Peixe betta: cores, cuidados, reprodução e muito mais!

Os célebres peixes betta são animais altamente difundidos no Brasil e reconhecidos por serem resistentes, fáceis de cuidar e briguentos. Eles, indicados para aquaristas iniciantes, são peixes solitários e individualistas, ou seja, não gostam de companhia dentro do aquário! Ainda assim, são ótimos para aqueles que procuram por um pet cativante e de simples manutenção.

Como os bettas estão há mais de um século passando por reproduções seletivas, existem, atualmente, exemplares de diversas cores. Alguns podem, inclusive, modificar sua cor ao longo da vida, processo conhecido como marmoreio.

Conheça mais a respeito dos incríveis peixes betta: seus hábitos comportamentais, o nicho ecológico da espécie e curiosidades instigantes. Vamos lá!

Existem algumas informações a respeito dos peixes betta que introduzem todos os conhecimentos acerca do animal. Informar-se a respeito de seus nomes, tamanhos, local de origem e tempo de vida são imprescindíveis. Veja:

O peixe da espécie Betta splendens é, no Brasil, popularmente conhecido como Betta ou peixe-de-briga-siamês. Seu nome, dependendo da região em que se encontra, sofre algumas variações. Por exemplo, em Angola é denominado peixe-beta e em Portugal, peixe combatente.

Dentro do gênero Betta, há cerca de 60 espécies distintas com tamanhos entre 2,5 e 12 cm. A espécie mais tradicional e difundida é a B. splendens e, apesar de haver algumas variedades dentro desse grupo quanto ao tipo e ao formato da nadadeira caudal, os peixes medem aproximadamente 7 cm.

Os peixes betta são nativos de água doce e originários da Tailândia, na bacia do Rio Chao Phraya. Também são encontrados no Rio Mekong, que passa pelo Camboja, Laos e Vietnã. Como apreciam águas tropicais, quando foram trazidos ao Brasil, adaptaram-se facilmente às águas daqui.

Os peixes betta atingem a maturidade sexual por volta dos 5 meses de vida e em cativeiro, vivem entre 2 e 5 anos. Fatores que podem influenciar diretamente na sua longevidade são a qualidade da água e o tamanho do aquário.

Ou seja, bettas que vivem em um aquário espaçoso e com filtro costumam ultrapassar os 4 anos de idade, enquanto aqueles que habitam aquários pequenos e com água de má qualidade dificilmente chegarão aos 2 anos.

Apesar de serem fáceis de cuidar, os peixes betta demandam alguns cuidados específicos no que tange ao ambiente, à temperatura da água, à alimentação, à medicação preventiva e à reprodução. Descubra quais são as melhores condições na lida com seu betta:

A escolha do aquário influencia diretamente a qualidade de vida do peixe. Opte por modelos com capacidade superior a 10 litros, posto que ambientes menores causam stress devido ao confinamento e podem fazer com que o animal pratique a caudofagia, automutilação da nadadeira caudal que traz muitos malefícios.

A água do aquário deve circular constantemente para que o ambiente permaneça sempre oxigenado. Além disso, não pode conter traços de cloro ou de sal e deve permanecer entre 22 ºC e 28 ºC. Temperaturas abaixo dessa faixa retardam o metabolismo dos peixes e acima do parâmetro ocasionam envelhecimento precoce.

Como o peixe betta é um animal pequeno, cuidado com excessos ao alimentá-lo. Opte por rações peletizadas específicas para os bettas, as quais podem ser encontradas em lojas de aquarismo. Além disso, como são animais carnívoros, é possível, também, alimentá-los com bloodworms ou com artêmias.

Existem algumas doenças que afetam os peixes betta com mais frequência, como fungos na boca, hidropsia e septicemia. Além disso, é comum que os bettas apresentem a barbatana caudal rasgada: devido ao estresse, muitas vezes, eles mesmos se mordem.

Para prevenir tais males e remediar as doenças, é preciso manter a água do aquário sempre limpa e aplicar antibióticos e antifúngicos no ambiente constantemente. É relevante, também, adicionar alguns sais de aquário para elevar levemente a salinidade do habitat e combater, assim, os parasitas, as bactérias e os fungos.

A reprodução dos bettas deve ser mediada e observada à risca pelo aquarista para que ocorra de forma efetiva. Escolha um casal com o macho um pouco maior do que a fêmea para facilitar o abraço nupcial. Depois, reserve um aquário de no mínimo 20 litros e coloque os peixes nele. O macho, então, vai cortejar a fêmea e começar a fazer o ninho.

Após fazê-lo, em no máximo 24 horas, a fêmea expele os ovos que são, em seguida, fertilizados. Então, o macho os recolhe para a desova. Nesse momento, retire a fêmea do aquário. O pai ficará cuidando da ninhada e os ovos eclodirão entre 24 e 48 horas.

Há curiosidades fascinantes envolvendo o peixe betta. É muito interessante explorar a vida e os hábitos desse tão famoso e difundido peixe. Por exemplo, analisar os instintos, o comportamento, a ampla paleta de cores dos bettas e até a respiração desses animais é instigante. Confira:

Assim como é comumente difundido, o peixe betta é bastante territorialista. As disputas costumam ocorrer quando um peixe adentra o território do outro. O embate é bem intenso e um dos peixes pode até morrer devido aos ferimentos. Por isso, é altamente recomendado não colocar dois bettas no mesmo aquário!

Assim como foi falado, é imprescindível atentar-se quanto às ressalvas da criação dos bettas. Uma das maiores recomendações para evitar as brigas territoriais é jamais colocar dois machos da mesma espécie no mesmo aquário. Por outro lado, é possível manter mais de uma fêmea no mesmo ambiente!

Além disso, outro fato instigante quanto ao comportamento dos betta envolve a desova: os machos mudam os ovos de lugar para ajudar na oxigenação da ninhada!

Os peixes betta apresentam uma incrível variedade de cores. As mais comuns são azul, vermelho, amarelo, preto e laranja. Há, também, padrões de cores: sólidos, indivíduos de uma só cor; bicolores, peixes com duas únicas cores; butterfly, aqueles que possuem mais de duas cores; e mármores, bettas com padrões de tons irregulares pelo corpo todo.

Ainda que a maior parte das espécies de peixes respire exclusivamente embaixo d’água, os bettas vão até a superfície da água captar oxigênio! Isso acontece porque o peixe betta possui o labirinto, um órgão dotado de lamelas com irrigação sanguínea, que faz trocas gasosas complementando, assim, a respiração branquial.

O labirinto é extremamente eficiente quando os bettas encontram-se em águas com baixa oxigenação, posto que captar o oxigênio atmosférico permite com que eles respirem mais e melhor.

Conhecer o betta vai muito além de reconhecer os fatos disseminados pelo senso comum. Há um universo de informações sobre o modo de vida deste peixe, suas tendências comportamentais e seu nicho ecológico. Além disso, caso você opte por adotar um peixe betta, atente-se quanto às ressalvas apontadas neste artigo, devido ao instinto territorialista do animal.

Aqui você conheceu a ficha completa deste peixe e entendeu como é importante informar-se a respeito de um animal antes de adquiri-lo! E você, está pronto para adotar o incrível peixe betta?