Tatu-bola: características, curiosidades e muito mais!

O tatu-bola é um animal onívoro, que apresenta corpo com uma casca rígida e mede em torno de 25 cm. Essa armadura funciona muito bem para a sua proteção. São muito conhecidos no Brasil, e é praticamente a única espécie capaz de rolar em formato de bola, por isso o nome atribuído.

Com isso, quando o animal rola, os escudos de sua cabeça e da cauda se encaixam perfeitamente na sua armadura, formando uma bola perfeita. Isso faz com que ele se sinta muito protegido, pois quando se enrola, consegue se proteger dos predadores, escapando em várias vezes.

Vamos saber sobre a sua distribuição em território brasileiro, e entender tudo sobre esse animal peculiar. Conheceremos mais sobre seus hábitos de vida, comportamento, características físicas, reprodução e todas suas curiosidades.

Os tatus-bola são muito graciosos e espertos, e são uma importante espécie para o desenvolvimento da cadeia alimentar e do ecossistema brasileiro. Vamos entender suas características físicas, comportamento, origem e reprodução, além de sua alimentação.

Tatu é uma palavra espanhola que significa “pequenino com armadura” e se refere às placas ósseas que cobrem as costas, cabeça, pernas e cauda do animal. Os tatus são os únicos mamíferos vivos que usam essas conchas.

Essa designação é abrangente para toda a família dos dasipodídeos, que são animais que possuem três camadas de placas móveis em sua carapaça e possibilitam que eles se enrolem, dando-lhes o aspecto de uma bola.

Além disso, os tatus bola são originários da América do Sul. Algumas espécies se expandiram para alguns países do norte devido ao seu rápido ciclo de reprodução, adaptabilidade e redução de predadores.

Os tatus-bola têm focinhos e orelhas pontudas e línguas compridas e pegajosas, semelhantes aos tamanduás, que são considerados espécies próximas. Sua visão não é boa, então geralmente eles caçam com o olfato altamente desenvolvido.

Além disso, eles possuem pelos crespos ao longo de seu dorso lateral e na barriga, que usam para sentir o caminho ao redor. Eles são usados como “apalpadores” para sentir o local que estão inseridos. Eles também têm patas fortes e garras afiadas para cavar. Em suas costas estão a sua cobertura rígida e dura, característica marcante da espécie.

O habitat do tatu-bola abrange climas quentes e úmidos, vivendo em áreas de floresta e pastagens. Como precisam cavar em busca de alimento e abrigo, geralmente se locomovem em direção a áreas com solo poroso e solto, que são mais fáceis de habitar.

Esses animais usam suas garras para cavar várias tocas e buscam refúgio de condições climáticas extremas ou de predadores.

No Brasil, o Tolypeutes tricinctus são endêmicos e foram originados na Caatinga do Nordeste, mais comumente Sergipe, Ceará e Pernambuco. Já a outra espécie Tolypeutes matacus é encontrada no Brasil, Bolívia, Argentina e Paraguai.

Tatus não são criaturas sociais e passam a maior parte do tempo dormindo. Eles geralmente dormem até 16 horas por dia em tocas, e procuram comida durante a noite. O tatu-bola costuma ser um animal individualista, e se junta com outros da mesma espécie apenas para acasalar.

Eles possuem o hábito de cavar, mas fazem isso mais para procurar comida e não para se abrigar. Geralmente, uma toca de tatu-bola mede em torno de 20 cm e pode chegar até 4 metros de profundidade.

Os tatus jovens não têm hábitos independentes. Deixam a mãe somente com cerca de 10 a 12 meses após o nascimento.

A reprodução do tatu-bola não enfrenta grandes problemas. Basicamente, ela acontece de janeiro a outubro. Quando a fêmea está em época de acasalamento, ela é vista acompanhada de um macho, e em algumas vezes, até dois machos. A sua ninhada oferece um ou dois filhotes, que já nascem completos e formados.

O seu período de gestação dura aproximadamente 120 dias e o filhote nasce com a sua armadura mais molinha. Com o desenvolvimento das garras e do corpo, a sua armadura vai se endurecendo até mais ou menos 1 mês de vida. Após dois ou três meses, o filhote é desmamado e atinge maturidade sexual no sexto mês.

Tatus-bola são onívoros, embora a grande parte da sua dieta seja composta de insetos, larvas, besouros, formigas e cupins. Com sua língua comprida e pegajosa, os tatus pegam esses animais e outros insetos depois de retirá-los do solo. Eles também comem plantas, ovos, pequenos vertebrados e algumas frutas.

Além disso, em último caso, alguns deles são conhecidos por comer pequenos répteis ou anfíbios em dias mais frios.

A expectativa de vida do tatu-bola é em torno de 13 a 15 anos, consequência de não serem sociáveis e gostarem de viver em buracos e locais escondidos. Isso acaba oferecendo grande vantagem para o seu prolongamento de vida.

Uma situação que infelizmente acontece, é que muitos tatus vivem em beiras de florestas e pastagens ao lado de rodovias e estradas, e acidentes e atropelamentos envolvendo esse animal acabam sendo comuns.

Vamos entender com mais detalhes sobre algumas curiosidades envolvendo os tatus-bola, além das ameaças que eles podem estar sofrendo e outras características marcantes.

A principal arma que o tatu-bola apresenta contra seus inimigos e predadores é o fato que consegue se enrolar em formato circular, enfiando a cabeça, as orelhas, e os pés para dentro, formando uma bola ou concha dura.

Essa tática confunde os predadores, sendo uma ótima estratégia para se proteger de animais que atacam com dentes, já que a carapaça protege o tatu desses ataques. Dessa forma, mesmo um cachorro não consegue desfazer a bola dele, pelo fato de ser bem resistente e quase impenetrável.

Infelizmente, o tatu-bola está ameaçado de extinção pela forte pressão de caça e pela perda de habitat natural no Brasil. Na Caatinga, as populações remanescentes estão praticamente isoladas em áreas protegidas e submetidas à caça de subsistência.

Além disso, em áreas de Cerrado, as principais populações de tatu-bola vivem fora das áreas protegidas e estão especialmente ameaçadas pela conversão de seu habitat natural em plantações de cana-de-açúcar e soja.

Sendo assim, ele é listado como espécie “Ameaçada” por causa de um declínio populacional - estimado em mais de 30% nos últimos 15 anos - inferido da exploração contínua e perda e degradação de habitat.

O tatu-bola foi o símbolo da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Isso aconteceu pelo fato do tatu-bola conseguir se transformar em “bolinha”, e ser um animal endêmico do país sede, o Brasil. O Fuleco se tornou um sucesso entre as crianças, e também levou uma mensagem ecológica para todos os espectadores do evento.

O tatu-bola é uma espécie endêmica do Brasil, ou seja, está restrito à somente uma região geográfica no mundo. Esse local é o nordeste brasileiro, abrangendo quase 100% de seus estados. A área abrange a caatinga brasileira que é o habitat mais apropriado para ele se desenvolver devido às propriedades do seu solo e clima.

Além disso, existe outra espécie parente do tatu-bola (Tolypeutes matacus), que se estende aos países vizinhos do Brasil na América do Sul.

Como pôde perceber, o tatu-bola é um animal que se alimenta de pequenos insetos, répteis e em poucos casos, até de anfíbios. Gostam de cavar buracos para procurar alimento e passam muitas horas do seu dia descansando e dormindo.

É uma espécie originada e habitada somente no Brasil, em regiões de caatinga, onde conseguem se reproduzir e se esconder de predadores. Infelizmente, o tatu-bola está ameaçado de extinção, sendo a depredação de seu habitat natural como o principal motivo.

Sendo assim, é extremamente necessário preservamos as regiões onde ele mora, para que tatu consiga se desenvolver sem muitos problemas. Um animal curioso e exclusivamente brasileiro, foi eleito mascote da Copa do Mundo, se tornando motivo de orgulho para nosso país.