Tipos de aves: conheça 42 espécies e suas características!

As aves são os mais belos animais do planeta e conquista a todos por seu canto, pela beleza ou ainda pelas duas coisas. O Brasil é um país com grande diversidade de aves, são mais de 1900 espécies somente no país, sendo que no mundo inteiro existem cerca de 10 mil espécies.

Neste artigo você encontrará diversas informações sobre as aves mais populares do Brasil e conhecerá outras espécies menos divulgadas. Saiba ainda quais delas podem ser criadas em casa, se é preciso autorização do IBAMA ou não, além de informações sobre as aves silvestres e espécies em extinção.

As aves brasileiras encantam por vários motivos, seja pela beleza, pelo canto, pela força, ou até mesmo por tudo isso junto. Conheça a seguir as principais características de algumas das aves mais populares no Brasil.

O Beija-flor (Trochilidae) é a menor ave do mundo, mas sua importância na natureza é grandiosa. Graças ao seu bico fino e comprido, que o ajuda a alcançar o interior das flores, ele leva o pólen de uma flor a outra e, assim, ajuda na polinização.

Nas Américas, de onde o Beija-flor é nativo, existem mais de 300 espécies de Beija-flores, sendo que no Brasil são encontradas mais da metade dessas espécies.

A águia é uma ave de rapina da família Accipitridae, ou seja, ela caça e se alimenta de outros animais, inclusive filhotes de bichos grandes. Sinônimo de força, essa ave possui visão aguçada, fortes garras e um bico curvo que ajuda na caça.

No Brasil, é encontrada a harpia (Harpia harpyja), a maior águia das Américas, chamada também de gavião-real. Ela vive na Amazônia e na Mata Atlântica, no entanto, a espécie está ameaçada de extinção.

Da família dos falcões, o Carcará (Caracara plancus plancus) é uma ave de rapina bastante comum em todo o Brasil, encontrada em diversos habitats, inclusive no meio urbano. Ela se alimenta de insetos, pequenos mamíferos, inclusive filhotes e ainda animais moribundos ou carniça.

Em voo, o carcará é semelhante ao urubu, porém, é diferenciada por manchas claras nas pontas das asas e pela cor da cabeça. As aves adultas possuem plumagem marrom ou preta, cabeça branca com penacho preto, pescoço branco e tarsos amarelos.

Os Bem-te-vis (Pitangus sulphuratus) são aves comuns no Brasil, sendo que vivem 11 tipos dela no país. Quando canta, essa ave parece falar “bem-te-vi”, daí veio o seu nome. Além disso, ele possui outras características que facilitam sua identificação, como dorso e asas castanhas, barriga amarela, pescoço branco e cabeça listrada de preto e branco.

As várias espécies de Bem-te-vis brasileiros, apesar de parecidas, possuem cada uma suas particularidades e diferenciam-se em tamanho, cores, canto, e até mesmo pelo bico.

O João-de-barro (Furnarius rufus) tem esse nome por causa do seu ninho, construído em formato de forno de barro. No Brasil, a espécie é encontrada desde Minas Gerais e Mato Grosso até a Argentina. Essa ave habita campos e pomares, sendo encontrado também na zona urbana.

Um pouco menor que o sabiá, o João-de-barro alimenta-se de insetos, larvas, moluscos e sementes. Sua plumagem é cor de terra, sendo sua cauda avermelhada e a região do pescoço à barriga de cor branca.

O Coleiro ou Coleirinho (Sporophila caerulescens) é também conhecido como Papa-capim e recebe outros nomes de acordo com o local em que vive. No Brasil, ele é encontrado praticamente em todas as regiões, porém, o tráfico e a captura indiscriminada são as principais ameaças à espécie.

O Coleiro macho possui dorso preto, peitoral branco, um “colar” negro na parte de baixo do pescoço e ainda um “bigode” branco. Já a fêmea é toda parda, com plumagem mais escura nas costas e não canta.

O Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) é símbolo do Brasil desde 2002. O canto é o diferencial desta ave, pois a melodia suave é semelhante a de uma flauta e pode ser ouvida a uma distância de até 1 km. Sua plumagem é cinza, sendo a barriga em tom vermelho-ferrugem, e seu bico amarelo.

Essa ave é encontrada em todo o território brasileiro, inclusive no meio urbano, com exceção da floresta amazônica.

A Rolinha-roxa (Columbina talpacoti), ou Rolinha-caldo-de-feijão, é uma ave muito comum no Brasil. Ele ocorre em todo o território nacional, sendo rara sua presença na floresta amazônica. Como vive em áreas abertas, o desmatamento facilitou a expansão dessa ave, encontrada facilmente no meio urbano.

O macho da espécie possui o corpo coberto por penas marrons-avermelhadas e cabeça cinza-azulada. Já a fêmea é toda parda. Ambos os sexos apresentam pontos negros nas penas das asas.

O Periquito-rico (Brotogeris tirica), ou Periquito-verde, é uma ave típica da Mata Atlântica. Essa espécie costuma frequentar jardins e pomares onde possa encontrar alimentos como frutas, flores, sementes, insetos e larvas.

Sua plumagem é verde, sendo que as penas das partes de baixo da cabeça, peito e abdômen são verdes-amareladas. O Periquito-rico ainda possui nuca azulada e base das asas amarronzadas. As diferenças entre machos e fêmeas são poucas, sendo percebidas mais facilmente em um casal adulto.

Pelo nome é possível deduzir a cor da plumagem do Azulão (Cyanocompsa brissonii), mas, apenas os machos são azuis. As fêmeas e os filhotes são marrom-pardo. Além da beleza da cor, essa ave, nativa do Brasil, também possui um dos cantos mais agradáveis.

A ave é encontrada em território nacional e em países vizinhos, sendo que algumas características dessa ave podem variar de acordo com a região em que ela está. Os Azulões vivem em áreas com água, matas e plantações.

O termo Cardeal (Paroaria) abrange um grupo de aves que são encontrados em diversas regiões com nomes específicos, como Cardeal-do-nordeste, Cardeal-do-sul, Cadeal-da-amazônia, Cardeal-de-goiás e Cardeal-do-pantanal. No Nordeste é também conhecido como Galo-de-campina.

A principal característica do Cardeal é seu topete vermelho exuberante que segue da cabeça ao peito, lembrando a roupa usada pelos cardeais católicos. A parte de baixo dessa ave é branca-acinzentada, sendo de dorso negro e olhos marrons escuros. Além disso, o canto deste pássaro é um dos mais belos.

O Sanhaço (Thraupidae) é um belo pássaro, na cor cinza ou azul, que chama a atenção pelo seu canto. Ele habita principalmente o litoral leste da América do Sul e pode se adaptar bem a mudanças de temperatura. Consegue viver em habitats de climas úmidos ao semi-árido ou até mesmo em grandes altitudes. No Brasil, é encontrado em quase todo o litoral, sendo a região amazônica uma exceção.

A diversidade de aves no Brasil é muito grande, por isso, nem todas elas são populares, embora a maioria seja encontrada em todo o país. Veja a seguir algumas espécies de aves brasileiras que, apesar de belas, são pouco conhecidas. Acompanhe:

O Cochicho (Anumbius annumbi) é um pássaro conhecido por criar grandes ninhos de gravetos. Essa ave tem plumagem marrom-acinzentada por todo o corpo, sendo que na cabeça possui uma mancha mais escura que vai do bico ao cocuruto. As costas e asas também são mais escuras com manchas pretas.

Ele é encontrado no Sudeste e Sul do Brasil, e ainda na Argentina, Paraguai e Uruguai, habitando locais abertos, como matas, campos, pastos e áreas rurais.

A Corujinha-do-mato (Ciccaba virgata) é uma espécie bastante comum em todo o Brasil, que vive em florestas, matas e áreas urbanas arborizadas. Sua alimentação é composta por insetos e pequenos vertebrados, como rãs, camundongos e até mesmo cobras e aves.

Essa ave pode ser encontrada com plumagem em duas cores: cinza e ferrugínea. A ocorrência de dois tufos de penas no alto da cabeça e a irís amarela são as principais características da Corujinha-do-mato.

A Águia-pescadora (Pandion haliaetus) é uma espécie migratória que é encontrada no Brasil entre os meses de outubro e abril, oriunda do hemisfério Norte. O nome se dá pelo fato dessa ave mergulhar para capturar seu alimento, o peixe. Por isso, vive próximo a rios, lagos e áreas costeiras.

A Águia-pescadora também é conhecida pelo nome de Gavião-pescador ou Gavião-do-mar, sendo no interior da Amazônia chamada de Gavião-caipira. Ela possui a maior parte da plumagem na cor marrom-escuro.

O Mergulhão-pequeno (Tachybaptus dominicus) é encontrado por todo o Brasil e no sul dos Estados Unidos e norte da Argentina. Essa pequena ave vive em locais úmidos como córregos, manguezais, lagos, rios, poços artesanais ou qualquer massa d´água não coberta por vegetação.

Sua dieta é composta por pequenos peixes, girinos, invertebrados, algas e matérias vegetais. Essa ave de cor pardo-acinzentada também é conhecida como Mergulhão-pompom e pode mergulhar por até 15 segundos para apanhar seu alimento.

Alma-de-gato (Piaya cayana) é uma bela ave de plumagem marrom na parte superior do corpo, peito acinzentado e ventre escuro, com bico amarelo e íris vermelha. Sua cauda longa e escura, com pontas brancas, deixa esse animal ainda mais charmoso. Seu canto é semelhante ao murmúrio do gato.

Essa ave é encontrada em todo o território brasileiro, vivendo nas matas ciliares, parques, bairros arborizados, podendo ser encontrada também no meio urbano.

A Ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficauda) é uma ave encontrada no Brasil, com exceção do extremo Norte e Sul do país. Essa ave é confundida com um beija-flor por ter bico preto, longo e fino, além da plumagem verde-amarelada. O canto da Ariramba-de-cauda-ruiva é inconfundível e parece uma risada aguda, que inicia espaçadamente e acelera no final.

Fêmeas e machos são diferenciados pela cor da garganta, que é branca nos machos e marrom nas fêmeas e jovens.

O Irerê (Dendrocygna viduata) é um marreco belo e barulhento, muito comum no Brasil, e que pode receber outros nomes de acordo com a região do país. Ele habita desde a Argentina até a América Central, podendo ser encontrado também na África Ocidental.

Essa ave gosta de viver em áreas verdes com lagos, inclusive no meio urbano, e ficar junto de outros patos, gansos e marrecos. Ele se alimenta de plantas aquáticas, gramíneas e ainda pode comer invertebrados e pequenos peixes.

O Coró-coró (Mesembrinibis cayennensis) é uma ave que habita quase todo o Brasil, com exceção de alguns estados do Nordeste, sendo muito comum desde o Panamá até a Argentina. Ele vive em florestas densas e úmidas, onde se alimenta de insetos, invertebrados, crustáceos, moluscos e plantas aquáticas.

Seu canto rouco, curto e ascendente lembra seu próprio nome “coró-coró”, mas ele também recebe outros nomes, de acordo com a região em que se encontra, como Tapicuru, Caraúna e Curubá.

O Socó-boi (Tigrisoma lineatum) é uma ave comum em todo o Brasil que mede cerca de 70 cm de comprimento. É uma espécie solitária, mas pode viver em casais, sendo que durante o período de reprodução emite um som forte que lembra o mugir de um boi.

O Socó-boi habita locais úmidos, como brejos, pântanos, margens de rios e lagos, podendo ainda viver em regiões de florestas. Ele se alimenta de peixes, moluscos, anfíbios e répteis.

As aves silvestres são as espécies selvagens que devem ser mantidas livres na natureza, embora algumas delas possam ser criadas em cativeiro mediante autorização do IBAMA. A seguir, saiba mais sobre as principais espécies desses dois grupos. Veja:

O Tucano (Ramphastidae) é fácil de ser reconhecido principalmente por causa do seu bico que é grande, porém, leve e resistente. Essa ave vive nas árvores, em bandos, e se alimenta de frutas, insetos e presas pequenas.

Existem mais de quarenta espécies de Tucanos habitando as florestas da América Central e do Sul, sendo que pelo menos quatro delas vivem no Brasil. A mais conhecida é a Tucanuçu, que possui corpo preto com papo branco e bico laranja com ponta preta.

O bico dessa ave faz jus ao nome, pois, apesar de pequeno, o Trinca-ferro (Saltator similis) possui um bico duro e forte que garante bicadas potentes.

A espécie ocorre em todas as regiões brasileiras, além de também habitar países que fazem fronteira com o Brasil. O canto desta ave varia de acordo com a região, mas mantém o timbre, além disso, machos e fêmeas são diferenciados pelo som que emitem.

O Pintassilgo (Spinus magellanicus) é uma ave originária da América do Sul com ocorrência em quase todo o Brasil, com exceção do Nordeste e Região Amazônica. Ele vive em locais abertos, com poucas árvores, parques e jardins.

Existem 12 subespécies de Pintassilgo, sendo que as características mais marcantes da espécie são: corpo amarelo, cabeça preta (nos machos) e asas amarelas com manchas pretas. Eles se alimentam de sementes, arbustos, insetos e ainda folhas de várias espécies de plantas.

A Maritaca (Pionus) é uma ave parecida com o Papagaio, porém, menor do que este, além de outras diferenças. No Brasil, são encontradas três das várias espécies desta ave: Maritaca-roxa, Maritaca-verde, Maritaca-de-cabeça-azul. Elas vivem em áreas de plantação, florestas e cerrados e em ambientes urbanizados.

As Maritacas não são aves não migratórias, por isso, todo o seu ciclo de vida acontece no local onde nasce. Elas se alimentam de frutas, como mamão, goiaba, manga, romã e outros.

As Araras são aves grandes, de cauda longa e bico curvado, dos gêneros Ara, Anodorhynchus e Cyanopsitta. . Há diversas espécies de araras, com plumagem em diferentes cores e combinações. Elas vivem em grupos ou casais, habitando as copas das árvores nas matas e cerrados.

No Brasil são encontradas cinco espécies na Região Amazônica, Nordeste e regiões do Planalto Central. Algumas espécies encontram-se em ameaçadas de extinção, porém, a Arara-vermelha (Ara chloroptera) e a Arara-canindé (Ara ararauna) podem ser criadas em cativeiro com autorização do IBAMA.

O Papagaio (Psittacidae) é a ave mais conhecida e querida do Brasil. O país que já foi conhecido como “Terra do Papagaio” tem hoje a população desses animais reduzida por causa do tráfico. Ainda assim, são encontradas doze espécies de Papagaio distribuídas em todo o território nacional.

Além de bela, essa ave consegue imitar a fala humana e, por isso, é muito procurada como animal de estimação. Para ter um Papagaio em casa é preciso autorização do IBAMA.

As aves são os animais de estimação preferidos de muita gente. No Brasil, as aves exóticas, ou seja, aquelas que não pertencem à fauna brasileira, não precisam de autorização para serem criadas em cativeiro. Conheça a seguir algumas das aves domésticas preferidas dos brasileiros.

A Cacatua (Psittaciformes) é uma espécie originária da Austrália, Filipinas e Indonésia, por isso, não precisa de autorização para criação em cativeiro. Além disso, são aves dóceis e interagem muito bem com os humanos, sendo fácil cuidar de uma delas em casa.

Uma característica física marcante da Cacatua é a presença de uma crista que lembra um topete moicano. A maioria dos exemplares da espécie é branca, mas também pode ser creme ou salmão.

O Canário (Serinus canaria) é uma ave pequena e amarela, muito conhecido pelo seu canto. Ele é originário da Ilha da Madeira e das Ilhas Canárias, mas é muito querido no Brasil por causa do seu canto. Não é necessária autorização para criar essa ave em cativeiro, com exceção do Canário-da-Terra, que é nativa do Brasil. Já o Canário-Belga, por exemplo, é uma espécie exótica e bastante conhecida

A Calopsita (Nymphicus hollandicus) é uma ave da originária da Austrália, mas sua criação já é comum no Brasil, tanto que ela é considerada uma das aves domésticas mais vendidas no país. De temperamento dócil, inteligente e sociável, a Calopsita conquistou os lares brasileiros como animal de estimação.

A ave de tamanho médio pode ser encontrada com plumagem de diversas cores, isso graças às mutações pelas quais a espécie passou ao longo do tempo. O topete de penas é outra característica que deixa a Calopsita mais charmosa.

O Diamante de Gould (Erythrura gouldiae) é uma ave exótica originário da Austrália. A principal característica dessa ave é sua coloração diferenciada, com plumagem brilhante e colorida. Eles podem ser roxos, pretos, brancos, verdes, amarelos, sendo que os machos possuem cores mais fortes.

No passado essa ave chegou a ser considerada ameaçada de extinção, mas, já existem muitos exemplares dessa espécie criados em cativeiro. É uma das aves preferidas por causa da sua beleza e do seu temperamento tranquilo.

O Diamante Mandarim (Taeniopygia guttata) é uma ave exótica com cerca de 10 centímetros de comprimento, pequeno em tamanho, mas grande em beleza. Essa ave é nativa da Austrália, mas comum no Brasil por causa da criação em cativeiro.

Sua plumagem é bastante colorida, sendo que os machos possuem coroa e papo cinza-claro com listras pretas, e manchas laranjas nas laterais da cabeça. Já as fêmeas possuem o corpo todo cinza com listras em preto e branco nas laterais da face.

O Manon (Lonchura striata domestica) é uma pequena ave originária da China, cuja plumagem varia entre preto, branco, marrom e canela. Os machos e fêmeas dessa espécie são semelhantes, sendo que a diferença é verificada através da observação, pois os machos emitem sons curtos.

O Manon é facilmente reproduzível em cativeiro, além disso, eles podem chocar os ovos e cuidar de filhotes de outras espécies.

O Periquito-australiano (Melopsittacus undulatus) é a ave de estimação mais popular do Brasil. Os pequenos pássaros coloridos, de bico curvo, de personalidade dócil, além de belos são fáceis de cuidar e muito resistentes.

Sua alimentação é composta por sementes, grãos e frutos, sendo possível encontrar rações próprias para esta espécie nos pet shops. Para diferenciar os sexos, é preciso observar a cor da carúncula (acima do bico), que é azul nos machos e marrons nas fêmeas.

Agapornis é um gênero de aves de origem africana que inclui nove espécies, sendo que as mais comum no Brasil são Roseicollis, Personata e Fischeri. As aves são pequenas e encontradas em várias cores. Além disso, são fáceis de cuidar e podem aprender pequenos truques, por isso, são boas opções de aves de estimação.

A palavra agapornis vem do grego e quer dizer “ave do amor”. O nome faz jus a esses pequenos animais monogâmicos que adoram trocar carícias com seu companheiro. Além disso, os Agapornis são também carinhosos com as pessoas.

O Lóris (Loriini) é uma ave que chama a atenção por sua plumagem bastante colorida, por causa disso, recebe também o nome de “arco-íris”. Essa ave nativa da Ásia e Oceania pode atingir os 30 centímetros de comprimento e viver por de 15 anos em cativeiro.

A língua áspera do Lóris é uma característica que o ajuda a comer frutas, flores, néctar e pólens. Além de belo, essa ave bastante ativa, porém, dócil e fácil de cuidar.

No Brasil existem 165 espécies de aves na lista de animais ameaçados de extinção. O desmatamento e as queimadas que destroem os habitats, e ainda a caça ilegal, são os fatores determinantes para o problema. Conheça a seguir algumas dessas espécies.

A Ararajuba ou guaruba (Guaruba guarouba) é uma ave nativa da Amazônia brasileira, bastante visada por colecionadores e traficantes de animais por causa da sua beleza. Essa ave de corpo amarelo e com pontas das asas verdes, habitam as copas das árvores altas de florestas úmidas e podem viver cerca de 30 anos.

No entanto, a população da Ararajuba diminuiu drasticamente por causa da captura ilegal e do desmatamento, o que fez essa ave ser classificada como uma espécie vulnerável à extinção.

A Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) é uma ave média, exclusivamente brasileira, de ocorrência na caatinga do Nordeste. A ave já foi considerada extinta na natureza no ano 2000, restando apenas alguns exemplares em cativeiro. Por causa disso, está classificada como criticamente em perigo de extinção.

Como o próprio nome já demonstra, essa espécie possui plumagem toda azul, sendo que a cabeça azul-acinzentada. Além disso, possui íris amarela, bico negro e atinge cerca de 57 cm de comprimento.

A Jacutinga (Aburria jacutinga) é uma ave encontrada apenas na Mata Atlântica, mas sua população diminui bastante, por isso existe apenas em locais de conservação. A caça ilegal, a destruição de seu habitat e fonte de alimentação coloca essa ave com ameaçada de extinção.

A espécie mede cerca de 70 centímetros de comprimento, possui plumagem negra com detalhes brancos, bico azul e papo avermelhado. Essa ave se alimenta de insetos e frutos, sendo o fruto da palmeira-juçara o seu alimento preferido.

O Pica-pau-de-cara-amarela ou Pica-pau-de-cara-canela (Celeus flavescens) é uma ave raríssima, de grande porte e exclusiva da Mata Atlântica. Ela vive em regiões serranas e sofre com a perda do seu habitat, consequências do desmatamento e das queimadas. Por causa disso, essa espécie está classificada como vulnerável à extinção.

Essa espécie de Pica-pau possui plumagem em cores diversas, peito marrom com manchas brancas e barriga de preta. Na cabeça, predominam o preto e o bege e, assim como os demais Pica-paus, essa espécie exibe um bonito topete avermelhado.

A Saíra-apunhalada (Nemosia rourei) é uma pequena ave extremamente rara em todo mundo. Ele está entre as seis espécies globalmente ameaçadas de extinção. No Brasil, esta ave se encontra em perigo crítico, com alguns exemplares ainda encontrados em áreas preservadas no Espírito Santo.

O nome curioso se deve à mancha vermelha que esta ave possui na garganta que, contrastando com o peito branco, parece um borrão de sangue. A plumagem da Saíra- apunhalada é branca no copo, preta nas asas, cauda e cabeça, onde exibe uma coroa cinza-clara.

O Soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni) é uma ave pequena de plumagem branca com um topete vermelho que se estende até suas costas, penas de voo das asas e cauda preta. A fêmea da espécie é verde-oliva. Ele alimenta-se de frutos e artrópodes e vive em áreas com curso de água.

A espécie foi descoberta em 1996 na Chapada do Araripe, região Nordeste do Brasil. Porém, já figura na lista de ameaçados de extinção, classificado como criticamente em perigo.

Neste artigo, você aprendeu sobre as aves que vivem no Brasil, sejam elas espécies nativas ou exóticas. Vimos que existem algumas espécies brasileiras que podem ser criadas em cativeiro, com autorização do IBAMA, mas outras devem ser deixadas na natureza.

Além disso, conheceu também as espécies exóticas que podem ser criadas em casa, sem necessidade de autorização do órgão ambiental.

Você também conheceu algumas aves brasileiras que correm risco de extinção, sendo que algumas dessas espécies estão em estado crítico. O desmatamento, as queimadas e ainda a captura desses animais constituem os principais fatores de risco para as aves que vivem no Brasil.