Curiosidades sobre os répteis: Descubra e se surpreenda!

Os répteis são animais incríveis e muito peculiares. Há uma variedade fantástica na natureza e alguns tipos até foram domesticados de forma legalizada, como tartarugas, jabutis, teiús, iguanas e jiboias. Além disso, um de seus representantes mais conhecidos é o crocodilo, animal que existe há 200 milhões de anos e conviveu com os dinossauros, pertencentes à mesma classe.

Na biologia, há quatro ordens para estudar esta classe. São elas: Testudines (tartarugas, cágados e jabutis), Squamata (serpentes e lagartos), Crocodilia (crocodilos e jacarés) e Rhynchocephalia (o tuatara, da Nova Zelândia, é seu único representante).

Quer conhecer mais curiosidades sobre os répteis e aprender como eles vivem? Continue com a gente neste artigo para saber tudo sobre a espécie.

Como você já deve saber, os animais evoluíram ao longo de milênios até chegarem a suas anatomias atuais. Os primeiros répteis surgiram há mais de 350 milhões de anos como uma parte evolutiva dos anfíbios, sendo portanto a primeira classe de vertebrados a ocupar o ambiente terrestre.

A anatomia do corpo dos répteis é constituída por cabeça, pescoço, tronco e cauda. Sua principal diferença física para os antecessores é a pele seca, protegida por uma camada de escamas ou escudos.

Algumas características do corpo do réptil foram fundamentais para permitir a transição da água para a terra. Entre elas, a respiração pulmonar com maior aumento da capacidade respiratória e também a independência da água para reprodução.

Uma curiosidade sobre os répteis refere-se à sua temperatura corporal. Crocodilos, tartarugas e todos os outros animais dessa classe são identificados como pecilotérmicos. O termo “pecilo” significa “variado”, portanto a palavra é utilizada para designar o corpo com temperatura irregular e inconstante.

Por esse motivo, muitas pessoas dizem que os répteis são bichos de “sangue frio”. Na realidade, a temperatura corporal depende do calor do ambiente em que eles estão inseridos. Isso faz com que a classe procure sempre locais mais quentes para viver, já que o sol ajuda a manter o corpo aquecido e saudável.

Os répteis possuem respiração pulmonar. No caso, esse modelo é mais desenvolvido e complexo do que o dos anfíbios, permitindo maior eficiência a partir de mecanismos exclusivos. Por exemplo, mesmo com pulmões e dependendo de oxigênio para respirar, as tartarugas conseguem ficar muitas horas debaixo da água, pois elas retêm o ar dentro delas.

No caso dos lagartos, o uso de músculos do tronco para realizar a troca gasosa dificulta o deslocamento rápido. Dessa forma, esses bichos não conseguem correr e respirar simultaneamente, forçando o animal a parar o movimento de corrida para recuperar o ar e depois voltando ao movimento de locomoção.

A maioria dos tipos de répteis são ovíparos, ou seja, quando o desenvolvimento do embrião ocorre dentro de um ovo e fora do corpo materno. No entanto, existem espécies de cobras e lagartos que são ovovíparas, quando o ovo é retido dentro do sistema reprodutor da mãe e expelido no nascimento do feto.

A presença de ovos com cascas e dos envoltórios embrionários como âmnio, cório, saco vitelino e alantoide garantiu que a reprodução dos répteis ocorresse no ambiente terrestre. Além disso, esses animais realizam a fecundação interna. Ao formar embriões, estes são desenvolvidos dentro dos ovos.

As quatro classes de répteis existentes são diferenciadas principalmente pelos hábitos e instintos, como você poderá entender a seguir. Um jacaré alimenta-se de forma bem distinta de um jabuti, entretanto o funcionamento do organismo é sempre o mesmo.

O tipo de sistema digestório encontrado no corpo dos répteis é o completo. Ou seja, os animais contam com boca, faringe, esôfago, estômago, intestino e cloaca, além dos anexos fígado e pâncreas.

Em sua maioria, os répteis são carnívoros, mas também há algumas espécies herbívoras e onívoras. Animais como crocodilos e serpentes são ótimos predadores, com dentes grandes e afiados que capturam o alimento e facilitam a mastigação. Já as tartarugas, que não possuem dentes, contam com o resistente bico córneo para mastigar.

No caso das serpentes, existem quatro tipos de dentição. No caso das espécies peçonhentas, elas utilizam o veneno para imobilizar suas presas, o que as torna predadoras bem perigosas.

Os répteis contam com o sistema circulatório do tipo fechado, duplo e completo. Uma curiosidade é que os organismos internos apresentam formações diferentes dependendo da espécie. Por exemplo, o coração dos crocodilianos tem um ventrículo a mais do que animais como as serpentes e as tartarugas.

Um crocodilo, portanto, possui dois átrios e dois ventrículos completamente desenvolvidos. Já as serpentes e as tartarugas contam com dois átrios e um ventrículo incompleto.

O sistema sensorial das classes de répteis é bem desenvolvido, permitindo sentidos como olfato e audição mais destacados. Além dos órgãos sensoriais citados, as serpentes têm ainda a fosseta loreal, um orifício que é capaz de sentir a temperatura do que está ao seu redor.

Apesar da visão de répteis ser menos evoluída, há pálpebras que protegem os olhos quando estão embaixo da água. Por outro lado, quando estão no ambiente terrestre, o corpo produz a glândula lacrimal para hidratar os olhos constantemente.

Entre as principais curiosidades sobre os répteis, destacamos também a variedade de tipos encontrados. Enquanto alguns são pequenos e inofensivos, outros encontram-se bem posicionados na cadeia alimentar. Conheça melhor a diversidade dessa classe a seguir.

Os maiores répteis pertencem à ordem crocodilia. Aqui, entram os crocodilos e jacarés como representantes mais conhecidos, mas já foram identificadas mais de 20 espécies. A anatomia crocodiliana ainda é bem semelhante daquela encontrada em sua origem.

Quanto ao habitat, esses bichos são semi aquáticos, sendo que passam a maior parte do tempo na água, mas também podem aparecer na terra. Eles vivem em pântanos, lagos e rios em regiões quentes de todo o mundo como Ásia, África, Oceania e porção central da América.

Essa ordem é a mais primitiva dos répteis e muitas de suas espécies já foram extintas. O tuatara é o único representante vivo atual e seu habitat é a região da Nova Zelândia. Outro nome também utilizado para identificá-lo é o termo científico Sphenodon.

Fisicamente, o tuatara é bem parecido com o lagarto mas contam com diversas exclusividades em seu organismo. Esse animal, por exemplo, tem um orifício entre os olhos com terminações nervosas, retina e lente, mas não tem a função de visão.

Também chamados de escamados, os animais da ordem Squamata compreendem lagartos, serpentes e anfisbenas (cobras-cegas). Como o próprio nome já revela, a principal diferenciação física está na pele, que é formada por escamas bem particulares.

Com exceção da Antártida, podemos encontrar representantes Squamata em todas as regiões do planeta. Esse grupo de animais conta com a maior variedade de espécies, totalizando mais de 10 mil tipos até hoje.

Por fim, a última ordem da classe de répteis é a Testudines. Aqui, incluem-se todas as tartarugas de habitat marinho, terrestre ou de água doce, com diferentes espécies presentes na maior parte do mundo.

A característica mais visível dos Testudines é o seu casco, uma parte do corpo formada pela coluna vertebral e pelas costelas do animal. Muito resistente a predadores, essa carapaça protege as tartarugas, que se retraem para a “casa” quando estão em situação de perigo.

Como explicamos anteriormente, o sistema reprodutor dos répteis foi fundamental para a dominação do ambiente terrestre. Isso aconteceu porque a criação dos ovos não depende da água, como é para os anfíbios. Veja mais sobre a reprodução abaixo.

Importante marco de sua evolução, os répteis atuam na fecundação interna para garantir a reprodução das espécies. Nesse caso, o macho insere os espermatozóides diretamente no interior do corpo da fêmea para chegarem até o óvulo.

Animais menos evoluídos dependem da água para se reproduzirem, e isso é bem limitante quanto ao desenvolvimento. Graças à fecundação exclusivamente interna, os répteis conquistaram o meio terrestre.

Quando o réptil nasce, ele já é muito parecido fisicamente com a sua versão adulta, porém em versão diminuída. Com isso, dizemos que o tipo de desenvolvimento dessa classe é direto, já que não houve transformações no corpo e no organismo até o seu crescimento.

Depois de fecundados, esses animais são protegidos por uma casca grossa e porosa, que impede o ressecamento mas ainda possibilita as trocas gasosas. A maioria dos répteis nasce dentro de ovos naturalmente ao ar livre, mas há tipos que têm o embrião protegido por um ovo alojado dentro do corpo materno.

Os animais vertebrados ovíparos podem ser classificados de acordo com a quantidade de vitelo, uma membrana interna nutritiva que varia de acordo com o tipo.

Nesse caso, a classificação dos répteis quanto ao ovo é telolécito (ou megalécito). Essa categoria possui uma grande concentração de vitelo por todo o interior do ovo, sendo a maior porção em relação aos outros. Outras classes que também têm esta característica são aves e peixes.

A diversidade de répteis existentes hoje em dia é bem chamativa. As espécies são encontradas em quase todos os lugares do mundo, com exceção de ambientes muito frios. Seja na água ou na terra, é possível encontrar tipos bem interessantes desses animais.

A iguana verde, ou simplesmente iguana, está presente em diversas partes do território brasileiro. Ela vive principalmente perto de árvores e da água, tendo o hábito diurno como prioridade. Além disso, esses animais são solitários e procuram encontrar outras espécies apenas para o acasalamento.

Apesar de viverem sozinhos na natureza, a iguana verde foi domesticada e é dócil em relação aos seres humanos. Elas chegam a ter até 1,80m de comprimento, alimentam-se de plantas e podem ter coloração entre marrom e verde.

Com a incrível capacidade de alterar a cor da pele, o camaleão é mais um tipo de réptil da ordem Squamata. Outra peculiaridade desse bicho é a independência do movimento dos olhos, fixando um lado enquanto o outro se mexe, algo geralmente feito para focar em presas ao mesmo tempo em que analisa os arredores.

Os camaleões são muito ágeis e ótimos nadadores com um corpo que pode chegar a cerca de um metro de comprimento. A cauda enrolada é útil para que o animal pendure-se em galhos ou agarre presas.

A jiboia é um tipo de serpente que vive em regiões tropicais da América do Norte, Central e do Sul, sendo que duas subespécies são encontradas no Brasil. Esse animal não é peçonhento e apresenta comportamento dócil com os humanos.

Os jabutis são répteis que foram domesticados e são exclusivamente terrestres. De forma geral, os representantes da ordem Testudines vivem por muitas décadas, por isso, o jabuti pode chegar a cerca de 80 anos de vida quando é bem cuidado.

Muitas pessoas que buscam animais de estimação optam pelos répteis por serem fáceis de cuidar e por suas características curiosas. Se você está pensando em adquirir um, lembre-se de prestar atenção nos seguintes cuidados.

Sempre tenha atenção com o calor e com o frio. Os répteis são animais que não conseguem controlar a temperatura do próprio corpo, portanto dependem do clima externo para sobreviver. Caso tenha um sol muito forte ou se o terrário não estiver bem protegido no inverno, por exemplo, o animal sofrerá e pode até morrer.

É interessante oferecer o máximo de conforto para o seu réptil de estimação. Crie um terrário espaçoso e limpo para ele viver, aproximando a rotina desse animal com a que teria na natureza. Encontre um local que tenha boa exposição ao sol, mas que também tenha sombra para o bichinho ficar mais à vontade.

Antes de comprar um pet exótico, saiba sobre os seus hábitos alimentares. Há répteis que comem plantas enquanto outros comem outros animais como mamíferos ou insetos. Converse com especialistas para saber qual alimentação é a ideal para o seu.

Tanto na vida selvagem quanto dentro das casas, os répteis são seres muito interessantes e cheios de qualidades próprias. Algumas espécies estão entre as mais primitivas da história do planeta, carregando verdadeiras marcas do passado em sua evolução.

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