Conheça o macaco-aranha: espécies, características e mais!

Os macacos-aranha são animais muito conhecidos e difundidos pelo Brasil afora. Você, com certeza, já conheceu uma espécime em zoológicos ou em bosques locais espalhados pelo país! Os animais assim denominados representam todos os primatas do gênero Ateles. São várias espécies em que a cauda preênsil mostra-se presente possibilitando, assim, que tais macacos prendam-se a galhos.

Eles costumam viver em florestas densas e, por isso, são bastante ameaçados pela exploração e pelo desmatamento desgovernados. Por isso, é preciso compreender a fundo o nicho ecológico desses macacos para ajudar a preservá-los. Neste artigo você conhecerá as principais características físicas e comportamentais, além das espécies mais conhecidas de macacos-aranha. Vamos lá?

O macaco-aranha ou coatá é um animal muito ativo, brincalhão e importante para a fauna e a flora mundiais. Ele costuma viver em grandes grupos de até 30 indivíduos e pode, inclusive, formar coalizões entre machos e emitir sons com fins comunicativos no bando. Conheça mais a respeito desses incríveis animais a seguir!

As principais características físicas do macaco-aranha revelam um dos maiores primatas que ainda habitam a Terra. Eles costumam ter de 38 a 66 cm de comprimento, além de uma cauda que pode chegar a até 88 cm! Já o peso do animal costuma variar entre 6 e 11 kg.

Apesar de haver mais de 6 espécies e subespécies conhecidas de macacos-aranha, todas elas possuem círculos brancos ao redor dos olhos, membros do corpo esguios e compridos e polegares rudimentares bastante reduzidos, praticamente inexistentes.

O macaco-aranha costuma ser amplamente encontrado em florestas densas e ombrófilas, ou seja, pluviais, com grande regime de chuvas. As espécies do macaco apreciam habitar tais áreas florestais no México, Costa Rica, Bolívia e Brasil, sendo que os primatas brasileiros estendem-se até a região central do país.

É importante pontuar que eles vivem, comem, interagem e se reproduzem nos altos da floresta, nunca descendo até o chão. Por isso é fundamental que haja grande variedade de árvores altas, pois assim a vivência dos macacos é mais harmoniosa.

O animal costuma comer conforme a disponibilidade de alimentos da região. No entanto, como são frugívoros, ou seja, comedores de frutas, gostam bastante das que são doces, nutritivas e maduras. Quando há escassez de frutos na região, o macaco-prego pode ingerir brotos de folhas, lagartas, terra com cupins e até cascas de árvores em decomposição para incorporar a dieta.

A cauda do macaco-aranha é uma de suas características corporais mais marcantes e importantes. Ela, com habilidades preênseis, dá ao animal a capacidade de se pendurar em galhos ou em copas de árvores por inteiro. Outros animais que também possuem órgãos preênseis são gambás e guaxinins,

A cauda e os membros inferiores do macaco, inclusive, deram seu nome popular, já que “aranha” é uma referência à cauda e às patas finas e compridas, semelhantes ao artrópode.

Há sete espécies e sete subespécies conhecidas de macacos-aranha. Conforme mencionado, todas elas pertencem ao gênero dos primatas Ateles e possuem características físicas bastante semelhantes. Ainda assim, há especificidades. Conheça cinco delas a seguir:

O macaco-aranha-de-cara-vermelha (Ateles paniscus) é a espécie mais conhecida do gênero de macacos-aranha. Sua distribuição é reduzida ao norte brasileiro, do Rio Amazonas ao leste do Rio Negro, e aos países Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Seus atributos físicos chamam a atenção devido ao chamativo e diferente rosto vermelho, o qual deu o característico nome popular ao animal.

O macaco-aranha-de-cara-branca (Ateles marginatus) ou macaco-aranha-de-testa-branca é uma espécie endêmica do Brasil encontrada nos rios Tapajós, Teles Pires, Xingu e Tocantins. É um animal poligâmico que habita no chamado “arco do desmatamento” amazônico e, por isso, é ameaçado devido ao desmatamento, à agricultura e à caça.

Já o macaco-aranha-de-cara-preta (Ateles fusciceps), popularmente conhecido por macaco-aranha-castanho, também é ameaçado pelo “arco do desmatamento”. Ademais, não é uma espécie endêmica do Brasil, sendo encontrado também no Peru e na Bolívia. Anos atrás o animal era encontrado em mais estados nacionais, no entanto, com a crescente construção de hidrelétricas e de outras infraestruturas, o habitat desses macacos-aranha ficou reduzido a somente alguns estados do Norte.

Há, também, o macaco-aranha-de-cara-marrom (Ateles hybridus), considerado um dos primatas mais raros do mundo. O animal sofre grande ameaça de extinção e representa uma das 25 espécies de primatas em risco de desaparecer. Ele é majoritariamente encontrado na Colômbia e na Venezuela, de modo que o desmatamento e a caça já reduziram em mais de 80% sua permanência no planeta.

Enfim, o macaco-aranha-de-Geoffroy (Ateles geoffroyi) também é proveniente da América Central, sendo latente no México e em porções da Colômbia. O Geoffroy é considerado um dos maiores macacos do Novo Mundo, chegando a pesar até 9 kg com seu corpo que contém braços nitidamente mais longos do que as pernas. Atualmente, são conhecidas cinco subespécies do animal.

Ainda que informações acerca dos belos macacos-aranha sejam pouco difundidas, é importante conhecer melhor a fauna e a flora da América Latina para que as espécies nela encontradas sejam protegidas! Por isso, neste artigo você conheceu as principais características desses animais, o habitat deles, hábitos alimentares e, inclusive, três dentre as principais espécies de macacos-aranha.

Ademais, para que o macaco-aranha esteja livre de ameaças e de riscos de extinção, seja sempre consciente acerca da importância da ecologia, da sustentabilidade do planeta e das florestas brasileiras!