Vaca Jersey: veja medidas, gestação, leite, preço e mais!

Aqui você verá mais sobre uma das principais raças do rebanho de gado brasileiro. A raça Jersey é conhecida por sua longevidade e qualidade do leite e tem sido uma das vacas mais procuradas e criadas pelos produtores leiteiros no Brasil. A vantagem em sua criação em enorme e reunimos todas aqui para que você fique por dentro dos atributos da raça.

Neste artigo, falaremos mais sobre as suas características, a rentabilidade que sua criação pode oferecer, o preço individual e demais custos. Além disso, um pouco das curiosidades relacionadas a raça Jersey. Então, se você está pensando em investir na criação da mesma, fique atento!

A vaca Jersey foi mantida pura por aproximadamente seis séculos, sendo uma das raças mais antigas já registradas. Sendo resultado do cruzamento de espécies da Bretanha e da Normandia, hoje é a segunda maior raça de gado leiteiro do mundo, com mais de dez milhões de cabeças. Saiba mais sobre a vaca Jersey abaixo.

O gado Jersey é relativamente menor do que outras raças, herança dos seus tempos de criação na ilha de mesmo nome. As fêmeas desta espécie podem atingir os 350kg, enquanto os machos possuem 500kg, distribuídos em uma estrutura fina, mas forte.

Elas podem chegar a ter 17,5m de comprimento e 14,5 de largura. Este porte menor acaba por trazer vantagens as vacas da raça, como a menor tendência a problemas nos pés e pernas e à claudicação.

Esta raça possui uma pelagem castanha, que varia entre um tom próximo ao preto, chamado de Mulberry, até um tom de mel. Nas extremidades do corpo e da face, a sua cor é mais escura. No entanto, no focinho, nos olhos e no dorso, a pelagem é mais clara.

A sua cabeça é pequena e côncava, com olhos grandes e orelhas curtas. O corpo é estreito, com costelas separadas e ventre volumoso. Os cascos são pequenos, na cor preta. Além disso, ela possui um porte menor do que a maioria das raças leiteiras.

Esta raça é uma das mais dóceis que existem, podendo ser manejada com facilidade. O temperamento tranquilo torna as vacas Jersey uma excelente adição para fazendas e propriedades em que há crianças e mulheres, participam de seu manejo, como em pequenas propriedades nas quais o cuidado é feito por uma família pequena.

Além disso, são facilmente adaptáveis aos vários tipos de sistema de criação. Porém, não é só isso! Elas também convivem bem em qualquer tipo de rebanho, independentemente se forem pequenos ou grandes.

A vaca da raça Jersey é considerada uma das mais longevas. O gado Jersey, em geral, possui uma das vidas produtivas mais longas dentre as raças leiteiras, potencializando o retorno do criador.

Um dos mais notórios exemplares da raça, Duncan Hibrite, produziu mais de 155 mil litros de leite em mais de 20 anos de vida, com uma média diária de 27,4 litros de leite. E em Ohio, EUA, o exemplar Basil Lucy M. Pansy chegou a produzir, durante toda vida, que passou de 21 anos, 127 toneladas de leite e 6 toneladas de gordura.

Os animais da raça Jersey são extremamente adaptáveis, seja à alimentação ou aos sistemas de criação, como citado acima. Esta espécie possui grande adaptabilidade também com relação ao clima.

Essas vacas são capazes de viver em temperaturas extremas, sejam elas frias ou quentes, propiciando a criação desta raça em qualquer lugar do globo. Isso também se estende as situações de altitude. Ademais, é uma raça que apresenta bom desempenho em confinamento ou em situações de pastejo.

As vacas Jersey possuem uma das melhores rentabilidades entre as raças leiteiras. Seu rendimento de produção é 14,18% maior em relação a outros bovinos da mesma categoria. Leia mais sobre a capacidade de produção deste animal abaixo!

Em média, uma vaca Jersey produz de 18 a 20 litros de leite por dia. Durante a fase de lactação, a produção pode chegar a 20 vezes o peso do animal.

Considerada uma “máquina” quando falamos em produção de leite em grande quantidade, a vaca Jersey é campeã, mas não é só por isso. O leite da raça também é visto como um dos mais ricos. Ele é famoso pela alta qualidade, pois possui altos níveis de proteínas, cálcio, gorduras e sólidos. Esse é o grande diferencial da vaca Jersey, a produção em quantidade não interfere em qualidade.

Apesar de ser uma raça voltada para a produção de leite, o gado Jersey é capaz de produzir carne de excelente qualidade, bem como contribuir para o melhoramento genético de bovinos de corte.

O abate acontece quando o animal atinge entre 390kg e 420kg, reunindo todas as características ideais para o frigorífico. A carne destes animais possui grande suculência, sendo seu índice de maciez maior do que bovinos como o Angus e Charolês, tradicionalmente criados para corte.

O ideal é que a vida reprodutiva da novilha Jersey ocorra quando ela atingir a maturidade sexual, por volta dos 11 aos 12 meses ou quando ela tiver 55% do seu peso adulto. Ao cuidar desse detalhe, o produtor corre menos riscos com complicações e possíveis consequências no desenvolvimento reprodutivo da vaca.

A gestação de um bovino da raça Jersey dura, em média, 279 dias, ou seja, nove meses. Porém, este prazo pode várias de acordo com o sexo do bezerro ou particularidades da própria vaca. O parto tende a ocorrer sem problemas, sendo preciso pouca ou nenhuma assistência.

Por ser um animal de porte físico menor, os bovinos Jersey necessitam de menos comida para serem mantidos até o primeiro parto. Durante a lactação, as vacas ingerem menor quantidade de matéria seca, já que sua energia está concentrada na produção do leite.

Estas características fazem com que os custos com a alimentação deste animal sejam menores, sem afetar a sua produtividade.

Um dos principais desafios que o produtor de leite tem é a eficiência econômica da sua propriedade. O equilíbrio entre ganhos e custos é sensível e a produtividade do animal faz grande diferença. Informe-se mais sobre os custos com uma vaca Jersey abaixo!

Devido a sua fama como produtora de leite, fácil adaptabilidade e todos as vantagens que citamos aqui, o preço de um animal desta raça pode ser um pouco mais elevado. Uma novilha Jersey pode custar entre R$ 4.800 e R$ 10.000 reais. Já os embriões podem custar até R$ 500,00, dependendo dos animais que forneceram o material genético para o acasalamento.

Já os machos da raça chegam a ser vendidos por valores acima de R$ 7.000, podendo variar de acordo com a função que o animal será utilizado pelo produtor.

É possível realizar a compra de novilhas, vacas e touros junto a cabanhas, granjas e produtores registrados. É preciso que, na hora da aquisição do animal, o comprador preste atenção à existência do registro do animal. Se este foi provisório, pode ser um indicador de que o animal possui algum defeito congênito. Então, fique atento!

Esses mesmos produtores podem ser encontrados de forma fácil na internet e, após a primeira compra, e confirmada a confiabilidade do estabelecimento, você poderá prosseguir pela internet mesmo, mas nestes casos será preciso um pouco mais de cuidado e conferência de sua parte para garantir a saúde e lisura do processo.

O principal custo na criação de gado leiteiro é a alimentação. Ela chega a ser 60% do valor gasto com o animal e é uma grande influência na produtividade do animal.

A alimentação destes animais é formada, basicamente, por ingredientes volumosos, como a silagem e o pasto. Além destes, ingredientes concentrados, como milho que custa aproximadamente R$ 300, 00 um saco com 20kg; farelo de soja por R$ 75,00, o saco contendo 5kg; farelo de algodão a R$ 150,00 o saco com 50kg; mistura mineral por aproximadamente R$ 70,00 o saco contendo 25kg; entre outros.

Estes bovinos são animais de fácil manejo, o que os tornam extremamente populares nos rebanhos brasileiros. A boa genética destes animais os torna uma boa escolha para cruzamentos de bovinos de leite e até de corte. Veja algumas curiosidades sobre estes animais abaixo.

O gado Jersey possui grandes qualidades em relação a preservação do meio ambiente. Isto se deve ao seu tamanho, menor que outros bovinos de leite, e sua eficiência alimentar, que requer menos recursos naturais para uma alta produtividade.

De acordo com pesquisa feita pela Universidade do Estado de Washington, ao optar pela criação desta raça, há uma redução no uso de terra, de água e de combustíveis fósseis. A maior redução fica por conta da quantidade de dejetos, que fica na casa dos 49%.

O gado Jersey se originou na Ilha de Jersey, localizada no Canal da Mancha. Com registros datados de até seis séculos atrás, é uma das raças leiteiras mais antigas do mundo. Também tem destaque por ser uma das poucas raças que foi desenvolvida de forma pura, devido às leis que proibiam importação de bovinos para a ilha.

Os animais saíram da ilha pela primeira vez junto aos colonos que fundaram os Estados Unidos. Em seguida, países como Canadá, África do Sul, Nova Zelândia e Austrália trouxeram os bovinos para as suas terras. Hoje, o gado Jersey pode ser encontrado em outros 82 países, esta raça é a segunda mais popular do mundo.

A maneira mais rápida de realizar o melhoramento genético de um rebanho é fazendo o cruzamento de diferentes raças, de forma a reunir as boas características de ambos em um único animal. Conhecida pelo seu leite de alta qualidade, a raça Jersey é constantemente utilizada para o melhoramento de linhagens focadas na produção de leite, de carne ou de ambos.

O cruzamento mais popular com a raça Jersey é com os bovinos Holandeses. A combinação de ambos gera um animal capaz de produzir alto volume de leite com altos níveis de sólidos. Outras raças que produzem animais produtivos são Girolando, Gir e Normando.

Com a distribuição dos bovinos pelo mundo e o cruzamento seletivo entre exemplares deste animal, surgiram variações dentro da raça Jersey, sendo eles a Island e a American. Os bovinos do tipo Island são aqueles que mantêm as características originais dos animais criados na ilha de Jersey, portanto, são menores e mais leves que outros bovinos.

Já o tipo American é resultado de melhoramento genético realizado pelos produtores americanos, que buscavam animais mais produtivos. Estes animais são maiores, mais pesados e com o tronco mais largo.

Como vimos neste artigo, a vaca da raça Jersey é um animal versátil, de fácil adaptação a qualquer sistema de produção, clima, altitude ou tamanho de rebanho. Além disso tudo, como se já não bastasse, é também extremamente produtivo.

Vimos também que as novilhas desta raça possuem vida reprodutiva precoce, o que combinado à sua longevidade, faz com que esta raça seja muito lucrativa. Outra qualidade das vacas Jersey é seu leite, devido ao seu sabor, alto teor de sólidos e gordura.

Porém, na hora de adquirir um animal destes para o rebanho, é necessária atenção aos registros do animal, bem como a sua saúde geral. Ao não observar isso, o produtor pode adquirir uma novilha ou touro com algum defeito congênito, ou até doença que pode comprometer o restante do rebanho.