidade, processo em que o animal cresce dentro do útero da mãe a partir de ovos nele alojados. O peixe ovovivíparo, apesar de estar dentro do corpo materno enquanto se desenvolve, é nutrido através de um anexo embrionário dentro do ovo chamado saco vitelínico, ou seja, não recebe nutrientes diretamente da mãe, como acontece com os vivíparos.
Como funciona a reprodução dos peixes?
A reprodução mais comum dos peixes ocorre em algumas etapas. A fêmea costuma realizar uma desova, na qual são postos no ambiente os ovinhos que receberão os espermatozoides. A fecundação é externa e geralmente há poucos cuidados parentais após a fecundação. Confira:
■ Desova de peixes
A desova é a primeira fase reprodutiva. As fêmeas, após passarem pela fase de maturação sexual, procuram um local de águas rasas e calmas para depositar seus óvulos, os quais possuem um muco ao redor que faz com que eles sejam capazes de aderir à superfície escolhida. Na procura pelo lugar ideal, fatores, como a proteção dos ovos contra predadores, também são levados em consideração.
■Espermatozoides dos peixes
Em seguida, os machos, ao encontrarem os óvulos das fêmeas, liberam os espermatozoides, seus gametas, sobre eles. O espermatozoide é o meio pelo qual o macho perpetua seus genes aos filhotes. Caso as células sexuais feminina e masculina consigam se encontrar, é formado um gameta, a primeira célula que originará o novo organismo do filhote de peixe.
■Fecundação externa de peixes
Ainda que sejam postos centenas ou até milhares de ovos, apenas parte deles é fecundada, pois a maioria é predada ou levada pela correnteza na natureza. Isso ocorre devido à fecundação externa. Ou seja, ao contrário de nós, mamíferos, que temos fecundação interna e posterior desenvolvimento dos bebês dentro do organismo da mãe, os peixes fecundam fora do corpo, na água, e não costumam crescer dentro do corpo mãe.
■Cuidados após a fecundação
Assim como antes da fecundação, há perigos que ameaçam os ovos dos peixes: a predação e a correnteza são os principais.
Para proteger essas estruturas antes que os alevinos, pequenos peixes, nasçam, o ideal seria que os pais cuidassem da ninhada. Entretanto, na maioria das espécies isso não acontece, apesar de haver algumas exceções. Uma delas ocorre na espécie dos peixes-palhaço, na qual o pai costuma vigiar e proteger os ovos, que costumam ser postos em uma anêmona.
Quais são as fases de transformação de ovo para peixe?
Durante o processo de transformação do embrião contido no ovo para peixe, ocorrem muitas mudanças significativas. Por exemplo, as multiplicações celulares que fazem com que uma única célula se torne um indivíduo completo demandam tempo e são fundamentais! Conheça mais a respeito dessas fases a seguir:
■Ovo e zigoto
Depois que os gametas feminino e masculino se encontram, uma única célula é gerada: o zigoto. Essa célula fica alojada dentro do ovo, o qual possui membranas que protegem a estrutura recém-formada contra perturbações externas. A primeira segmentação (divisão) do zigoto costuma ocorrer 40 minutos após sua formação. Depois disso, uma única célula se multiplica exponencialmente, gerando várias outras até chegar na próxima fase, a do desenvolvimento embrionário.
■Desenvolvimento embrionário
Durante o desenvolvimento embrionário, o embrião passa por várias etapas importantes estudadas por biólogos: dentre elas, as fases de mórula, blástula, diferenciação e organogênese. Nesta última, o peixinho começa a ter seus órgãos desenvolvidos, como estômago, olhos, sistema reprodutor, excretor, etc. Há, inclusive, algumas espécies em que todos esses processos podem ocorrer em menos de 5 dias!
■Larvas (alevinos)
Na biologia, larva é o nome utilizado para representar animais em estágio de desenvolvimento. Quanto aos peixes, as larvas costumam ser sinônimos de alevinos e eclodem depois do período de incubação dos ovos.
Quando o alevino nasce, ele é muito frágil e vulnerável e, por isso, é fundamental que haja esconderijos próximos ao local de nascimento. Ele costuma sair do ovo com o saco vitelínico grudado ao corpo, o qual o alimentará entre os primeiros três a cinco dias de vida. Só depois desse período o peixe é capaz de se alimentar sozinho.
Como os peixes se reproduzem: curiosidades
Além de conhecer todos os processos e tipos de reprodução envolvendo os peixes, há fatos bastante curiosos que os envolvem. As espécies podem ser hermafroditas, monogâmicas, poligâmicas, e, inclusive, podem ter reprodução sazonal. Confira tudo a seguir:
■Peixes que mudam de sexo
Quando um animal é capaz de mudar de sexo, ele é chamado de hermafrodita. Ou seja, se um peixe macho também é capaz de se comportar como fêmea e tem órgãos reprodutores de ambos os sexos, ele é assim designado. Há dois tipos de hermafroditismo: o simultâneo e o sequencial. No simultâneo, os dois órgãos sexuais manifestam-se ao mesmo tempo; no sequencial, um macho pode se tornar fêmea e vice-versa.
Entretanto, nem todos os peixes possuem tal capacidade, na realidade, apenas alguns podem mudar de sexo. Por exemplo, o peixe-palhaço: quando há poucas fêmeas em uma população, parte dos machos comporta-se como fêmea para que haja um balanceamento reprodutivo no grupo.
■Acasalamento dos peixes: monogâmicos ou poligâmicos?
Animais monogâmicos são aqueles que mantêm um parceiro por período reprodutivo ou, em alguns casos, por toda a vida, enquanto os poligâmicos se relacionam com vários parceiros simultaneamente.
Peixes monogâmicos são aqueles que, ao escolher um par, costumam ser fiéis, tendo mais tempo para cuidar dos vulneráveis ovos e dos alevinos. Um grande representante da monogamia dos peixes é o amazônico Pirarucu (Arapaima gigas).
Já quanto aos poligâmicos, os machos costumam acasalar com várias fêmeas, fazendo com que a espécie se prolifere mais rápido. Ou seja, peixes poligâmicos prezam mais a quantidade do que a qualidade da prole.
■Peixes sazonais: período reprodutivo curto, mas grande quantidade de ovos!
A sazonalidade reprodutiva, ou seja, a época reprodutiva atrelada a determinado período ou estação dos peixes, também é uma curiosidade muito interessante.
Dentre as espécies sazonais, o Tambaqui (Colossoma macropomum) é um grande exemplo. Ainda que seu período reprodutivo seja curto e sincronizado com as cheias dos rios, entre as temporadas de fecundação, esses animais costumam se nutrir e acumular energia para que a reprodução seja bem-sucedida. Assim, ainda que o período reprodutivo seja curto, é capaz de gerar muitos ovos
A reprodução dos peixes é fascinante e envolve muitos aprendizados!
Além de conhecer diversos processos envolvendo a procriação dos peixes, descobrir como a reprodução deles funciona a fundo é extremamente interessante e fascinante! Ao contrário de nós, mamíferos, em que a reprodução é estritamente interna, os peixes variam quanto ao desenvolvimento do embrião, podendo ser ovíparos, vivíparos ou ovovivíparos.
A maioria das espécies de água doce e salgada é fruto de fecundação externa, na água, e é ovípara, ou seja, cresce fora do corpo da mãe e dentro de pequenos ovos membranosos que proporcionam alimento e proteção para os filhotes. Depois, quando eclodem os alevinos, peixes em estágio larval, há o vitelo, uma massa nutritiva que sustenta o peixinho por mais alguns dias até que ele esteja forte o suficiente para se alimentar sozinho.
Neste artigo você conheceu todos esses processos em detalhes e, caso você, leitor, queira ter um aquário povoado, essas dicas serão muito valiosas! Caso contrário, informações como as aqui fornecidas serão muito úteis e agregarão muitos conhecimentos para a sua vida!
Sempre me interessei muito pela escrita e, principalmente, por pets. Uni ambas as coisas e comecei a escrever me inspirando, primeiramente, em meus pets e, posteriormente, em outros.