O que é fauna e flora? Conheça a diferença, exemplos e informações!

Nosso ecossistema é uma rede complexa e interconectada que compreende elementos bióticos e abióticos. Além disso, os elementos bióticos referem-se a todos os organismos vivos como plantas, animais e microrganismos.

Por outro lado, o elemento abiótico são entidades não vivas que são essenciais para a sobrevivência da vida. Assim, eles incluem solo, água, clima e outros. A flora e a fauna são elementos bióticos bastante fascinantes para a manutenção dos nossos ecossistemas.

De forma resumida, a flora é a vida vegetal de uma área ou de um determinado período, enquanto a fauna são os animais compreendidos nesse local. Adiante, vamos explicar com mais detalhes a diferença entre flora e fauna para um melhor entendimento, abrangendo toda a biodiversidade no Brasil e fora dele.

A fauna é algo vital para os ecossistemas. Vamos entender mais adiante sobre os seus princípios, seu significado, importância e suas características em comunidade. Além disso, vamos entender quais os principais impactos do meio ambiente sobre ela.

A fauna nada mais é do que o grupo de animais que vivem em uma determinada área geográfica, habitat, ou em um determinado período de tempo. Em outras palavras, significa os animais que estão presentes em uma área. Nela, incluem-se mamíferos, aves, insetos e outros.

Além disso, nem sempre eles são responsáveis por sua própria comida e dependem de plantas e animais para sua alimentação. Por isso a fauna é totalmente interligada com a biodiversidade daquela região, pois juntos abrangem comunidades e ecossistemas.

Como a fauna ou os animais dependem da flora para se alimentar, eles também são chamados de heterótrofos. Ao contrário das plantas, a fauna pode se mover em busca de alimento. A fauna é dividida em algumas categorias com base nos animais que vivem em certas áreas.

Essas subdivisões são as seguintes: megafauna, microfauna, mesofauna, avifauna, piscifauna e criofauna. A megafauna consiste nos maiores animais; a microfauna inclui os menores animais e microrganismos.

A mesofauna inclui invertebrados e organismos do solo, enquanto a avifauna inclui todas as espécies de pássaros. Piscifauna consiste em peixes e a criofauna inclui animais que vivem perto do gelo.

Alguns tipos de espécies de avifauna abrangem araras, sabiás, periquitos e tucanos. A megafauna abrange felinos, elefantes e animais de grande porte. Além disso, aranhas, insetos, minhocas, formigas e pequenos organismos que vivem na terra também estão incluídos na mesofauna.

Sobre a fauna aquática, temos tubarão tigre, tubarão branco, arraias e baleias são alguns dos exemplos da fauna marinha carnívora. Considerando também alguns caranguejos eremitas, tartarugas, e peixes se relacionam com a fauna herbívora.

Visto que os animais dependem totalmente da natureza para sobreviver, quaisquer prejuízos na terra natural que habitam, podem gerar desvantagem sobre eles. Sendo assim, para animais herbívoros, poluição no solo pode prejudicar a sua saúde e alimentação. Além disso, a interferência humana desequilibra o ecossistema.

A fauna precisa de áreas verdes para viver, dessa forma, o desmatamento pode afetar as aves e felinos. Poluição em rios também está entre os principais impactos para espécies marinhas, bem como a caça ilegal de animais em extinção, que afeta diversas comunidades do local.

O meio ambiente não sobrevive sem a flora. A manutenção dessas vegetações é essencial para a vida biótica e para que os seres vivos vivam em harmonia. Vamos entender com mais detalhes sobre a flora, características e os impactos em sua ecologia.

A flora implica em toda a vegetação de plantas nativas dentro de um ecossistema. Além disso, são plantas que crescem em uma área geográfica ou em um período específico. Com isso, é um termo botânico que representa uma variedade de vida vegetal constante que está presente em um determinado local ou época do ano.

Dessa forma, ela está totalmente relacionada com a biodiversidade abrangente naquele local. Pode-se classificá-la com base no clima, região, período e muito mais. Mas, principalmente, o Brasil classifica com base no ambiente onde ocorrem naturalmente. Assim, temos a flora nativa, a flora agrícola, a flora hortícola entre diversos outros tipos.

A flora refere-se às características de todo tipo de planta, aparecendo em uma área específica com uma visão muito detalhada. Ela pode consistir em descrição especializada das plantas, localizações geográficas, épocas de floração, climas favoráveis entre outros.
Assim sendo, podem se acontecer em florestas úmidas, secas, gramíneas, flores e plantas diversas.

Existem diversos tipos de floras. As mais conhecidas são os eucaliptos, seringueiras, araucárias, sicanas, japecangas, acácias, entre diversos outros tipos predominantes das florestas de cerrado, caatinga e mata atlântica e outros biomas. Atualmente estão registradas mais de 41.000 espécies de plantas.

A flora também inclui informações sobre o tempo de reprodução da planta, família e números de DNA. A descrição escrita começou pelos botânicos e hoje abrange diversos especialistas ambientais e biólogos.

Os impactos negativos sobre a flora são diversos. Quaisquer perturbações em seu ambiente natural afetam em demasia as florestas, rios e solos. Assim, poluições atmosféricas podem comprometer as trocas de gases e fotossíntese entre as plantas e o ambiente.

Além disso, disposição inadequada de resíduos pode contaminar o solo, prejudicando o seu desenvolvimento e afetando o crescimento de diversas florestas. Além disso, queimadas, poluição de rios, urbanização e desmatamento apresentam muitos impactos na nossa flora, alterando o clima em longo prazo e a construção de novos biomas.

A junção da fauna e da flora gera um terceiro termo: os biomas. Vamos entender a seguir como os biomas se relacionam entre si, sua importância e quais são os principais no Brasil e no mundo. Venha conhecer!

Os biomas são grandes comunidades de vegetação e vida selvagem adaptada a um clima específico. Também são chamados de “zona principal da vida”. Essa unidade geográfica abrange inúmeros e incontáveis seres humanos, que vão desde fungos e bactérias até grandes animais.

Além disso, eles estão conectados pela comunidade vegetativa, onde se relacionam e sobrevivem no meio natural com suas formas de vida e condições ambientais. Geralmente, os biomas recebem os nomes da vegetação dominante, e os principais são pastagens, florestas, desertos e tundra.

A área da bacia amazônica é a maior floresta do mundo e o bioma de maior biodiversidade do Brasil. Ocupa quase 50% do território nacional e está seriamente ameaçado pelo desmatamento causado pela exploração madeireira e pela cultura da soja. Atualmente estima-se que 16% da floresta amazônica está sob pressão antrópica.

É o bioma brasileiro que apresenta maior quantidade espécies exóticas, entretanto, também em extinção. Sua importância para a estabilidade ambiental do planeta se deve ao fato de que na floresta estão fixados trilhões de toneladas de carbono, auxiliando em sua gigante biodiversidade.

O Cerrado abrange cerca de 22% do Brasil. É considerada a savana mais rica do mundo em número de espécies. Possui alto índice de espécies endêmicas e é considerado um dos hotspots globais em termos de biodiversidade. Além disso, o Cerrado está localizado em áreas de estações chuvosas e secas.

É composta por pequenas árvores com raízes profundas e uma vegetação rasteira composta por gramíneas. Os seus solos são arenosos e pobres em nutrientes, com cores avermelhadas e alto teor de ferro. A origem de sua biodegradação é o desenvolvimento da agroindústria e, além disso, metade do bioma foi destruído nos últimos 50 anos.

Quando falamos em caatinga, logo pensamos em seca. O clima da caatinga é semi-árido e os solos são pedregosos. A vegetação assemelha-se a estepe e savana e é caracterizada por uma grande adaptação à aridez, frequentemente espinhosa. As caatingas perdem as folhas na época da seca, deixando uma paisagem repleta de troncos esbranquiçados.

O estado de conservação da caatinga também é crítico. Cerca de 80% da caatinga já está antropizada. O principal motivo dessa degradação é a indústria alimentícia e a mineração. Além disso, é o único bioma exclusivamente brasileiro e ocupa 11% do território nacional, mas ele acaba sendo um dos mais desvalorizados e pouco conhecido devido à sua aridez.

A Mata Atlântica é uma floresta tropical que cobre a região costeira do Brasil e, portanto, é caracterizada por ventos úmidos e relevos íngremes. É composta por uma variedade de ecossistemas devido a uma variedade de altitudes, latitudes e por climas que vão desde florestas estacionais até campos abertos de montanha e florestas de Araucárias no sul.

Dessa forma, a Mata Atlântica possui a maior diversidade de angiospermas, pteridófitas e fungos do país, com um nível de espécies exclusivas da mata. Infelizmente, ela está em um pior nível de conservação. Hoje permanece em torno de 12 % de sua região original devido à pressão antropogênica.

Depois da Amazônia, o Pantanal é o segundo bioma mais preservado do Brasil, pois 80% de sua extensão mantém sua vegetação nativa. Seu bioma abrange estepes de florestas inundadas sendo, portanto, uma planície úmida que inunda durante a estação das chuvas, de novembro a abril.

Quando ocorrem inundações, emerge muita matéria orgânica, pois a água carrega todos os vestígios de vegetação e animais em decomposição favorecendo a fertilização do solo.
No entanto, a atividade humana também teve um grande impacto no Pantanal, como a pesca, pecuária e implantação de hidrelétricas.

O Pampa é um bioma que ocupa um único estado no Brasil, o Rio Grande do Sul cobrindo apenas 2% do país. Inclui uma grande diversidade de paisagens, desde planícies, montanhas e afloramentos rochosos, mas as mais típicas são os campos com morros e árvores isoladas nas proximidades de cursos de água.

Existem quase 2.000 espécies de plantas catalogadas no Pampa, além de quase 300 espécies de pássaros e 100 de mamíferos.

A região dos pampas possui um patrimônio cultural muito típico e as atividades econômicas mais desenvolvidas são a agricultura e a pecuária, deslocando grande parte da vegetação nativa. De acordo com as estimativas apenas 35% da vegetação nativa permaneceu e apenas 3% dos Pampas estão protegidos por alguma forma de unidade de conservação.

Agora que você conheceu sobre os biomas brasileiros, vamos expandir para regiões globais e procurar entender como a fauna e flora se comportam nesses ecossistemas.

A Tundra é o mais frio de todos os biomas. É conhecido por suas paisagens congeladas, temperaturas extremamente baixas, pouca precipitação, nutrientes pobres e curtas estações de cultivo.

O material orgânico morto funciona como um reservatório de nutrientes, como nitrogênio e fósforo. Abrange diversas espécies de fauna marítima, mamíferos e peixes. Esses animais estão adaptados para lidar com invernos longos e frios e para se reproduzir e criar os filhotes rapidamente no verão.

O bioma de Taiga abrange vegetação composta principalmente por folhas coníferas, com folhas agudas ou escamas árvores perenes, encontradas nas regiões florestais polares do Norte. São caracterizadas por invernos longos e precipitação anual moderada a alta.

A Taiga se apresenta em regiões de florestas do norte de Rússia, especialmente Sibéria, além de Canadá, Alasca entre outros. A sua vegetação abrange solos ácidos e lixiviados pelas altas precipitações.

As Florestas Temperadas são encontradas entre as regiões tropical e boreal, localizada na zona temperada, como sul da Austrália, Chile, Ásia e Europa. É o segundo maior bioma do planeta, cobrindo 25% da área florestal mundial.

Essas florestas cobrem os dois hemisférios em latitudes que variam de 25 a 50 °C. Além disso, abrangem florestas decíduas, coníferas, úmidas e mistas e sua característica marcante é a perda de folhas em épocas de outono e inverno.

As Florestas Tropicais são encontradas em terras altas e baixas tropicais úmidas ao redor do Equador. Abrangem em todo o mundo um dos maiores biomas da Terra que são dominadas por folhas largas, árvores que formam densas copas.

Além disso, contêm diversas gamas de vegetação e outras formas de vida. A maioria dos solos tropicais são caracterizados por lixiviação significativa e nutrientes pobres, no entanto, existem algumas áreas que contêm solos férteis.

A Savana é como uma pastagem ondulada com arbustos e árvores isoladas, que pode ser encontrada entre uma floresta tropical e um bioma desértico. Também são conhecidas como pastagens tropicais. Eles são encontrados em uma ampla faixa em cada lado do equador nas bordas das florestas tropicais.

As savanas têm temperatura amena o ano todo, porém apresentam duas estações muito diferentes uma da outra; uma bem seca e muito longa (inverno) e uma estação muito úmida (verão). Assim, as savanas que estamos mais familiarizados são as savanas da África Oriental cobertas por acácias.

As Pradarias são dominadas por plantas herbáceas e gramíneas. Muito poucas árvores crescem nas pradarias e geralmente estão amplamente espalhadas. Seu clima é influenciado pela sua localização e pelo efeito protetor das Montanhas Rochosas.

Com isso, as Pradarias foram mantidas em seu estado natural pelo clima, pastagem e incêndios. A precipitação varia de ano para ano e geralmente, há um longo período de seca durante os meses de verão. Grande parte da terra foi transformada em usos agrícolas, áreas urbanas estão se mudando e incêndios estão sendo suprimidos.

Os desertos cobrem cerca de um quinto da superfície da Terra e ocorrem onde a precipitação é baixa. Os desertos mais conhecidos são o Saara do Norte da África e os desertos do sudoeste dos EUA, México e Austrália.

A maioria dos desertos tem uma quantidade considerável de vegetação especializada, nutrientes abundantes porque precisam apenas de água para se tornarem muito produtivos e têm pouca ou nenhuma matéria orgânica.

Existem relativamente poucos mamíferos grandes nos desertos porque a maioria não é capaz de armazenar água suficiente e suportar o calor. Sendo assim, os animais dominantes em desertos são vertebrados não mamíferos, como répteis.

Com certeza agora você consegue diferenciar a fauna e a flora, além de entender sobre as suas importâncias para toda a comunidade. Eles são totalmente interdependentes, visto que a fauna habita a flora, então todos os impactos (positivos ou negativos) podem afetar ambas as comunidades.

Vale ressaltar que com o aumento do desmatamento e urbanização, tanto a flora quanto a fauna estão em extinção. No entanto, é essencial conservá-los para criar um equilíbrio adequado no meio ambiente.

Essa preservação é, portanto, necessária para a sobrevivência futura. Os diversos biomas mundiais abrangem espécies exóticas e importantes para a manutenção, não somente da fauna e da flora, mas também humana, visto que utilizamos os seus recursos e temos contato com diversos animais.