Pulgão: tipos, características e como acabar com eles!

Pulgão: tipos, características e como acabar com eles!

Você conhece o pulgão? Descubra mais sobre esta praga que ataca plantas em jardins e em grandes plantações, além de saber como evitá-la!


Você sabe o que são os pulgões?

pulgões na folha

O que você sabe sobre os pulgões? Eles são pequenos insetos que podem estar presentes em qualquer área onde haja vegetação. Podem habitar tanto lugares altos, nas copas das árvores, como no chão, morando nas raízes das plantas. Aprenda neste artigo como identificar um pulgão e o que ele pode fazer com suas plantas.

Descubra também qual é o inseto que mais se beneficia com a presença do pulgão e qual é a alimentação predileta dele. Confira essas e muito mais informações no decorrer da leitura deste artigo. Você vai descobrir todos os principais detalhes a respeito desse pequeno animal, que pode ser muito impactante em plantas caseiras e, até mesmo, em grandes plantações. Boa leitura!

Ficha técnica do pulgão

pulgões na plantação

Aprenda as diferentes informações sobre essa praga, como suas características visuais, habitat natural, ciclo de vida, como se reproduzem e qual é a sua alimentação. Além disso, veja qual é a importância ecológica dos pulgões e quem se beneficia com a presença deles.

Características visuais

O pulgão pode medir de 1 mm a 10 mm de comprimento. Geralmente tem cor uniforme, podendo ser brilhante ou opaco. Existem espécies de cor verde, cinzenta, castanha, vermelha, amarela e preta. Os órgãos que melhor caracterizam o visual do pulgão são as peças bucais destinadas a furar e sugar a seiva das plantas, chamadas estiletes.

Os pulgões possuem dois olhos compostos e dois tubérculos oculares. O corpo é longo, mole, com articulações finas, de modo que algumas espécies possuem asas. Quando o pulgão possui asas, tanto nos machos quanto nas fêmeas, elas se apresentam em pares enlaçados e transparentes.

Habitat natural e alimentação

Os pulgões são pragas que causam vários tipos de enfraquecimento em plantas como couve, algodão, morango, roseiras, e brócolis. Eles usam as plantas como habitat e, ao mesmo tempo, como alimento. Alimentam-se através de sugadores em forma de agulha de seringa, chamada estilete.

Os pulgões inserem os estiletes nos vasos das plantas, sugando sua seiva. Além das plantas citadas acima, que são suas preferidas, os pulgões podem habitar qualquer lugar onde existe vegetação. Eles também podem ser encontrados em copas de árvores altas ou nas raízes das plantas.

Ciclo de vida e reprodução

O processo de reprodução dos pulgões é feito por partenogênese telítoca; isto é, as fêmeas não necessitam da fecundação para gerar outras fêmeas. Os machos podem nascer desse processo, mas em pequenas quantidades. Quando ocorre o nascimento de um macho, acontece a reprodução sexuada (cópula).

Nesse momento, são gerados machos e fêmeas em quantidades mais homogêneas. O ciclo de vida desses insetos varia de 5 a 6 dias para as ninfas. Os períodos reprodutivos variam de 15 a 23 dias e o pós-reprodutivo entre 3 e 4 dias.

Importância ecológica

Existem algumas relações ecológicas entre os pulgões e outras espécies de insetos. Essas relações são mais harmônicas do que com as plantas, pois não há prejuízo para os outros insetos. Um exemplo claro desse tipo de relação é com as formigas pastoras.

Elas protegem os pulgões de seus predadores em troca da secreção eliminada por eles, chamada de “honeydew”. Essa secreção é adocicada e serve de alimento para as formigas pastoras. As formigas passam as antenas no corpo dos pulgões, fazendo “cócegas”, para a secreção ser eliminada mais rapidamente.

Tipos de pulgão

Confira aqui os vários tipos de pulgões existentes na natureza. Saiba agora diferenciar cada um deles através de suas características específicas, além de identificar quais são suas plantas hospedeiras prediletas:

Pulgão branco

Pulgão branco

O pulgão branco é uma espécie de inseto que prefere habitar os ramos e galhos de plantas lenhosas, ornamentais e de frutos. Seu nome científico é Icerya purchasi. Ele é um tipo de cochonilha conhecida como cochonilha-australiana. Apesar de os sintomas e infestações serem parecidos com os pulgões pretos, os brancos são de uma espécie diferente.

Os pulgões brancos adultos têm formato oval, apresentam manchas escuras no dorso e medem cerca de 1 mm a 10 mm. Mesmo sendo chamados de pulgões brancos, a sua coloração pode variar entre tons claros de roxo e vermelho.

Pulgão verde

Pulgão verde

Myzus persicae é o nome científico do pulgão verde. As culturas mais atacadas por essa praga são: alface, abobora, algodão, abobrinha, agrião, batata, brócolis, berinjela, couve-flor, couve, melancia, mamão, melão, pêssego, pimentão, pimenta, repolho e tomate. Como o próprio nome diz, ele tem cor verde-clara e mede de 1 mm a 10 mm.

Sua maneira de se alimentar é a tradicional dos pulgões, onde insere seus estiletes nas plantas para sugar a seiva delas. No geral, é uma praga que ocasiona danos diretos às plantas.

Pulgão algodoeiro

Pulgão algodoeiro

Os pulgões do algodoeiro (Aphis gossypii) medem cerca de 1,3 mm. Sua coloração pode variar entre o amarelo-claro e o verde-escuro, sendo o verde mais predominante nos indivíduos adultos. Vivem sob as folhas e brotos das plantas. Possuem um processo de reprodução enorme, gerando várias crias que nascem de forma alada (com asas) ou não.

Geralmente, a forma alada aparece quando o alimento está escasso. Assim, esses insetos voam à procura de outras plantas para iniciarem novas colônias.

Pulgão do milho

Pulgão do milho

Os pulgões da espécie Rhopalosiphum maidis são insetos com ou sem asas que vivem em colônias onde não existe a presença de machos. O pulgão do milho possui corpo alongado medindo entre 0,9 mm e 2,2 mm de comprimento. Sua cor pode ser amarelo-esverdeada ou azul-esverdeada. As asas são transparentes, possuindo apenas uma nervura.

Tem um ciclo biológico que dura de 20 a 30 dias, e cada fêmea pode gerar em média 70 novos pulgões. As fêmeas não aladas podem produzir mais ninfas que as fêmeas aladas.

Pulgão da espiga

Pulgão da espiga

Os adultos não alados da espécie Sitobion avenae podem medir de 1,3 mm a 33 mm de comprimento. Sua cor pode ser tanto um verde-amarelado quanto um castanho-avermelhado, possuindo antenas na cor preta. Já os pulgões da espiga alados são um pouco menores, medindo entre 1,6 mm e 2,9 mm de comprimento.

A cor é semelhante às cores dos indivíduos não alados, sendo diferenciados apenas pelas marcas segmentadas das asas na superfície superior do abdome. Vivem nas folhas de cereais como o trigo, e sempre ficam concentrados nas espigas das plantas.

Impactos dos pulgões nas plantas

Pulgões infestando folha

Você pode conferir aqui o que os pulgões podem fazer com suas plantas. Saiba o que é a sucção e como os pulgões eliminam-na para atrair outros insetos, além de conferir qual é o malefício que a saliva deles pode trazer para as plantas. Acompanhe:

Sucção de nutrientes

Os pulgões possuem peças bucais em forma de agulhas, denominadas estiletes. Eles introduzem esses estiletes no veio das plantas para sugar sua seiva. O processo de sucção ocasiona prejuízo às folhas, além de deformação dos brotos delas.

Esse processo reduz o desenvolvimento das plantas, pois quando as folhas murcham, deixam de praticar a fotossíntese. Sem a fotossíntese, as plantas não conseguem sobreviver. A sucção pode eliminar uma planta em pouco tempo, dependendo do tamanho da colônia.

Eliminação de secreção

A secreção que os pulgões eliminam é chamada de “honeydew”, uma substância adocicada muito apreciada pelas formigas. O “honeydew” é responsável por uma relação ecológica entre as formigas e os pulgões. Em troca da secreção eliminada pelos pulgões, as formigas protegem-nos de seus predadores, como as joaninhas, por exemplo.

As formigas mantêm os pulgões em grupo, concentrando a colônia em apenas um lugar. Quando um pulgão tenta se isolar da colônia, a formiga o traz de volta usando suas pinças bucais.

Eliminação de saliva

A secreção expelida pelos pulgões, chamada de “honeydew”, é feita em forma de saliva. Essa secreção, depositada nas folhas das plantas, pode prejudicar o desenvolvimento das mesmas, devido à formação da “fumagina”. Esta é uma camada de “honeydew” que dificulta a respiração das plantas através das folhas, além de prejudicar o processo de fotossíntese.

A saliva dos pulgões pode transmitir para as plantas doenças causadas por bactérias e fungos. Como o “honeydew” pode atrair as formigas, em alguns casos, essas formigas podem ser cortadeiras, prejudicando ainda mais a saúde das plantas.

Como acabar com os pulgões

pulgões sendo atacados por joaninha

Aprenda, a seguir, como acabar com os pulgões em suas plantas de várias formas diferentes. Descubra quais são os processos naturais e quais são os que usam elementos nocivos à saúde, além de aprender um pouco mais sobre cada processo. Leia:

Controle de cultura

Algumas ervas daninhas são muito usadas como habitat dos pulgões. Ervas daninhas, como pega-pinto, bredo e malva-branca atraem os pulgões, aumentando os riscos de infestações dessas pragas nas plantações. O método de combate aos pulgões através do controle de cultura consiste em arrancar essas ervas daninhas e separá-las das plantas cultivadas.

Dependendo do tipo da planta cultivada, a destruição das ervas daninhas é o suficiente para acabar ou evitar a infestação.

Controle biológico

Essa é a maneira mais natural de combate a uma praga como os pulgões. Esse processo consiste em soltar os predadores naturais dos pulgões. Os maiores predadores dos pulgões são as joaninhas e os crisopídeos. Essas duas espécies têm um apetite enorme por pulgões.

Quando os predadores estão em desenvolvimento, antes de chegar à sua forma adulta, é o momento de maior apetite. Esses predadores não prejudicam as plantas, mas é bom ter o controle do processo para que essas criaturinhas não venham a se proliferar demais.

Controle físico

O controle físico também utiliza métodos naturais, mas isso necessita de muito controle. Os exemplos mais claros de controle físico de pragas são a drenagem, inundação, a queimada e a mudança de temperatura. Tais processos podem não preservar as plantas, sendo elas destruídas com as pragas. Outro processo físico de controle de pragas é o uso de radiação eletromagnética, mas ele não é um processo natural, como os anteriores.

Controle químico

O processo químico é o mais usado, principalmente quando o uso é em larga escala. Esse processo de controle de pragas consiste no uso de produtos químicos, como inseticidas diluídos em água e aplicados via pulverização. A pulverização é feita através do ar, atingindo a parte externa das plantas, principalmente as folhas.

Outra maneira de controle químico é o uso de inseticida sistêmico, que é aplicado sobre as sementes em forma de tratamento, antes do plantio.

Controle mecânico

Esse é o tipo de controle mais barato dentre os controles que vimos até aqui. O controle mecânico nada mais é do que a famosa capina. Para capinar uma plantação, são necessárias enxadas de tamanhos diferentes para que o capinador possa alcanças todas as áreas necessárias para a retirada de pontos infestados.

É um controle que, às vezes, é confundido com o controle de cultura, mas, no mecânico, os alvos não são apenas as ervas daninhas, mas as raízes e as plantas infestadas.

Pulgões: pragas das plantas

Pulgões infestando folha

Você pôde conferir varias informações sobre o pulgão. É uma espécie de praga que pode ocorrer em qualquer tipo de área onde haja vegetação. Hortaliças, frutas e leguminosas caseiras são os alvos prediletos, como alface, abóbora, agrião, batata, berinjela, couve-flor, couve, melancia, melão, pêssego, pimentão e tomate.

Você viu, também, que os pulgões podem ter uma relação ecológica saudável entre outros insetos, como as formigas-pastoras. Além disso, você descobriu os vários tipos de pulgões existentes na natureza e viu em quais plantas eles são mais encontrados. Vimos, também, os diversos tipos de controle de praga, como o controle físico, químico, de cultura o biológico e o mecânico.

Alguns deles são 100% naturais, usando elementos, como água e fogo, além do uso dos predadores naturais dos pulgões. Agora que você sabe mais sobre os pulgões, é hora de cuidar do seu jardim, deixando as pragas fora das suas plantas!

Autor deste artigo

Sou um amante dos animais. Minha irmã e eu temos 4 cães e 11 gatos. Os gatos são meus preferidos, são minha fonte de tranquilidade e inspiração.

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