Trabalho voluntário com animais: o que é, onde e como atuar

O amor pelos animais pode te levar a descobrir o quanto é incrível se dedicar ao trabalho voluntário. Já pensou nisso? Caso essa possibilidade já tenha passado pela sua cabeça, este artigo poderá te guiar, mostrando os benefícios do voluntariado para você e para os animais, expondo opções de locais nos quais este trabalho sem fins lucrativos pode ser executado!

Mas, se você é o tipo de pessoa que nunca pensou em se voluntariar, isso pode ser um motivo extra para você conferir as dicas elencadas neste texto, que te mostrarão que se voluntariar em prol de animais é bom até para o seu currículo. Ainda tem dúvidas? Então, fique atento às informações abaixo e descubra o imenso universo de benefícios e oportunidades que o trabalho voluntário poderá trazer para você e para os animais!

Você sabia que é possível fazer voluntariado em prol dos animais silvestres? Essa, inclusive, é uma boa forma de promover a preservação das espécies e de conscientizar a sociedade sobre a importância da fauna. Mas, se você prefere ajudar cães e gatos, há também muitos benefícios incluídos nesta ação. Confira abaixo!

É possível fazer parte de grupos de voluntários da causa animal atuando em prol da preservação e da conscientização. Para isso, pode-se realizar ativismo com ou sem contato direto com animais silvestres e domésticos.

No Brasil, ONGs que resgatam cães e gatos precisam de voluntários para as mais diversas finalidades. Dentro e fora do país, há também muitas formas de trabalhar com animais silvestres e exóticos, ajudando a preservá-los. Essas ações são de grande importância para mudar, gradualmente, a visão da sociedade sobre os animais, levando a população a enxergá-los como seres capazes de sentir e merecedores de respeito e proteção.

Há anos, realizar trabalhos voluntários se tornou bastante relevante na busca por um novo emprego. Isso, porque há empresas que, ao procurarem funcionários para contratar, consideram que informações sobre voluntariados realizados conseguem demonstrar os valores que a pessoa carrega e, também, a preocupação que ela tem com o coletivo através das causas sociais.

E, se o voluntariado tem relação com a vaga em questão, especialmente por gerar conhecimentos importantes para aquele trabalho, adicioná-lo ao currículo torna-se ainda mais importante.

Conquistar novas amizades é uma das certezas que o voluntário pode ter ao escolher atuar em prol dos animais. Esses novos amigos não serão apenas as pessoas com as quais o voluntário passará a conviver, mas também os animais que cruzarão seu caminho.

Quem gosta verdadeiramente de animais sabe que eles têm a incrível capacidade de se tornarem grandes companheiros dos seres humanos. E, no trabalho social, aqueles que não podem, por alguma razão, adotar animais, poderão desfrutar da companhia dos que serão alvo do voluntariado, garantindo uma via de mão dupla em que todos os lados saem ganhando!

O voluntariado é uma ótima forma de aprender coisas novas e de desafiar a si mesmo a crescer ao expandir seus horizontes. E, com os animais, não é diferente!

Além de aprender, na prática, ao conviver mais ativamente com animais, o voluntário também terá a oportunidade de acumular aprendizados construídos pelas pessoas que já atuam em prol dos animais há mais tempo e, com isso, poderá crescer profissionalmente e amadurecer, inclusive, nas áreas emocional, racional e afetiva.

Enquanto muitos seguirão se comovendo, sem se mover, você fará a diferença na realidade de muitos animais! Sem carinho e muitas vezes traumatizados pelo abandono e maus-tratos, cachorros e gatos vivendo em abrigos —ou até mesmo os que estão na rua e poderão ser alimentados e acarinhados por você— terão suas vidas transformadas graças ao seu empenho e ao amor que você colocar em suas ações.

O mesmo poderá acontecer com animais silvestres com histórico de sofrimento por conta do tráfico e outras ações que os condenam a vidas tão difíceis e sofridas.

Se interessou em fazer voluntariado com animais? Então, continue lendo este artigo e descubra que há muitas áreas nas quais você poderá atuar. Desde trabalhar com animais silvestres ou marinhos, até se tornar babá de cães e gatos, há várias oportunidades esperando por você! Confira abaixo!

Tendo ou não contato direto com a fauna, é possível realizar diversos trabalhos sociais. Uma das formas inclui participar de manifestações ou colaborar com entidades ao fornecer trabalhos na sua área de atuação —um redator, por exemplo, pode colaborar redigindo ou revisando textos para essas instituições.

É possível, ainda, realizar ações com contato direto com os animais. No Brasil e em outros países do mundo, há iniciativas que acolhem voluntários para cuidar de animais selvagens vivendo em santuários por não terem condições de retornar à natureza. Através delas, é possível limpar recintos, alimentar animais, promover o manejo das espécies, entre outras ações.

Exercer o voluntariado com animais marinhos é uma forma de se aproximar das espécies que habitam os oceanos e de ajudá-las, inclusive, a se recuperar após serem resgatadas por estarem feridas ou debilitadas.

Nesse tipo de trabalho, o voluntário dedicará horas semanais para realizar atividades como monitoramento de praias, acompanhamento de rotinas veterinárias, limpeza de recintos, auxílio na alimentação dos animais, e muitas outras.

Também conhecidas como “pet sitters”, as babás de animais domésticos têm se tornado cada vez mais comuns. E, embora esse trabalho seja realizado de forma remunerada por muitas pessoas, é possível fazê-lo através do voluntariado também.

A vantagem desse trabalho é poder realizá-lo sem o auxílio de uma instituição, já que o voluntário poderá se dispor, por conta própria e de maneira autônoma e individual, a cuidar de cães e gatos que precisem de babás por horas ou dias.

É possível, ainda, fazer um trabalho semelhante ao de babá ao fornecer um lar temporário para cães e gatos resgatados por ONGs.

Além da possibilidade de abrigar temporariamente um cachorro ou gato, normalmente com os gastos do animal pagos pela entidade que o resgatou, também é possível cuidar desses animais diretamente em abrigos de instituições.

Limpar recintos, alimentar animais e levá-los para passear quando vivem abrigados em baias pequenas são algumas ações que podem ser praticadas pelo voluntário. Elas poderão levar muito carinho aos cães e gatos, ajudando-os, inclusive, a curar traumas que podem ter sofrido no passado.

Há voluntários que, por diversas razões, não conseguem ir aos abrigos ou acolher temporariamente animais em suas casas e que, por isso, atuam em feiras de doação e adoção.

Nesses eventos, o voluntário pode ficar encarregado de diversas atividades, como receber doações de ração, fazer entrevistas com candidatos à adoção de animais, conferir o preenchimento do termo de responsabilidade firmado com a família adotante e garantir que os animais estejam com suas necessidades básicas supridas. É possível até mesmo divulgar a feira e as adoções nas redes sociais para incentivar famílias a levarem um cão ou gato para casa.

Tanto os animais silvestres, quanto os domésticos que dependem de ações voluntárias costumam viver em recintos que precisam ser higienizados. Eles também necessitam que suas vasilhas estejam sempre com água e ração e que outras necessidades, como ter meios de se aquecer em dias frios, sejam supridas.

Para que tudo isso aconteça, a atuação voluntária é primordial. E até mesmo para os animais abandonados, essa organização de espaços físicos, ainda que sejam as calçadas, é bem-vinda, já que os cães e gatos em situação de rua também precisam de água, comida, higiene e conforto.

Profissionais veterinários também podem atuar como voluntários, prestando serviços essenciais, como consultas sem cobrar, e criando conteúdo para conscientizar e educar a população sobre temas como direitos animais e adoção responsável. Esses conteúdos podem ser levados à sociedade através de palestras ou até mesmo de publicações nas redes sociais.

Além disso, auxiliares de medicina veterinária e até mesmo pessoas sem formação na área podem ajudar, por exemplo, em mutirões de castração e outras ações voluntárias em prol dos animais. É possível, também, que veterinários voluntários auxiliem animais silvestres sem custo, socorrendo-os após atropelamentos e incêndios florestais.

Agora que você já sabe como pode ajudar os animais, resta descobrir em quais locais consegue exercer o voluntariado. Além de associações de proteção animal e de preservação da fauna, é possível atuar em santuários e no Centros de Controle de Zoonoses. São muitas opções. Para conhecê-las, confira os tópicos abaixo!

Entidades voltadas ao resgate de animais domésticos costumam ser as que mais precisam da atuação voluntária. Além delas, há também instituições dedicadas à preservação da fauna que podem ser beneficiadas pelo voluntariado.

Em vários municípios brasileiros, especialmente nas cidades de médio e grande porte, encontram-se instituições de proteção animal. Nas regiões litorâneas, há também entidades que atuam na preservação de animais marinhos e que frequentemente abrem as portas para voluntários.

Animais criados em canis e gatis também podem ser beneficiados pela ação de voluntários. Nesses locas, as atividades a serem realizadas durante o voluntariado não costumam diferir das que são feitas nos abrigos das ONGs.

Junto dos responsáveis pelos canis, o voluntário cuida dos cães e ajuda na rotina do local, assim como pode fazer em gatis, caso prefira fazer companhia para gatos.

Santuários são os locais mais adequados para abrigar animais selvagens que não podem retornar à natureza por não terem condições de sobreviver sem o auxílio dos seres humanos. A manutenção desses espaços, entretanto, depende de muitos voluntários.

A maior parte da força-tarefa que mantém santuários em funcionamento atua colaborando financeiramente e divulgando eventos e campanhas de arrecadação de fundos cujo objetivo é sustentar essas instituições. Parte delas também recebe pequenos grupos de voluntários para atuar diretamente no santuário, incluindo em ações educativas que visam a conscientização.

De responsabilidade do Ibama, os Cetas procuram reabilitar animais silvestres vítimas de acidentes, como atropelamentos, e de tráfico, para devolvê-los à natureza ou encaminhá-los a instituições que possam abrigá-los, caso não possam ser reintroduzidos ao habitat por questões de sobrevivência.

Nesses locais, o voluntariado pode ser realizado exclusivamente por profissionais e estudantes universitários de áreas, como biologia e medicina veterinária.

Os Centros de Controle de Zoonoses são instituições públicas de prefeituras de municípios brasileiros. Embora não façam parte da estrutura de todas as cidades, muitas possuem CCZs que, inclusive, funcionam como abrigo de cães e gatos abandonados, além de unidades de controle de doenças transmissíveis a humanos.

Nesses locais, voluntários podem atuar em ações voltadas à melhoria da qualidade de vida dos animais abrigados. Em São Paulo, por exemplo, o Serviço Voluntário da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) da capital é aberto à população, que pode trabalhar de maneira voluntária nos programas de banho e tosa, bem-estar de cães, gatos e equinos.

Cerca de 30 milhões de cães e gatos vivem em situação de rua no Brasil. Milhares também estão abrigados em ONGs e em CCZs. No caso dos silvestres, são 38 milhões retirados da natureza todos os anos. É impensável que uma única pessoa consiga transformar a realidade de tantos animais, mas é totalmente possível que um ser humano sozinho dê uma nova vida a um ou a alguns animais.

Seja cuidando de um cão abandonado, atuando em uma ONG, dedicando-se aos animais silvestres e à conscientização da sociedade contra o tráfico, você pode somar forças ao lado dos que defendem os direitos animais. A realidade de uma sociedade muda lentamente, mas o que importa não é a velocidade com que o mundo é transformado, o que conta é o empenho dos altruístas!