O que dar para filhote de gato comer? Veja opções e cuidados

O que dar para filhote de gato comer? Veja opções e cuidados

Adotou um gato filhote e quer saber o que pode e o que não pode dar para comer? Neste artigo te ensinaremos isso e muito mais!


Não sabe o que dar para filhote de gato?

Gato amarelo dormindo

O filhote de gato passa por diferentes fases desde o seu nascimento até deixar de ser filhote. Em cada uma delas, os filhotes precisam de alimentos nas quantidades certas para um bom desenvolvimento e também para evitar complicações na sua saúde.

É dito popularmente que os filhotes de gatos gostam de determinados alimentos, quando na verdade podem ser prejudiciais para a saúde do animal, como o leite de vaca. Existe uma grande variedade de comida que você pode oferecer para o seu gatinho!

Neste artigo você irá aprender tudo sobre a alimentação dos filhotes felinos, como o que se pode dar para comer na infância, quais são os alimentos perigosos para eles e como alimentar corretamente em cada fase do filhote. Continue lendo para descobrir!

O que dar para filhote de gato comer

Mãe amamentando os gatos

Por estarem ainda em desenvolvimento, não é bom oferecer comidas muito duras para os filhotes. Existem alguns alimentos que fazem bem para ele e que apresentam rigidez em boas medidas para os dentes em crescimento do animal. Confira a seguir o que pode dar para o seu filhotinho de gato comer!

Leite materno para recém-nascido

A primeira alimentação de um gato filhote deve ser o leite materno da mãe. Esse leite já tem todos os nutrientes e medidas certas para o desenvolvimento do filhote, é a própria natureza cuidando do animal.

Mas se por algum motivo o seu gatinho recém-nascido não tem acesso ao leite de sua mãe, o ideal é comprar o leite feito especialmente para gatos, normalmente vendido em pet shops, e alimentá-lo através de uma seringa sem agulha.

Ração para gato filhote

Existem rações feitas para gatos filhotes com os nutrientes necessários para o animal. Essa ração vem em sachês com as indicações de quantidade de acordo com a idade do animal. É uma ótima opção de alimento na mudança do leite materno para comidas mais sólidas.

É indicado fazer essa transição gradualmente quando os dentes começarem a crescer, ensinando o filhote a reconhecer o que é comida aos poucos. Você pode encontrar rações para gatos filhotes em petshops e supermercados comuns.

Ovos

Os ovos são excelentes alimentos para gatos em desenvolvimento. Você pode oferecê-los, sempre cozidos e em pequenas porções (sem temperos!). O ovo cozido é macio e mole, ideal para os animais com dentes em desenvolvimento, além de ser um alimento rico em proteínas e nutrientes importantes para o crescimento do gatinho.

E nem precisa se limitar apenas em ovos de galinha! Ovos de codorna e de pata são boas opções também para o seu filhote. O ovo pode ser oferecido como um complemento da ração (seca ou molhada), sendo sempre tido como lanche e nunca como a principal refeição.

Peixes

O peixe é um outro bom exemplo que no imaginário popular faz bem pros gatos. Tecnicamente não está errado, mas é preciso tomar muito cuidado ao oferecer esse alimento para os filhotes. Oferecer peixe cru não é o ideal, o mais recomendado é cozinhá-lo levemente e sem temperos.

É importante saber que peixes não são alimentos que você deva ter costume de dar ao gato, e também não é qualquer um que os felinos podem comer (o bacalhau, por exemplo, pode ser tóxico). Os peixes são ricos em ômega 3, um ótimo fortalecedor de ossos para o animal.

Para seu gato filhote, ofereça pequenas quantidades de peixes com carne macia, como atum, sardinha e salmão. Ofereça a carne em pequenos pedaços livres de espinhas.

Carnes

As carnes são a principal fonte de nutrientes e proteínas dos gatos. Elas estão presente na ração em medidas calculadas para a saúde do animal. Por isso, a carne pura não substitui a alimentação adequada dos gatos a base de ração. É possível dar carne como lanche, em pequenas quantidades para os gatos filhotes.

O ideal é cozinhá-las um pouco, para evitar que possíveis bactérias, que estão presentes na carne crua, façam mal ao filhote. Faça um picadinho de carne sem tempero e acrescente na ração molhada do seu filhote! Além de ser nutritivo, ajuda o bichinho a descobrir novos cheiros e sabores.

Verduras e legumes

As verduras e os legumes são ótimos complementos de ração para os gatos. Cenoura, pepino, ervilha e abóbora funcionam muito bem como enriquecimento alimentar, além de apresentarem nutrientes que regulam a saúde do animal.

Cozinhe as verduras e legumes apenas na água, corte bem e ofereça em pequenas porções, misturadas à ração. Seu gatinho vai amar explorar diferentes texturas e sabores!

O que não dar para filhote de gato comer

Filhote de gato comendo ração

Existem muitos alimentos que, ao serem ingeridos por um filhote de gato, se tornam tóxicos para o animal. Alguns, inclusive, estão de maneira equivocada em costumes populares da sociedade. Veja abaixo o que não pode dar para o filhote de gato comer e o porquê disso!

Leite em pó

O leite em pó é um produto ultra processado que contém substâncias fortes testadas para não fazer mal para o corpo humano, o que não é ocorre nos corpos dos gatos, ainda mais filhotes. Os componentes presentes no leite em pó, mesmo após diluído em água, não são recomendados para eles.

Além de tudo, o leite é rico em gorduras que podem gerar problemas para o intestino em desenvolvimento do gatinho. No lugar do leite em pó, procure em pet shops leite feito especialmente para gatos filhotes, esse sim irá fazer bem para o crescimento do seu filhote.

Leite de vaca

O leite de vaca, ao contrário do que o imaginário popular diz, é prejudicial para os gatos filhotes. Além de poder ser tóxico, depois de passar pela industrialização até chegar aos nossos lares, o leite é rico em açúcares e pobre em proteínas, algo que os carnívoros, como os gatos, precisam.

Em resumo, o leite não forneceria os nutrientes necessários para o filhote de gato e ainda encheria seu organismo com uma quantidade de gordura difícil de ser eliminada posteriormente.

Comida humana

Comida humana, no geral, é prejudicial para os filhotes de gatos por normalmente ser temperada com ingredientes que viram veneno no organismo do animal. Salvo alguns alimentos, que são preparados adequadamente e oferecidos à parte com a ração, a nossa comida não deve ser dada para os filhotes de gato.

Além de oferecer riscos para a saúde, de quase nada beneficia a absorção desses nutrientes para ele. Os gatos filhotes precisam de uma atenção especial na rotina alimentar, e definitivamente a comida humana não entra nisso.

Comida para cães ou para gato adulto

Comida para gato adulto pode não ser nutritiva para filhotes, e comidas para cães menos ainda. Isso acontece porque a composição da ração para gatos adultos tem níveis diferentes de calorias e nutrientes, com uma função de manter equilibrado o organismo de um gato já desenvolvido.

Se aplicados a um gato em crescimento, além do animal não absorver o que precisa, pode ainda ter complicações no sistema digestivo por ingerir mais carboidratos do que consegue digerir. Essa situação pode piorar com rações para cães, uma vez que os gatos são animais completamente diferentes e necessitam de diferentes tipos de alimentos para se manterem saudáveis.

Uva ou abacate

A uva e o abacate são duas frutas que estão na lista de proibidas para os gatos, ainda mais sendo filhotes. Isso acontece porque esses alimentos contêm toxinas que causam diarreias, vômitos, desidratação e outros fatores de risco para o animalzinho.

O organismo do gato não foi feito para absorver e digerir esses tipos de frutas que fermentam no estômago. Quando se fala de gato filhote esses riscos podem até serem fatais.

Frutas cítricas

As frutas cítricas são um dos maiores perigos alimentares para os gatos. Isso ocorre porque, como o nome já diz, as frutas cítricas possuem um nível de acidez muito elevado, que pode corroer as paredes do estômago dos felinos.

O organismo dos gatos domésticos não é tão desenvolvido quanto dos humanos, fazendo com que alimentos que possuem acidez alta não sejam digeridos, se tornando um veneno para o corpo. Nunca dê limão, laranja ou qualquer outra fruta cítrica para seu gato em hipótese nenhuma!

Comida com cebola ou alho

Cebola e alho são temperos típicos da nossa culinária, presentes na grande maioria das comidas que consumimos. Pela constante presença em nossas vidas, é normal surgir a dúvida se o gato filhote pode comer.

A resposta é não! A cebola e o alho apresentam substâncias que atacam as hemácias (as células vermelhas do sangue ricas em oxigênio) do felino, podendo levar a anemia severa. Nunca alimente seu gato com nenhum tipo de tempero próprio para humanos.

Como alimentar o gato filhote

Filhote de gato comendo em vasilha rosa

Você sabia que em cada etapa da infância do gato ele tem necessidades alimentares diferentes? O felino cresce e se desenvolve rapidamente, fazendo com que sua alimentação precise acompanhar suas mudanças. Veja a seguir como alimentar o gato filhote em cada idade!

Até duas semanas

Para gatos recém-nascidos com até duas semanas de vida, a alimentação deve ser feita apenas com o leite materno. O ideal é que essa alimentação seja 100% feita pela mãe, que fornece todos os nutrientes necessários para o gatinho. 

O leite materno dá ao filhote anticorpos imunológicos que o protege de bactérias e vírus, além de fornecerem um crescimento saudável. Se o seu filhote de até duas semanas não tem uma mãe para alimentá-lo, é preciso comprar leite para gatos e oferecer em uma mamadeira apropriada, em uma temperatura morna. 

Entre três e seis semanas

Depois de três semanas de vida, os dentes do gatinho começam a crescer e é possível introduzir aos poucos alimentos além do leite materno. Você pode comprar comida molhada para o filhote e oferecer gradualmente com o tempo, ou comprar ração seca e dissolver um pouco em água morna.

Esse é o período que começa a transição na vida do gato para se tornar mais independente da mãe, onde o número de refeições fica em torno de 6 vezes ao dia, com intervalos de 3 a 6 horas.

Entre um e seis meses

Entre um e seis meses, o gato pode começar a comer mais comida seca. Depois dos três meses, é valido introduzir outros tipos de comida, bem gradualmente, para estimular os sentidos do gatinho. É o período da vida do animal que ele já está independente da mãe e ainda sim precisando se alimentar frequentemente. Por isso é bom, na medida do possível, variar na alimentação.

Dê preferência para alimentos que auxiliam o crescimento do filhote, através de rações especializadas nisso, e pequenos lanches na semana. Nesse período, o gatinho necessita se alimentar 4 ou 3 vezes no dia, podendo virar duas vezes ao dia em seus seis meses de idade.

A partir de seis meses

Após seis meses, o filhote passa a ter uma alimentação mais sólida e consistente. Ele provavelmente já conhecerá sua rotina de alimentação, mesmo se receber lanches diferentes em alguns dias da semana.

É preciso ver a necessidade da alimentação do gato, para que ele continue se desenvolvendo, mas sem gerar um sobrepeso. Cada animal precisa de uma rotina alimentar específica, por tanto é recomendado descobrir a necessidade do seu gatinho com um veterinário de confiança.

O enriquecimento alimentar é muito benéfico para o gato filhote

Filhote de gato tomando leite

Neste artigo, você viu o que pode oferecer para seu gato filhote e a forma de alimentá-lo conforme sua idade, além de conhecer os principais alimentos proibidos para os felinos. Assim como com qualquer animal, uma dieta rica em proteínas e bons nutrientes, faz toda a diferença.

Sabendo quais alimentos são proibidos e quais são recomendados, fica mais simples montar uma agenda alimentar ideal. Os benefícios são inúmeros, principalmente em relação ao desenvolvimento do seu gatinho, que crescerá muito mais forte e saudável.

O papel da mãe é importante nessa alimentação ideal, mas você, como tutor, pode substituir, caso seja necessário. Basta seguir as dicas fornecidas nesse artigo e procurar acompanhamento veterinário, caso surja alguma dúvida. Sabendo como cuidar do seu gatinho em cada fase da sua infância e da forma certa, aumentam as chances dele não adquirir problemas de saúde e viver muito mais tempo com você.

Autor deste artigo

Escritor e redator, apaixonado por animais, pela leitura e por contar histórias. Sou estudante de jornalismo na UFF, onde aprimoro minha prática e alimento minhas paixões profissionais. Escrevo por aqui como troca de conhecimento, inspirado no amor pela minha gatinha Gina.

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