Como aquecer filhotes de cachorro recém-nascidos? Dicas e cuidados

Filhotes de cachorro são muito delicados. Os primeiros dias exigem bastante cuidado e atenção, sobretudo quando os bichinhos ficam órfãos ou são separados da mãe por qualquer outro motivo, de modo que esses casos exigem cuidados redobrados por parte do cuidador.

Nesse sentido, um dos pontos mais importantes a ser observado e monitorado é a temperatura do filhote. Embora sejam animais de sangue quente, ao nascerem, os cães ainda não apresentam uma temperatura regulada, o que pode causar hipotermia.

Por isso, caso você esteja se perguntando como aquecer um filhote de cachorro recém-nascido, estamos aqui para sanar essa e outras dúvidas acerca dos cuidados com tais pets. E então, quer saber tudo sobre a criação de cães recém-nascidos? Leia este artigo e descubra! Vamos lá?

Existem alguns cuidados iniciais que devem ser seguidos para manter seu filhote aquecido. Por exemplo, medir constantemente a temperatura do ambiente, evitar choques fazendo tal aquecimento gradualmente, além de controlar bem a umidade são fatores imprescindíveis. Conheça a seguir detalhes sobre tais dicas:

A temperatura ideal para filhotes recém-nascidos varia entre 35°C e 37,2°C na primeira semana de vida. Tal período é o que exige mais atenção do cuidador, pois o risco de mortalidade por hipotermia é alto!

Neste período, se o filhote estiver acompanhado da mãe, basta criar um ninho confortável para isolá-lo do chão. Caso o filhote seja órfão ou tenha sido separado da mãe, o mais indicado é monitorar a temperatura do ambiente e do filhote e ver se há a necessidade de utilizar lâmpadas, bolsas térmicas ou outros artifícios.

Existem duas formas de fazer a medição da temperatura dos filhotes, a primeira é medindo a temperatura retal, método que consiste em virar o filhote de bruços e encostar a ponta de um termômetro comum no ânus do filhote. Neste caso, você pode usar tanto o termômetro analógico quanto o digital.

Atualmente, o mais indicado é utilizar um termômetro infravermelho, o mesmo utilizado nos estabelecimentos comerciais e em aeroportos. Neste caso, basta mirar o infravermelho na parte sem pelos, localizada na barriga do filhote. Rapidamente a temperatura será aferida com precisão.

Conforme mencionado anteriormente, a temperatura corporal do recém-nascido varia entre 35°C e 37,2°C na primeira semana. O aumento de temperatura posterior deve ser gradual, permanecendo entre 36,1°C e 37,8°C da segunda à terceira semana, até que alcance a temperatura de um cachorro adulto, na quarta semana, entre 37,8°C e 38,9°C. Assim, é imprescindível ir acompanhando, com um termômetro, a temperatura do pet.

Quanto ao ambiente, se o filhote foi separado da mãe, na primeira semana de vida, aqueça a área em que ele está até que ela fique com cerca 32,2°C. Depois, vá reduzindo gradualmente a temperatura ambiental para 26,7°C, entre o sétimo e o décimo dia de vida e, depois, para 22°C, até o fim da quarta semana.

Filhotes de cachorro tendem a ficar facilmente desidratados. Portanto, além da temperatura, é importante monitorar a umidade do ar. A umidade do ambiente em que o "ninho" do cachorro está inserido deve permanecer, no mínimo, entre 55% e 65%, mas o ideal é que ela seja um pouco mais alta, podendo chegar a até 90%. Para alcançar esse nível, será necessário utilizar um umidificador.

A desidratação em filhotes recém-nascidos é facilmente percebida, de modo que seu primeiro sinal está no ressecamento da boca e da gengiva, além da perda da elasticidade da pele nesses locais.

Existem diferentes métodos para aquecer um filhote de cachorro recém-nascido. O ideal é mantê-lo próximo à mãe o máximo de tempo, porém, nem sempre isso é possível. Nesses casos, o tutor deverá criar um ambiente aconchegante para seu bichinho. Entenda como nos tópicos a seguir:

Conforme citado, o melhor método ainda é deixá-lo próximo à mãe durante todo o primeiro mês. A troca de calor entre o corpo da mãe e do filhote, bem como a presença do resto da ninhada já é o suficiente para aquecê-lo de forma adequada, necessitando somente forrar o piso para que os cães não tenham contato com a superfície fria.

Esse método, além de mantê-lo aquecido, também dispensa outras formas de alimentação, posto que o filhote poderá mamar diretamente no peito da mãe, o que também o ajudará a evacuar facilmente e suprirá todas as suas necessidades.

Se houver uma ninhada, mesmo que a mãe não esteja com ela, mantenha todos os filhotes juntos. Além de o animalzinho sentir-se mais seguro e protegido com outros pets por perto, a troca de calor entre os pequenos irá ajudá-los a manter a temperatura mais facilmente.

Mesmo assim, é necessário monitorar, aferir a temperatura de cada um e criar um ambiente quentinho e aconchegante para que eles se mantenham na temperatura ideal. Além de tomar alguns cuidados extras com os que apresentarem mais dificuldades em se manterem aquecidos, como colocá-los mais ao centro do ninho, cobri-los ou utilizar bolsa térmica.

Para criar uma casinha quente para a ninhada, a primeira coisa a ser feita é pensar em um espaço tranquilo e aconchegante, abrigado do frio e do vento.

Em seguida, você deve cobrir o chão, o ideal é ter uma caixa que sirva de caminha, mas existem outras possibilidades. Você pode utilizar um cobertor, uma placa de E.V.A. ou roupas velhas. Cães geralmente procuram tocas fechadas para ter seus filhotes, então, criar um espaço que se assemelhe a uma toca é o ideal. Procure cobrir o ambiente e fechar as laterais.

Para manter uma temperatura constante, você pode usar um aquecedor. Existem dois modelos de aquecedores que podem ser utilizados: o tapete térmico ou a lâmpada térmica.

O tapete térmico aquecerá o chão do ninho e deve ser colocado embaixo de um jornal ou do que você utilizou para forrar o chão e ligado em uma temperatura média.

A lâmpada pode ser utilizada em uma lateral da caixa. Neste caso é importante lembrar que a lâmpada oferece um calor seco, o que pode causar desidratação nos filhotes. Preste atenção e retire a lâmpada a qualquer sintoma de desidratação.

Se você busca um método mais em conta, ou se tem medo de deixar equipamentos elétricos no ninho dos filhotes, uma alternativa fácil, rápida e barata é utilizar bolsas térmicas enroladas em cobertores.

Esse método, embora seja eficaz e barato, exige um monitoramento maior, pois a água deve ser trocada sempre que a bolsa esfriar, enquanto os outros não precisam de reposição. Porém, ele também apresenta outra vantagem, a de não oferecer calor seco, visto que ele diminui a possibilidade de desidratação.

Na ausência de outros métodos, lençóis e cobertores são sempre úteis. Nesse caso, você precisará manter os filhotes enrolados e cobertos durante todo o tempo.

Como a temperatura dos lençóis e cobertores varia conforme a temperatura do ambiente, ao utilizar esse método, você precisará aferir o calor do corpo dos filhotes com maior frequência e adicionar novas camadas de cobertura em dias mais frios. Também é importante checar se os cobertores não estão molhados e trocá-los sempre que for necessário.

Ter contato direto com um filhote recém-nascido pode acarretar dois problemas: o primeiro é alterar o cheiro do filhote, fazendo com que a mãe não o reconheça mais. O segundo é passar algum germe ou bactéria para o animalzinho, que ainda não tem defesas imunológicas suficientes.

Dito isso, fica claro que este procedimento, que consiste em colocar o filhote dentro da sua roupa e abraçá-lo, só deve ser utilizado em emergências e se for constatado algum sinal de hipotermia.

Agora que você leu este artigo, já sabe como manter seu filhote de cachorro aquecido. Escolha o local e os materiais a serem utilizados, pense no tipo de cobertura e de aquecimento que melhor se adaptam ao pet e lembre-se de criar uma toca confortável, quentinha e escura, como um quartinho aconchegante.

Mantenha uma rotina de aferição de temperatura, de cuidados com o sistema de aquecimento e verifique sempre se não há sinais de desidratação. Seguindo estas dicas simples, você garantirá que seu filhote ou sua ninhada permaneçam saudáveis e aconchegados no primeiro mês de vida!