Curiosidades sobre o macaco: inteligência, aparência e mais

De muitos tamanhos, cores e espécies, os macacos são animais bastante curiosos e com diversas especificidades. Inclusive, a grande similaridade deles com os humanos impressiona pessoas no mundo todo. Quando se trata dessa semelhança, estamos falando não só da física, como da genética. Devido a isso, muitas espécies são utilizadas em experimentos e em estudos científicos.

Além disso, os macacos vivem na Terra há muitos séculos. São mamíferos antigos e cheios de peculiaridades, especialmente comportamentais. Eles distinguem entre si no tamanho, cor, estrutura corporal, alimentação, entre outros. Quer conhecer um pouquinho mais sobre esses primatas e sobre as inúmeras espécies espalhadas pelo mundo? Confira, a seguir, os tipos e características dos macacos!

Por mais que a similaridade com os humanos seja uma das principais características dos macacos, há muitas outras especificidades em relação à aparência que também são capazes de distingui-los do Homo sapiens, seja no tamanho, na cor ou no comportamento. Confira algumas delas a seguir:

Sinônimo de fofura, o sagui-pigmeu, também conhecido como sagui-leãozinho, pertence à Família Callitrichidae. O sagui-pigmeu pertence ao grande grupo Sagui de pequenos macacos, que contém mais de 40 espécies. O pigmeu, em particular, é popularmente conhecido como o menor macaco, não só do grupo, como do mundo.

Da cabeça à cauda, o sagui-pigmeu pode chegar a até 30 cm e pesar 150 g. Ele se alimenta de frutas, sementes e vegetais, costuma viver em grupos de até 15 macaquinhos e tem uma expectativa de vida de 10 anos. Os saguis-pigmeus são mais comuns nas florestas brasileiras e são admirados por serem dóceis e simpáticos.

Colorido, mas assustador, o macaco mandril pertence à Família Cercopithecidae e é o maior macaco do mundo. O mandril pode medir entre 75 cm e 95 cm, e pesar até 33 kg. Sua principal característica é a coloração vermelha que, nos machos, atinge o rosto, as nádegas e as partes genitais.

Além do tamanho, esses macacos têm caninos enormes. Nos machos, eles alcançam quase 7 cm, mas nas fêmeas, apenas 1 cm. Outra característica interessante é a formação de uma hierarquia entre os machos, sendo respeitada através de uma comunicação com gestos e sinais faciais. Eles são encontrados na África, da Guiné Equatorial ao Congo.

Já vimos o maior e o menor macaco do mundo. Agora, com o macaco-aranha, temos o primata com o maior rabo de todos. Atendendo também pelo nome coatá preto, esse macaco é membro da Família Cebidae. Ele leva o nome de macaco-aranha por ter os membros bem maiores que o tronco.

Essa espécie de macaco tem um corpo com até 65 cm, e uma cauda que possui entre 50 cm e 90 cm. O macaco-aranha gosta muito de pular de galho em galho, de modo que sua cauda auxilia muito nisso, tanto no equilíbrio quanto no apoio.

Outra similaridade com os humanos é a quantidade de dentes que os primatas têm. Os africanos possuem 32 dentes: 16 dentes superiores e 16 inferiores divididos em incisivos, caninos, pré-molares e molares, exatamente igual aos humanos! Já os macacos nascidos nas Américas têm 2 dentes a mais em cima e embaixo, totalizando 36.

Pode até parecer estranho devido à semelhança que esses animais possuem, mas, de fato, os gibões, os lêmures e os chimpanzés não são macacos. Os três são membros da ordem dos Primatas, que também inclui os macacos, considerados uma subclassificação.

Esses três animais também possuem semelhanças com os humanos, principalmente os gibões e chimpanzés. Eles são encontrados em locais diferentes do mundo e possuem espécies diversas.

Os macacos também se dividem em Catarrhini (do Velho Mundo) e Platyrrhini (do Novo Mundo). Essa distinção está relacionada aos seus locais de origem e habitat. Os do Velho Mundo pertencem às regiões tropicais e subtropicais da Ásia e da África, enquanto os do Novo Mundo pertencem às mesmas regiões, contudo, da América do Sul e Central.

Esses macacos se diferenciam em muitas características, como o nariz. Os do Velho Mundo possuem o nariz caído, enquanto os do Novo são achatados. Os polegares também diferem: nos do Novo, são alinhados ao resto dos dedos, enquanto no Velho, são inclinados e opositores. Há, ainda, outras diferenças, como os dentes, a cauda, a alimentação e, obviamente, o habitat natural.

Macacos são animais muito inteligentes. Eles arrumam diversas formas de se comunicar e de manter uma hierarquia de maneira organizada. Além disso, eles também possuem uma ótima memória. Descubra mais sobre a inteligência desses primatas:

A inteligência dos macacos, por si só, já é incrível. Quando se trata do macaco-prego, então, ela se torna impressionante! Esse primata do Novo Mundo costuma usar materiais disponíveis em seu habitat para facilitar a própria vida na realização de certas atividades.

O macaco-prego, por exemplo, utiliza pedras que ele encontra nas florestas para quebrar castanhas e abrir frutas com casca dura. Ele também consegue usar galhos para capturar insetos de dentro dos buracos e para derrubar frutas das árvores.

A inteligência dos macacos vai além de facilitar tarefas do seu dia a dia. Algumas espécies são ótimas em testes de conhecimento e, por incrível que pareça, em matemática!

O macaco Rhesus, originário da Ásia Central, é um dos primatas com dom matemático. Ensinando essa espécie com paciência, muita tentativa e erro, eles se tornam capazes de compreender o conceito de soma e de subtração, algo incrível em relação aos primatas.

Pode parecer uma parceria incomum, mas macacos e veados podem ser bons amigos em algumas circunstâncias. Por exemplo, os macacos-japoneses têm o hábito interessante de montar nos veados-sika.

Nessa sociedade, não é só o macaco que se beneficia. Os primatas também cuidam da pelagem dos seus amigos que se alimentam das frutas que eles deixam cair. Em algumas situações, os veados também se alimentam das fezes dos macacos. A relação entre esses dois animais é uma verdadeira sociedade, pois os dois saem ganhando.

Complementando essa incrível inteligência, os macacos também tem um ótimo senso de moralidade. Testes realizados em várias universidades, como a de Quioto, no Japão, provaram através de experimentos científicos que os macacos reagem de forma menos positiva com aqueles que são menos inclinados a ajudar.

Com certa limitação, o macaco é capaz de julgar as atitudes dos outros e de reagir de acordo com esse senso de moralidade. Ele também pode demonstrar preferência por uma pessoa ao invés de outra, sendo mais suscetível a aceitar algo de quem ele julgar mais correto.

Além da inteligência, os macacos também apresentam um comportamento muito singular, cheio de peculiaridades. Quer descobrir mais sobre eles? Confira a seguir as curiosidades mais interessantes e diferentes sobres as espécies de macaco.

O macaco bugio, da Família Cebidae, tem uma forma interessante de se comunicar. Através de sons extremamente altos, o bugio varia sua vocalização de acordo com sua idade e gênero. Alguns sons são entrecortados e graves, enquanto outros são curtos e prolongados.

Esses sons servem para indicar a hora de se alimentar, de andar ou até mesmo de ficar em alerta. Além disso, eles também são utilizados para indicar o momento de acasalamento, já que servem para chamar a fêmea para esse momento. Esses sons, similares a gritos, são altos, impactantes e de extrema importância para essa espécie.

Como mencionado anteriormente, os membros do macaco-aranha, principalmente a sua cauda, são bem maiores do que o seu corpo. Essas características auxiliam-no em uma atividade que esse macaco ama: saltar de galho em galho.

Seus dedos muito longos tornam o ato de agarrar os galhos muito mais fácil. Sua cauda também faz com que eles se equilibrem em árvores ou permaneçam pendurados em galhos, transformando-os em excelentes saltadores.

Algo impensável em outras espécies de animais ocorre entre os macacos: a relação sexual por diversão, sem o intuito de gerar um filhote. Os macacos bonobos são os que mais chamam atenção em relação a isso.

Essa espécie de macaco, por exemplo, tem relações sexuais inclusive com outros membros do grupo do mesmo sexo, com o intuito de aliviar o estresse, a tensão no ambiente e até para subir de posição social dentro do seu bando. Esse tipo de relação vai além da diversão, prezando também pelo bem-estar de todo o grupo.

Também conhecido como orangotango, o macaco pongo também tem uma curiosidade muito interessante. O vínculo da fêmea com o seu único filhote é muito forte, não só por parte da mãe, mas por parde de todas as fêmeas do grupo. Logo no nascimento, todas elas alimentam o filhote com seu próprio leite, antes mesmo de se alimentarem.

A gestação do pongo dura cerca de 275 dias. Como já dito anteriormente, nasce apenas um filhote. No entanto, após 8 anos, a fêmea poderá ter outra gestação, um tempo muito longo comparado a outras espécies. Ao se tornar independente da mãe, o macho abandona o grupo e segue sua vida.

Membro da Família Cercopithecus, o macaco-coruja é um primata muito similar à ave que ele leva no nome. Diferente dos outros, esse macaco tem em seu rosto duas listras, que podem ser amarelas ou brancas e que lembram, de fato, o rosto de uma coruja.

Além disso, ele diferencia ainda mais dos outros macacos por ser o único com hábitos noturnos no mundo todo. No mais, o macaco-coruja, também conhecido como macaco noturno, costuma se abrigar nos buracos das árvores para dormir e descansar.

Conhecido como macaco-preto-de-nariz-arrebitado, o Rhinopithecus strykeri é reconhecido pelo seu nariz diferente que, como o próprio nome sugere, é bem arrebitado, diferenciando-o dos outros macacos. Ele é similar às narinas de uma caveira, ficando bem expostas.

Nativa da China, essa espécie de macaco tem muito medo da chuva, e por uma boa razão. Devido à exposição do seu nariz, o Rhinopithecus strykeri espirra muito com a chegada da chuva. Suas narinas absorvem água, o que causa um grande incômodo, ocasionando os espirros.

Muitas espécies de macacos, assim como os bonobos e os orangotangos, mantêm suas relações e seus laços “familiares” estáveis através dos carinhos e cuidados com outros membros do grupo. Apesar de muitas espécies serem violentas, algumas vivem na “paz e amor” e fortalecem seus laços através do cuidado mútuo.

São muitas as frutas e outros tipos de alimento que os macacos consomem. Além disso, alguns deles têm maneiras diferentes e interessantes de comer. Para saber mais sobre as curiosidades na alimentação desses primatas, confira os tópicos a seguir:

Nem só de banana vivem os macacos! Eles gostam mais de comer frutas das regiões nas quais habitam, que pode variar bastante. Os macacos também se alimentam de nozes, castanhas, seiva de árvores, ovos de pássaros, folhas, entre outros.

Em algumas espécies, é comum que eles se alimentem de moluscos, peixes e outras criaturas que vivem próximas de rios e lagos. Para isso, utilizam objetos da natureza, como pedras e galhos, para quebrar as conchas e acessar o alimento que querem.

Os macacos japoneses têm uma cultura em seu grupo muito interessante. Os ensinamentos e a maneira de se alimentar, por exemplo, são passados de um membro do grupo para o outro, fluindo de geração para geração, algo muito similar em religiões e sociedades humanas.

Um dos hábitos comuns dessa espécie, sendo passado de um macaco japonês para o outro, é o de lavar seu alimento antes de consumi-lo. Isso começou com uma fêmea que teve a ideia de lavar a sua batata-doce cheia de areia e percebeu que o sabor é melhor. Desde então, isso virou uma característica de todos os grupos da espécie.

Macacos são animais diversos, com características que fascinam tanto o ser humano, que fizeram com que eles se tornassem objeto de estudo em muitos lugares do mundo. Suas peculiaridades não têm fim! Descubra mais algumas curiosidades desse grupo da ordem dos Primatas:

Os macacos são parecidos com os humanos em vários aspectos, que vão muito além de apenas certas atitudes, atingindo também a genética. Muitos deles são usados em experimentos científicos justamente por essa semelhança que possuem, o que pode auxiliar no avanço da ciência, inclusive na descoberta de curas para algumas doenças.

Alguns macacos estão mais próximos dos humanos do que outros. Esse é o caso do bonobo. Além da similaridade de ter relações sexuais para fins que vão além da procriação, essa espécie de macaco tem o DNA 98,7% igual aos dos humanos, algo impressionante!

Nem todo primata é macaco, mas todo macaco é primata! Dentro desse grupo, a variedade de espécies é enorme, passando facilmente de 200. São macacos de todos os tipos, cores, tamanhos e hábitos espalhados pelos quatro cantos do globo terrestre.

Cada possui suas peculiaridades e contribuições para a natureza e para o próprio ser humano, que o utiliza e estuda para saber mais sobre a própria história e origem. Em qualquer lugar do mundo que você for, provavelmente haverá um macaco para você conhecer.

Com muitas espécies de macacos espalhadas pelo mundo, é comum que cada uma desenvolva melhor uma função que a outra. No caso de enxergar cores em preto e branco, as diferenças são muito interessantes.

O estudo da visão de cores dos macacos está sendo cada vez mais investigado pelos humanos. Alguns enxergam apenas em preto e branco, outros conseguem enxergar apenas algumas cores. O uacari-branco, por exemplo, é um dos que, recentemente, foi comprovado que enxergam alguns tons além do preto e do branco.

Os macacos não param de surgir. Em 2012, uma nova espécie de macaco foi apresentada ao mundo: o macaco lesula, com o nome científico Cercopithecus lomamiensis.

A espécie foi descoberta nas florestas da República Democrática do Congo, na África. Seu rosto e peito é coberto de pelos loiros, enquanto no topo da cabeça, o tom é levemente preto. Esse macaco, que vive no chão e nas árvores, é parente do diferente macaco-coruja.

Com a invasão dos humanos aos habitats naturais dos macacos, algumas espécies acabaram entrando na lista de ameaçados de extinção, tornando-se muito raros. O gibão-de-Hainan é a espécie mais rara de todas. Ele vive na Ilha Hainan na China, e é alvo de caçadores, além de ter seu habitat destruído pelos humanos e pela natureza.

Infelizmente, há muitas outras espécies ameaçadas de extinção que entraram para a lista de macacos raros. O bugio marrom, o sauim-de-coleira, o langur-de-françois e o drill são alguns exemplos. Essas espécies são de diversas partes do mundo e, infelizmente, ainda há muito mais.

Vivendo no sul da Espanha, há uma espécie de macacos que perturba bastante os europeus. Representando os únicos macacos selvagens da Europa, o macaco-de-gibraltar pode ser muito perigoso para os humanos.

Mais comuns na África e Ásia, essa espécie de macaco pode ser muito agressiva quando se sente ameaçada. Além disso, ela pode infectar os humanos com o herpes vírus B, que pode ser mortal. Devido a todos esses problemas, esses animais não são muito queridos na Europa.

Incríveis, diferentes e especiais, os macacos habitam esse mundo há muitos séculos. Com inúmeras similaridades com os humanos, que vão desde comportamentos distintos até o DNA, os macacos são mamíferos muito interessantes que valem a pena serem estudados, observados e, principalmente, preservados.

Com a evolução do mundo e das sociedades, os habitats desses animais do grupo dos primatas estão sendo cada vez mais ameaçados. Consequentemente, muitos deles podem sumir em breve, ocasionando uma grande perda à natureza e à humanidade por completo.

Contribuindo, inclusive, para o avanço da medicina, os macacos trazem muitos benefícios à nossa sociedade. Além disso, é incrível poder ver e conviver com espécies tão maravilhosas e peculiares!