Tubarão-baleia: veja tamanho, peso, se é perigoso e mais

O tubarão-baleia (Rhincodon typus) é uma criatura marinha que chama atenção dos curiosos devido ao seu tamanho e aparência. Apesar do nome, o tubarão-baleia é um tubarão e, de fato, o maior de todos os peixes vivos hoje, podendo chegar a 20 metros de comprimento e a pesar 21 toneladas.

Identificado pela primeira vez em 1828, na costa da África do Sul, esse gigante dos mares habita os oceanos de regiões tropicais e costuma ter uma vida solitária. No Brasil, pode ser visto em toda a costa, principalmente nos arquipélagos de Pernambuco. Confira a seguir mais informações sobre o tubarão-baleia: como é sua alimentação, quais são suas características, curiosidades e muito mais! Vamos lá?

Você sabia que o tubarão-baleia se alimenta da menor criatura do mundo? Ou que ele possui cerca de 300 dentes minúsculos que foram feitos para filtrar o que passa por sua boca? Descubra aqui essas e muitas outras informações sobre as características do incrível tubarão-baleia. Leia:

Também chamado de "pintadinho" e de "cação-estrela", o tubarão-baleia possui uma cabeça e focinho achatados. Assim como as impressões digitais humanas, esses animais possuem um padrão único de manchas que permite a identificação individual de cada tubarão. Possuem olhos pequenos, atrás do qual se encontram os espiráculos, além de cinco fendas branquiais em cada lado da cabeça.

O dorso e os lados apresentam-se nas cores cinza ou marrom, com manchas brancas entre listras verticais e horizontais claras, e sua barriga é branca. Suas duas nadadeiras dorsais são colocadas para trás em seu corpo, que termina com uma grande nadadeira caudal.

O tubarão-baleia é uma espécie de tubarão que se alimenta por filtração e é o único membro existente da família Rhincodontidae, pertencente ao gênero Rhincodon. Ele pode atingir até 20 metros de comprimento e pesar mais de 12 toneladas (12.000 kg).

Porém, existem registros e relatos de animais que pesavam incríveis 34 toneladas! Mas, apesar do tamanho, eles são frequentemente chamados de "gigantes gentis". E vale lembrar que, apesar do nome, o tubarão-baleia não é um mamífero.

Mesmo com seu tamanho e peso consideráveis, o tubarão-baleia não é agressivo e acaba se tornando presa de outros animais marinhos menores, como o tubarão-branco e a orca, também conhecida como baleia-assassina. Seu comportamento dócil também o torna presa do ser humano, que o caça com o intuito de usar suas barbatanas, carne e gordura.

O tubarão-baleia não é um animal caçador, tampouco possui hábitos predadores. Para comer, ele projeta suas mandíbulas, que podem medir até 1,5 m de largura, e filtra passivamente tudo em seu caminho. Em seguida, a água é eliminada da boca através das brânquias e o alimento fica retido.

Normalmente, o tubarão-baleia se alimenta de algas, fitoplâncton, pequenos peixes, crustáceos e lulas. Ele é capaz de filtrar cerca de 6.000 litros de água por hora e de se alimentar de 21 kg de fitoplâncton por dia.

O tubarão-baleia se distribui pelos grandes oceanos, habitando regiões tropicais e temperadas, com exceção do Mar Mediterrâneo. Ele pode ser encontrado em águas rasas e profundas, especialmente na costa de países como o México, Austrália e Filipinas, que possuem águas mais quentes.

Geralmente solitário, o tubarão-baleia pode ser avistado em grupos de até 100 indivíduos nas áreas de alimentação. Durante a primavera, tais animais realizam longas migrações para a costa da Austrália, para se alimentar e reproduzir. Extremamente dóceis e inteligentes, eles não representam perigo para os seres humanos, permitindo até mesmo uma aproximação ocasional.

Os tubarões-baleia possuem diversos parceiros sexuais no período de reprodução. As fêmeas alcançam a maturidade sexual por volta dos 30 anos. Seus ovos são chocados e eclodem no corpo materno, de modo que a mãe dá à luz filhotes que apresentam entre 40 e 60 cm de comprimento.

A oviparidade dos tubarões-baleia foi descoberta em Taiwan, em 1995. Na ocasião, encontraram uma fêmea com filhotes na barriga e foi aí que souberam que os bebês nascem dos ovos ainda na barriga da mãe.

Não se sabe ao certo o número de filhotes nascidos a cada estação reprodutiva, porém, já foram encontrados 300 ovos no útero de uma fêmea capturada. Sabe-se também que o nascimento desses filhotes não ocorre de forma simultânea, já que a fêmea de tubarão-baleia possui a capacidade de armazenar esperma, podendo desenvolver novos embriões ao longo de diferentes temporadas reprodutivas.

Desde os seus dentes filtrantes até suas manchas singulares espalhadas pelo corpo, o tubarão-baleia apresenta uma série de outras características, como guelras enormes, um comportamento peculiar ao redor de humanos e até mesmo um companheiro inusitado. Veja mais:

O tubarão-baleia não é um animal agressivo, pelo contrário, é brincalhão, gentil e permite ser acariciado pelos mergulhadores. Os jovens dessa espécie podem até mesmo brincar com os mergulhadores, porém, essa prática é desencorajada por cientistas e conservacionistas, que acreditam que isso estressa o animal.

Para aqueles que sonham em nadar ao lado deste gigante, eles podem ser avistados em muitos lugares, como nas Honduras, Tailândia, Austrália, Taiwan, África do Sul, Galápagos, México, Seicheles, Índia, Brasil, Malásia, Sri Lanka, Porto Rico e diversos outros locais espalhados pelo Caribe.

Que o tubarão-baleia é um titã dos mares, todos já sabem. Mas por que suas guelras são tão grandes? Simples, ele é um peixe filtrador, e é uma das três únicas espécies conhecidas de tubarão que exibe este comportamento.

Para se alimentar, o animal abre a boca e nada para frente, empurrando água e comida para a boca. A água, então, é expulsa da boca através das guelras, retendo o alimento. O tubarão-baleia é capaz de filtrar cerca de 6 mil litros de água por hora, e tudo isso só é possível através de suas enormes e poderosas guelras.

O tubarão-baleia não costuma ser visto nadando ao lado de outros da sua espécie, porém, ele tem um companheiro fiel, a rêmora. As rêmoras são peixes caracterizados por apresentar na cabeça uma estrutura oval de sucção que pode ser utilizada para se fixar ao corpo de outros animais maiores.

Também chamadas de peixes-piolho, as rêmoras têm várias vantagens nesta associação com o tubarão-baleia. Ela se locomove economizando energia, se protege do ataque de outros animais, se alimenta dos parasitas da pele do tubarão, mas a principal vantagem é conseguir se alimentar dos restos das refeições do tubarão.

Atualmente, os tubarões-baleia são classificados como vulneráveis na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Apesar de serem protegidos por lei em alguns lugares do mundo, a caça é permitida em certas regiões, como em Taiwan.

Infelizmente, eles são altamente valorizados nos mercados internacionais. A demanda por sua carne, por suas barbatanas e por seu óleo continua a ser uma ameaça para a espécie, principalmente devido à pesca não regulamentada. O turismo também representa uma ameaça para a espécie, pois eles podem acabar sendo feridos por hélices de barcos.

Os oceanos e sua vida marinha fornecem aos seres vivos mais da metade do oxigênio que respiram, exercendo, assim, um papel de extrema importância no ciclo da água e no sistema climático. Eles fazem parte da cadeia alimentar, ou seja, são tanto predadores quanto presas de outros animais e contribuem para o controle e a saúde das populações das espécies. Além disso, contribuem no controle da produção de oxigênio nos mares.

A extinção do tubarão-baleia provocaria um efeito negativo em cascata dentro e fora dos oceanos, atingindo aves e mamíferos que se alimentam de peixes e assim por diante. Por isso, é muito importante preservar a espécie!

Cientistas e pesquisadores de ONGs, como a WWF (World Wide Fund for Nature), continuam a estudar os hábitos dos tubarões-baleia e a coletar informações, usando tags de satélite, dispositivos de sonar e câmeras digitais. Todos os dados coletados são usadas para criar mais proteções para a espécie.

O que a população, de maneira geral, pode fazer para ajudar na proteção da espécie? Evitar jogar lixo na rua, no chão, na praia e nos rios. Campanhas que promovam a limpeza de praias também podem trazer resultados na conservação dos oceanos e seus habitantes.

Vimos aqui que, apesar de serem gigantes gentis, os tubarões baleia estão em perigo de extinção devido a caça ilegal e acidentes com barcos de turismo. É uma espécie que compõe a biodiversidade do planeta e de extrema importância nas comunidades e dos ecossistemas aos quais faz parte.

Ainda que tenham "baleia" no nome, os tubarões-baleia não são mamíferos, e sim, peixes cartilaginosos! O animal deve se manter no mar, coexistindo pacificamente com outros seres vivos. Sendo assim, é dever de todos proteger não apenas o tubarão-baleia, mas todo o oceano e todos os animais que nele vivem!