Gato soltando muito pelo? Veja causas, dicas, cuidados e mais!

Quem tem gato em casa está acostumado a encontrar pelos no chão, nos móveis e até mesmo nas roupas depois de um pouco de carinho. Assim como acontece com os humanos, os pelos dos animais possuem um ciclo de vida de cerca de 21 dias. Eles nascem, crescem, morrem e caem. Sendo assim, a queda periódica é normal e não deve despertar preocupação.

Porém, se a quantia for maior do que de costume, é preciso atenção, já que a queda de pelos pode ser sinal de problemas de saúde ou até mesmo emocionais. Neste artigo, você verá os motivos pelos quais os pelos dos gatos podem cair e como evitar este problema.

São muitos os motivos pelos quais os felinos podem soltar mais pelos do que de costume. Cabe a você, tutor, avaliar as causas de forma a encontrar a melhor solução para o seu bichinho. Confira a seguir as causas mais comuns para a queda de pelos.

A nutrição é um fator-chave para a saúde do gato. Para que o gato tenha um pelo e pele saudável, é preciso que ele consuma uma quantidade significativa de proteínas. Quando o animal consome proteína de baixa qualidade ou de digestão difícil, o seu pelo pode ficar mais fino e quebradiço, propenso à queda.

Outros nutrientes cuja falta pode provocar a queda dos pelos são as vitaminas A e E. Isso acontece porque elas são responsáveis por regular o crescimento celular. Quando o felino não consome estas vitaminas, o animal pode vir a ter problemas na maneira como o organismo produz a queratina, principal componente do pelo.

Alguns gatos são conhecidos por sua pelagem suntuosa, tais como o Maine Coon, o Angorá e o Persa. Seus pelos longos e densos requerem cuidados específicos, de forma que eles permaneçam brilhantes e livres de sujeira, pó e resíduos de alimento.

Raças com pelos longos tendem a ter ciclos foliculares, a vida útil do pelo, mais rápidos. Quanto mais rápido este ciclo ocorre, mais rápido os pelos irão cair. Se o seu bichano possuir pêlos longos, a tendência é que eles caiam com mais frequência.

Os felinos tendem a perder pelos em maior quantidade em dois momentos importantes na sua vida: quando o animal está transicionando para a fase adulta e para a velhice.

Neste primeiro momento, o animal, quando atinge os quatro meses de idade, passa a desenvolver características típicas de um animal adulto. Entre as mudanças, o animal começa a perder seus pelos de filhote para dar lugar à pelagem adulta.

O segundo momento acontece quando o animal atinge os sete ou oito anos de idade. A partir da maturidade, o felino pode perder seus pelos com maior frequência. Porém, ambas as situações são comuns e não devem despertar preocupação.

Os gatos, em termos biológicos, mantêm alguns costumes. Um deles é a troca de pelos de acordo com as estações do ano. Muitos felinos para se preparar para os períodos mais frios e mais quentes, realizam a troca dos pelos durante o outono e a primavera.

No entanto, este fenômeno é raro no Brasil, devido ao fato do clima no país ser regular, com pouca variação de temperatura ao decorrer das estações, predominando o calor na maioria das regiões. Porém, alguns animais podem continuar a seguir este ciclo.

Durante a gravidez e a lactação, o organismo dos felinos é bombardeado por hormônios. Isto reflete diretamente no seu organismo, manifestando-se em forma de mudanças de comportamento ou até queda de pelos. Portanto, se a sua gata está nesta fase, é muito provável que, por conta destas mudanças no seu metabolismo, tenha uma queda de pelos mais acentuada.

Os hormônios também podem causar problemas no caso de desordens endócrinas. Quando há um desbalanceamento hormonal no gato, o animal pode vir a perder os pelos, devido à morte dos folículos. Em algumas situações, em que há desequilíbrio acentuado, o pelo pode nunca mais voltar a crescer. Em ambos os casos, é válido pedir orientação ao seu veterinário de confiança.

Quando o felino se encontra em uma situação de estresse, ele passa a realizar a rotina de higienização, como uma forma de relaxar. Porém, com o passar do tempo, este hábito pode se tornar compulsivo e, consequentemente, um problema.

Entre as consequências desta higienização excessiva está a alopecia psicogênica. Ela consiste na queda dos pelos nos locais em que o animal lambe mais, deixando falhas na pelagem.

Se for o seu caso, a dica é transformar o ambiente em um local estimulante para o animal, em que ele possa brincar, explorar e acima de tudo, relaxar. Ao frear o impulso do felino em se lamber, a tendência é que os pelos na falha deixada pelas lambidas voltem a crescer.

A queda também pode ser provocada por doenças dermatológicas, alergias alimentares ou parasitas externos. Neste caso, a solução está na investigação e medicação junto ao veterinário.

As doenças dermatológicas são causadas por contato direto ou inalação de um alergênico. Já a alergia alimentar ocorre quando o animal ingere algum alimento alergênico e tem uma reação. Em ambos os casos, o ideal é buscar um veterinário para orientar em relação ao tratamento.

Já os parasitas externos, como pulgas e carrapatos, são uma das causas mais comuns de queda de pelo em gatos. Isso acontece devido a reação do animal ao parasita, que se coça excessivamente em um ponto específico. Neste caso, o tratamento é feito com produtos voltados para a eliminação destes parasitas.

Não existe fórmula mágica para reduzir a queda da pelagem do animal. No entanto, é possível que o tutor tome algumas medidas, tais como mudanças alimentares e enriquecimento de ambiente, e impeça que os pelos sigam caindo. Confira abaixo como reduzir a queda dos pelos.

Uma das primeiras ações que passam pela cabeça do tutor quando percebe a queda acentuada de pelos é a mudança na alimentação. E a medida pode surtir efeito. A alimentação é essencial para a saúde do seu bichinho, em todos os sentidos. A falta de um ou outro nutriente pode acarretar em problemas no seu gato.

Quando a queda de pelos está relacionada à alimentação, significa que está faltando as vitaminas A e E, responsáveis pela renovação celular. No caso, o seu veterinário pode receitar suplementos ou até uma ração especial. Porém, quaisquer mudanças na dieta do animal devem ser feitas com cautela, já que gatos tendem a ter resistência a mudanças na sua dieta.

O ato de escovar os pelos do seu bichano não é um luxo, mas sim uma necessidade diária. A escovação retira todos os pelos mortos, evitando que os mesmos fiquem espalhados pela casa ou se transformem em bolas de pelo, que obstruem o sistema digestivo e causam vômitos.

Ao realizar a escovação diária, nem que seja por cinco minutos, você estará fazendo uma grande diferença na pelagem do animal, deixando-a mais brilhante e viçosa. Além disso, ao habituar o animal desde filhote a escovação, você estará tornando este ato um momento especial de criação de laços entre você e seu bichano.

Se a causa da queda dos pelos for psicológica, você deve pensar em maneiras de enriquecer o ambiente de convivência do animal. É recomendada a colocação de rampas e postes de escalada. Assim, o felino pode subir e acompanhar a movimentação da casa de cima.

Outra maneira de fazer seu gato relaxar é pensando em atividades interativas como brinquedos que oferecem recompensas ou que permitam que você participe da diversão.

Antes de tomar qualquer atitude em relação à queda de pelos do seu gato, o primeiro passo a ser dado deve ser o aconselhamento junto a um profissional da veterinária. Qualquer tratamento a ser aplicado dependerá do motivo pelo qual o animal está soltando mais pelos do que o normal.

Ao avaliar o animal através de exames, o veterinário poderá definir como atuar contra a enfermidade e, assim, frear a queda dos pelos do felino.

Prestar atenção na queda de pelo do seu gato vai além de uma preocupação estética. A pelagem de um felino reflete o estado de saúde do seu organismo, se está faltando vitaminas ou minerais, se ele se sente estressado ou ansioso. Ao cuidar desse detalhe, você evita que ele sofra desnecessariamente com um problema de fácil resolução.

Portanto, agora você já sabe que, se o seu gato estiver soltando muito pelo sem qualquer motivo aparente, a situação deve ser investigada junto ao veterinário responsável pelo seu bichinho. Ele saberá como lhe orientar sobre as possibilidades de tratamento que podem ser oferecidos ao animal.