Gado holandês: veja características, preço, criação e mais!

É improvável que você nunca tenha visto ou escutado falar sobre vaca holandesa ou boi holandês. Sim, eles existem, e é sobre eles que vamos falar neste artigo, onde vamos descobrir que essa raça é a melhor entre todos os bovinos existentes quando o assunto é produção de leite.

Mas vamos mais além ao falar sobre o gado holandês. Aqui você vai aprender muito sobre ele, como suas características físicas, como seu peso de até 1 T; variedades, preços e custos da raça; além de outras informações exclusivas deste bovino. Está curioso para saber sobre tudo isso? Então, basta acompanhar o que vem a seguir, para ficar a par de tudo. Boa leitura!

Vamos falar do gado holandês começando pelas características dessa raça. Descubra seus aspectos físicos, saiba de onde ele veio e o que ele produz e fique por dentro do temperamento, comportamento, cruzamento e reprodução desse bovino. Vamos lá?

O gado holandês é um gado de grande porte, com touros dessa raça pesando entre 900 kg e 1.000 kg e as vacas, entre 550 kg e 600 kg. Sua descrição física inclui caixa óssea ampla, pele elástica, espessa e fina; garupa larga e comprida; e pelagem fina, nas cores branca e preta ou vermelha e preta.

Esse gado possui também vassoura e ventre na cor branca; parte fronto nasal levemente alongada e estreita; pescoço delgado e longo; cabeça bem moldada; narinas bem abertas, amplo focinho, olhos grandes, além de chifres voltados para frente e com pontas escuras.

Essa raça taurina é o resultado do cruzamento de uma série de outras raças bovinas europeias ao longo do tempo. Estima-se que ela teve origem há cerca de 2.000 anos na Holanda e na Frísia Oriental, Alemanha.

Mas o gado holandês que temos hoje começou a tomar a forma atual a partir do século XVIII. Naquela época, as várias epidemias nos rebanhos liquidaram boa parte do gado que existia na Holanda, por outro lado, muitos bovinos brancos e pretos, ou quase negros manchados, foram importados e sendo mesclados com os que ainda existiam na região.

Embora essa raça seja usada também para a produção de carne, ela é amplamente utilizada para a produção leiteira, inclusive é líder e a maior produtora nesse quesito, comparada às outras raças bovinas.

Além de liderar os mais variados rankings de produção de leite, esse gado é capaz de produzir mais de 50 litros em um único dia e ainda entregar um leite com pouca gordura. Além de ele ter essa característica natural, o melhoramento genético e a preocupação zootécnica dos produtores para com essa raça tornam o gado holandês ainda melhor na produção leiteira.

O gado holandês tem o temperamento dócil e oferece facilidade no manejo. Essas qualidades são muito estimadas pelos criadores de gado, porque contribuem na criação em diversos aspectos, já que essas características ajudam na reprodução do animal; facilitam a ordenha, tanto manual, quanto mecanizada; tornam o manejo do rebanho mais seguro; e evitam o estresse no animal.

Além disso, essas qualidades reduzem o número de contusões no gado e diminuem os custos na fazenda. Essa última vantagem é muito importante para os fazendeiros, pois afeta diretamente na lucratividade do negócio.

A gestação das vacas holandesas dura em média 280 dias. Elas podem ser cobertas pela primeira vez entre 16 e 18 meses de idade e o primeiro parto pode ocorrer já entre 25 e 27 meses de idade, mas o intervalo entre um parto e outro varia entre 15 e 17 meses. Os machos nascem pesando em média 45 kg e as fêmeas, 40 kg.

Essa raça é muito usada como matriz em cruzamentos, para as novas linhagens possuírem genes de alta produção, e em cruzamentos com gados Gir e Guzerá, visando novas linhagens com alta produção leiteira.

O gado holandês tem variedades distintas dentro da própria raça. Conheça a variedade Hostein-Frísia, a Grominga e a Mosa, também conhecida como Reno e Yessel, e descubra as peculiaridades de cada uma delas.

Essa variedade, de pelagem branca e preta, é produtora de carne e notável pela sua alta produção de leite. Ela existe há séculos na Holanda e Alemanha, de onde foi exportada para o resto do mundo com o objetivo de produzir carne e leite.

Mas só aproximadamente em 1970 que o mundo passou a chamar essa variedade de Holstein-Frísia, inclusive, nessa mesma época, os criadores passaram a ter como preferidas as linhagens desse gado criadas nos Estados Unidos, o que resultou em exportação de sêmen dessa raça com a finalidade de se obter melhoramento genético dos rebanhos.

Já essa variedade tem a pelagem vermelha e branca, em que o branco predomina na vassoura da cauda, no úbere e no ventre, enquanto o vermelho é predominante na cauda e no pescoço.

O Mosa, Reno e Yessel é muito mais usado na produção de leite, embora alguns países o utilizem como gado de dupla aptidão, ou seja, para produzir carne e leite. Já no Brasil, além de ser usado para a produção leiteira, ele é muito utilizado também para cruzar com o gado Gir com o objetivo de produzir gados mestiços.

Essa é mais uma variedade do gado holandês, mas que não existe no Brasil. Ela possui cabeça e cauda na cor branca e tem a pelagem no resto do corpo toda na cor preta ou na cor vermelha. Essa variedade do gado holandês é conhecida por suas pernas fortes e grande fertilidade.

Agora vamos explorar o lado financeiro do gado holandês, descobrindo os mais variados preços para obter um animal dessa raça, onde encontrá-lo à venda e os custos para mantê-lo. Confira!

Idade, peso, qualidade genética do animal, valor de leilão e valorização da raça no mercado, por exemplo, influenciam os preços de um bovino, seja ele de qualquer raça, e com o gado holandês não é diferente.

Mas indo aos preços, no mercado, uma vaca holandesa custa entre R$ 4.500,00 e R$ 6.000,00; uma novilha, cerca de R$ 5.000,00; um tourinho, em torno de R$ 4.000,00; e um touro holandês, cerca de R$ 4.500,00. Os preços podem variar também de região para região, por isso, uma boa pesquisa se faz necessária.

Para encontrar um gado holandês à venda não tem segredo, pois a busca segue o mesmo procedimento se ela fosse por qualquer outra raça bovina, mas os meios mais comuns e mais fáceis onde você encontra o que você procura são as feiras de gado; os leilões virtuais e presenciais; na internet, em sites de classificados; ou negociando diretamente com algum criador.

Em qualquer uma dessas alternativas, você encontra touros, vacas, bezerros, novilhas, terneiras, etc., seja de gado holandês ou não. Basta fazer algumas pesquisas e ficar de olho sempre.

Os custos com a criação dessa raça na produção leiteira variam de acordo com o sistema de produção escolhido pelo criador, que são o extensivo, onde o gado é criado a pasto, e que requer pouco investimento; o semi-intensivo, onde o gado é criado a pasto e em instalações simples; e o intensivo, o mais custoso, em que o gado é confinado em pequenos espaços visando ao aumento da produção de leite.

Mas no geral os custos com a raça costumam ser baixos, pois ele demanda pouco gasto com manutenção e apresenta ótima relação custo-benefício por ter alta produção.

Ainda falta conhecer um pouco mais sobre o gado holandês. Vamos aprender agora sobre o início dessa raça aqui no Brasil, onde é melhor criá-la e quais fases de criação e cuidados são necessários para ele. Vamos conferir?

De acordo com a Associação Brasileira de Criadores da Raça Holandesa, dados históricos presumem que o gado holandês chegou ao Brasil entre 1530 e 1535. Hoje, cerca de 85% dos criadores do gado holandês no país estão nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais e mais de 2 milhões de animais da raça já foram registrados por aqui até o momento.

Essa raça se adapta às regiões frias, tropicais e desérticas, o que facilita a criação desse animal no Brasil, mas isso, nem tanto: por ser de originário de locais frios, lugares com climas mais amenos são mais adequados para criar o gado holandês, pois em temperaturas acima dos 24 graus, a produção de leite e o consumo de alimentos dessa raça caem.

O gado holandês segue as fases de criação das raças destinadas à produção de leite, que são a cria e a recria. A cria é o período entre o nascimento e a desmama do animal e a recria compreende o período após a desmama até o início da atividade reprodutiva do gado.

Uma vez que o gado já está apto a produzir leite, ele entra no sistema de produção leiteiro definido pelo criador para o seu rebanho.

As boas práticas no manejo do gado exigem a garantia do bem-estar do animal, por meio de uma boa convivência entre ele, as pessoas que o maneja e os outros bovinos do rebanho; de uma dieta balanceada, para evitar perda de nutrientes; de um local bem ventilado, limpo e bom para repouso, além de água fresca e abundante; e de um plano de prevenção contra doenças.

Oferecendo tudo isso ao rebanho, o criador vai evitar perdas financeiras e ainda vai ter uma boa produtividade leiteira garantida.

Após ler este artigo, podemos afirmar que o gado holandês é o maior produtor leiteiro dentre todas as raças bovinas. Sua produtividade de mais de 50 litros por dia prova isso e a liderança nos mais diversos rankings de produção de leite reforça ainda mais essa afirmação.

Para fortalecer cada vez mais essa habilidade, essa raça conta também com melhoramentos genéticos e boa capacidade para cruzamentos com outras raças, visando atingir níveis mais altos de produção e qualidade do leite constantemente. Depois de descobrir tudo isso, podemos constatar que vocação para produzir leite o gado tem de sobra, e que isso é incontestável.