Boi Wagyu: veja perfil da raça, curiosidades, preço e mais

Neste artigo você vai conhecer a raça Wagyu, que, comparada a todas as outras raças bovinas do mundo, é a mais cara e a que tem a carne mais saborosa de todas. Vai saber também qual é a sua origem e muitas outras coisas a respeito das suas características.

E, além de descobrir tudo isso, você vai ver como é alto o preço de uma cabeça da raça e o quanto é cara a carne desse animal. No mais, neste artigo você descobrirá também muitas curiosidades, como o tratamento inusitado que alguns criadores dão-lhe no Japão. Ficou curioso para saber tudo isso? Então, acompanhe o artigo e boa leitura!

O gado japonês Wagyu é de bom temperamento e tem características gerais bem peculiares quanto aos seus aspectos físicos, sua origem, produtividade, reprodução e cruzamento. Vamos conhecer a raça?

O Wagyu é de porte médio e sem definição muscular. Seus chifres são ligeiramente curvados para frente e possuem uma coloração que começa esbranquiçada a partir da base, escurecendo à medida que se aproxima das pontas.

A pelagem do Wagyu pode ser preta ou marrom avermelhada, sua cauda é longa com uma longa pelagem na ponta, suas orelhas são apontadas para os lados, nem totalmente caídas, nem totalmente em pé, e a barbela costuma ir até as pernas dianteiras do animal.

O Wagyu foi introduzido no Japão no século II, vindo da Ásia pela península coreana para ser um animal de tração no cultivo de arroz. Entretanto, o mundo só conheceu a raça a partir de 1868, quando o porto de Kobe foi aberto para o comércio internacional e os estrangeiros ficaram surpresos com o sabor da carne do animal. Desde então, a carne do Wagyu é conhecida como Kobe Beef.

Hoje, a carne do Wagyu é marcada por ser a mais nobre e a mais cara do mundo, não havendo carne considerada de segunda em seu corte.

O Wagyu é destinado à pecuária de corte, e não à produção de leite. Ainda assim, a quantidade de cabeças da raça no País ainda não consegue atender à produção de carne Wagyu do mercado nacional, além disso, clientes estrangeiros já estão de olho na carne da raça criada aqui.

No mais, por enquanto, o Brasil não conseguiu exportar a carne do Wagyu devido ao seu pequeno volume de abate. Em 2017, por exemplo, apenas 5.000 Wagyus com selo de garantia foram abatidos no País.

A docilidade faz parte da personalidade do gado Wagyu, e isso é bom, pois o temperamento dócil é uma característica valorizada pelos criadores de qualquer raça bovina, porque facilita muito o manejo do rebanho. O temperamento dócil influencia de forma positiva na produtividade do sistema de cria e na eficiência da reprodução do animal, o que ajuda muito evitar que os criadores tenham prejuízos financeiros.

O macho Wagyu costuma demorar mais para chegar à puberdade em comparação às raças europeias, mas em compensação, possui níveis maiores de testosterona, e consequentemente, uma produção de esperma elevada, acompanhada também do libido mais aflorado. Devido a estas características, geralmente o touro Wagyu costuma ser considerado um ótimo reprodutor.

A facilidade de parto da raça também é um fator positivo, já que não apresenta problemas de distocia. Quanto ao cruzamento do Wagyu com outras raças no Brasil, é mais comum isso ser feito com outros taurinos, como Angus e Brangus, e com a raça zebuína Nelore.

Agora é hora de saber quanto custa um bovino Wagyu, os preços de alguns cortes de carne da raça, onde comprá-lo e tudo o que entra nos custos de criação. Confira!

No geral, essa raça é cara. Um bezerro pode custar R$ 6.000,00, um touro e uma vaca puros podem custar cerca de R$ 10.000,00 cada, e a carcaça do animal pode chegar a R$ 15.000,00.

A carne do animal também tem preços nas alturas. Um contrafilé de Wagyu pode custar R$ 700,00 o quilo; a fraldinha, R$ 170,00 o quilo; o medalhão de picanha, R$ 330,00 o quilo; o acém, R$ 200,00 o quilo; a costela e o coxão mole, R$ 60,00 o quilo; e o bife de “chorizo”, R$ 385,00 o quilo.

Assim como acontece com outras raças bovinas, encontrar o Wagyu à venda é possível em sites de classificados na Internet e em leilões. Entretanto, é mais difícil achar grandes quantidades do gado dessa raça do que de outras mais populares, já que no Brasil existe um número reduzido de exemplares de Wagyu. De qualquer forma, o interessado pode recorrer a essas opções ou negociar diretamente com algum criador de Wagyu.

O custo de um Wagyu é caro, cerca de R$ 6.000,00 do nascimento ao abate. Por outro lado, o retorno para o criador é maior, comparado a outras raças.

Mesmo com o retorno mais lucrativo, alguns criadores veem dificuldade para criar o Wagyu devido ao alto custo de produção e à demora maior para o animal chegar à idade do abate. Além disso, o tempo maior de confinamento que essa raça precisa também influencia, já que confinado ele não pasta e requer mais despesas com ração.

Este bovino é repleto de curiosidades bem interessantes. Conheça o significado do nome Wagyu, o tratamento luxuoso que ele recebe de alguns criadores e saiba porque massagear o animal não melhora o marmoreio de sua carne.

O nome Wagyu é uma aglutinação entre “wa”, que significa “Japão” e “gyu”, que significa “vaca”. A junção dos dois nomes quer dizer, literalmente, vaca japonesa. Mas apenas quatro linhagens são consideradas Wagyu: a preta (Japanese Black), a marrom (Japanese Brown), a de chifre curto (Japanese Shorthorn) e a mocha (Japanese Polled).

O tratamento que o Wagyu recebe de alguns criadores no Japão é interessante, com direito a massagem, acupuntura, música clássica e feno misturado com cerveja. O feno com cerveja e a massagem estimulam o apetite do gado confinado nos meses quentes, refresca e tira o estresse do animal.

Além disso, o ambiente onde esse gado é criado lá tem temperatura controlada para evitar mudanças extremas entre o calor e o frio. Outra regalia que o Wagyu tem no Japão é a criação longe de qualquer aglomeração para criar um ambiente livre de estresse ao rebanho.

Corre o mito de que o Wagyu tem um excelente marmoreio, que é aquela gordura saudável entre os feixes das fibras musculares e nos músculos, graças à massagem feita no animal. Entretanto, isso não procede, pois, já foi comprovado que a massagem feita nesse gado e o notável marmoreio da raça não têm ligação entre si.

Na verdade, esse é um agrado feito por alguns criadores com poucas cabeças de gado, mas a prática não tem o objetivo de melhorar o marmoreio do Wagyu.

Depois da leitura deste artigo, você pôde concluir que o Wagyu é uma raça dispendiosa em todos os aspectos, desde o nascimento até chegar à mesa do consumidor de suas carnes. Apesar do alto investimento que o Wagyu requer em todas as etapas, a recompensa que ele dá é maior que a das outras raças, pois é ele quem entrega a carne mais saborosa e suculenta do mundo.

Até o momento, ele é um luxo para poucos. Enquanto a sua criação e a sua carne não se popularizam, ele ainda vai poder ostentar o seu requinte. E merecidamente, pois como ele, não há outro igual.