Cão-guia: saiba o que é, raças, quanto custa e curiosidade

Cão-guia: saiba o que é, raças, quanto custa e curiosidade

Como um cachorro se torne um cão-guia? Quais as raças escolhidas para para essa função? Veja mais sobre o assunto abaixo


Você já viu um cão-guia?

Cão guia

Os cachorros, além de serem excelentes companhias para passeios e brincadeiras, podem desempenhar funções de grande ajuda ao ser humano. Uma delas é a atividade de cão-guia. Já ouviu falar dessa modalidade?

Neste artigo, você entenderá como um cão pode auxiliar pessoas com deficiência a se locomoverem de forma segura. Provavelmente, já viu um cachorro ao lado de um deficiente visual nas ruas. Nesse momento, ele estava exercendo a função de cão-guia.

Abaixo, várias informações sobre os custos, treinamentos, possíveis dificuldades na circulação desses animais e até desmistificação sobre as raças que podem se tornar cães-guias serão explicados a fundo. Se você quer saber como um cachorro se torna um cão-guia, quais os locais permitidos para eles e outras curiosidades, basta acompanhar os tópicos seguintes. Boa leitura!

O que é um cão-guia?

Cão guia com tutor

Afinal, o que fazer para que um cachorro se torne um cão-guia? Quais são os requisitos para ele ser escolhido para essa funcionalidade? Será que cada dono pode tornar seu animal doméstico um cão-guia? Veja abaixo as respostas para essas e outras perguntas a respeito do assunto!

Funções de um cão-guia

A principal função de um cachorro guiador é acompanhar deficientes visuais ou auditivos em seus trajetos. Dessa maneira, pessoas nessas condições podem confiar em seus cachorros durante um percurso que, até então, poderia oferecer perigos à sua integridade física.

Ao se deslocarem acompanhados desses animais, novas possibilidades surgem para a integração desses seres humanos na sociedade. Portanto, um cachorro que tem a finalidade de ser um cão-guia conduz o seu tutor de forma satisfatória até seu destino, seja ele o trabalho, a casa de um amigo, a igreja, etc. Com isso, o animal evita que a pessoa portadora de deficiência se machuque ou sofra acidentes.

Como um cão-guia é treinado?

Um cachorro comum não se torna um cachorro guia apenas pelo desejo do tutor. Devido à importância que esses cães desempenham, é fundamental um treinamento intenso e demorado. Os cães direcionados para essa função devem, desde filhotes, apresentar condições mínimas para se tornarem os olhos e ouvidos da pessoa portadora de deficiência.

Centros de treinamento adestram os cachorros para serem obedientes e sociáveis. São ensinados comandos para cada situação, como atravessar a rua, parar diante de um obstáculo ou desviar de um poste. É importante também que haja um entrosamento entre animal e tutor.

Quem precisa de um cão-guia?

O uso de cão-guia é comumente associado aos cegos. Entretanto, é possível que ele seja requisitado por quem tem deficiências de locomoção e auditiva. Inclusive, é estabelecido um parâmetro sobre a cegueira para que se precise de um guia.

Sendo a visão do melhor olho do solicitante inferior a 0,3 e maior ou igual a 0,05, ou o campo visual menor que 20 º, considera-se baixa visão. Possuindo valores abaixo de 0,05 ou 10 º, ou menos, considera-se cegueira. A lei n. 11.126/2005 assegura à pessoa com deficiência visual o direito ao acompanhamento do cão-guia.

O benefício, contudo, deve ser concedido a quem se mostrar com dificuldades na locomoção. Aquele que for cego não necessariamente precisará de um cão-guia.

Onde encontrar um cão-guia para cegos?

Os cachorros que servirão de cão-guias precisam ser treinados desde filhotes para essa função. O custo é alto e a procura é constante, o que gera uma espera por um longo período. A quantidade de pessoas com deficiência que solicitam o serviço é bem maior do que a de animais aptos a realizá-lo.

Vale a informação de que um cão-guia é doado, portanto, não se trata de uma compra. O cego ou surdo deve se cadastrar em ONGs que realizam essa atividade. Um cão-guia é, acima de tudo, um cachorro como os demais. Necessitará de atenção, comida, abrigo e tempo livre de seus tutores. Será verificada a disponibilidade dos cachorros no momento, e a melhor raça será identificada para o perfil de solicitante.

Quanto custa ter um?

Apesar de não ser um cachorro adquirido através de compra, mas sim, de doação, há um custo ao se ter um cão-guia. Esses assistentes de quatro patas geram despesas como qualquer outro ser vivo, por isso, sua aquisição deve ser bem pensada.

Para o solicitante, o animal terá custos habituais para um cachorro, como ração, veterinário, higienização, brinquedos para os momentos de lazer, dentre outros. Mesmo que sejam necessárias viagens de avião ou ônibus, o transporte desses bichos não deve ser cobrado. Para as instituições de treinamento, o custo não é baixo. O investimento aproximado é de R$ 30.000,00.

Melhores raças de cão-guia

Cão guia com tutor

Você leu acima que os cães-guias são fundamentais para o auxílio dos portadores de deficiência. Será que todos os cachorros podem se tornar um guia ou há raças específicas para isso? Leia quais as melhores raças para essa atividade e a especificidade de cada uma, a seguir.

Golden Retriever

Diversas raças podem ser cães-guia. Os cães Golden Retrievers são conhecidos por serem extremamente calmos e dóceis, oferecendo ótima ajuda como cão-guia. Essa raça também é escolhida como cão para terapias a enfermos.

Dedicado a ver seu tutor satisfeito, o cão dessa raça é facilmente treinável. Sua fama também possui boa aceitação porque não é um cachorro que trata com estranheza outros animais e ambientes com muito fluxo de pessoas.

Labrador Retriever

O Labrador é, talvez, o cachorro mais visto na atividade de cão-guia. Devido a esse fato, algumas pessoas imaginam que somente essa raça pode ser treinada para a função. De temperamento tranquilo, ele se adapta a diversos ambientes.

O cachorro Labrador Retriever tem um bom relacionamento com humanos. Além de mostrar boa rota, tende a ajudar buscando objetos para os donos e detectando perigos, além de ser uma boa companhia.

Pastor Alemão

Engana-se quem imagina o cachorro da Raça Pastor alemão como um mero cão de guarda. Com um ótimo faro para situações perigosas e instinto de proteção, o Pastor é naturalmente preparado para ser um cão-guia.

Seu porte pode oferecer uma segurança diferenciada das demais raças, mesmo sendo sociável. Sua vantagem natural reflete em desviar de obstáculos com antecedência, alertando o seu tutor. A partir desse perfil, um treinamento o torna essencial a qualquer portador de deficiência.

Husky Siberiano

Para algumas pessoas, ver cães dessa raça como guias pode ser uma surpresa. Apesar de imponente, o Husky Siberiano é amigável e protetor. Dessa forma, se solidariza com os donos fazendo o possível para auxiliá-los.

São cães de grande força física e resistência, pois seus antepassados tinham a árdua função de puxar trenós. Como cão-guia, pode ser uma boa aquisição, devido à lealdade extrema. É bem observador e de humor divertido.

Border Collie

Os cães Border Collies são altamente inteligentes e fortes. Apesar do fator energético pode ser um bom cão-guia. São conhecidos como cães que auxiliam nos pastos, porém se adapta bem a cidade.

Devido à esperteza típica da raça, o cão Border Collie pode ser treinado como qualquer outro cachorro. Não é comum vê-lo na posição de cão-guia, porém, pode adaptar-se a um dono que não socialize com um labrador, por exemplo.

Boxer e Poodle

Ao contrário do pensamento comum, cães de menor porte podem ser cães-guias. Por serem leais e protetores, os cães de raças pequenas surpreendem.

O Boxer é dócil e, ao mesmo tempo, brincalhão e energético. Para que obedeça, os comandos devem ser firmes, caso contrário, pode pensar que é uma brincadeira. O Poodle é inteligente e super adaptável. Diferente do que pensam devido seu porte, ele pode ter temperamento agressivo, se for necessário.

Pastor Australiano

O Pastor Australiano tem energia de sobra para andar como cão-guia por longos caminhos. Não se cansa fácil, além de ser muito sociável. Portanto, pode ser indicado para tutores de vida mais ativa.

Tem bastante ética e respeito pelo seu dono, o que não acarretará problemas. Outro ponto positivo nessa raça é que aprendem rápido qualquer lição, pois tem raciocínio mais acelerado. Assim como cada proprietário tem o seu temperamento, os cães também seguem seus instintos. Por isso, é importante associar a personalidade de ambos.

Algumas curiosidades sobre o cão-guia

Cão guiando

Em todo o Brasil, a quantidade de cães-guias ainda é pequena em relação ao público que necessita desse serviço. Por isso, nem todos possuem essa ajuda no cotidiano. Veja mais informações interessantes sobre os cães-guias.

Cães-guia se aposentam

Não se deve esquecer de que os cachorros são seres vivos, passíveis de doenças, cansaço e velhice. Com o passar do tempo, é naturalmente compreensível que um cão-guia precise parar suas atividades.

Portanto, os cachorros que têm o trabalho de serem guias de pessoas com deficiência devem se aposentar. Isso ocorre em torno dos 9 anos de idade. Assim como em humanos, a disposição desses animais diminui com a idade.

É interessante frisar que, se o proprietário ou sua família tiver condições, podem adotar o animal após o cumprimento integral dessa função.

Eles podem circular em qualquer lugar

O cachorro que atua como cão-guia tem acesso a qualquer lugar. Por se tratar de um animal, alguns estabelecimentos desconhecem a lei que permite que o cão tenha acesso junto ao tutor. Contudo, por se tratar de um bicho cujo treinamento é cumprido rigorosamente, a sua importância o permite o passe livre a todo tipo de ambiente.

Em junho de 2005, uma lei entrou em vigor assegurando a circulação do cão-guia em ambientes públicos e privados. Para isso, o cachorro deve estar sempre identificado com peitoral e coleira com a informação de que se trata de um cão-guia.

É possível viajar com um cão-guia

O cão-guia, independentemente de sua raça, é um animal treinado que pode transitar em qualquer ambiente. Isso inclui os diversos meios de transporte, sejam trens, ônibus, vans, aviões. Seu temperamento pode influenciar no modo de vida, mas os treinos antes da adoção o convertem em cães obedientes e tranquilos.

Não se pode proibir a presença de um cachorro enquanto estiver na condição de guia. Contudo, cada empresa de transporte pode ter suas políticas de acomodação do animal. Algumas regras citam a identificação do cachorro como cão-guia, caderneta de vacinação atualizada e acessórios como coleira ou focinheira. Os locais de permanência, geralmente, são abaixo do assento da pessoa com deficiência ou ao seu lado.

É necessário cuidado ao interagir com um cão-guia

O cachorro que estiver na condição de cão-guia não pode interagir como os demais cães. Isso, porque são animais disciplinados e, uma vez nesta função, agem conforme treinados. Enquanto auxiliam seus tutores, esses bichos precisam se manter em alerta para os comandos, além dos possíveis perigos externos.

Após o cumprimento do trajeto, o tutor retira o peitoral do cachorro, sinalizando que ele está no momento de pausa da atividade de guia. Dessa forma, o cão pode descansar ou ficar livre para receber afeto de outras pessoas.

Estes cães precisam de cuidados especiais

O cão-guia é um cachorro apto a ajudar através de comandos e treinamentos. Porém, nem todas as pessoas se adaptam a ele. O tutor precisa passar confiança e bem-estar para o cão, de maneira que formem uma equipe de cuidados mútuos.

Não se deve brigar com o cão caso ele recuse um determinado caminho, por exemplo. Carinhos e agrados enquanto estiverem usando o peitoral também podem confundi-los. Ao surgir uma companhia de outra pessoa no trajeto, esta deve posicionar-se do lado do deficiente, nunca do cachorro, pois será considerado um obstáculo.

Cão-guia: um serviço de amor

Cão guia em frente a casa

Neste artigo, você pôde conferir diversas curiosidades sobre o cão-guia. Descobriu que é uma conquista das pessoas portadoras de alguma deficiência visual ou auditiva, o que faz com que o tema seja de relevância social.

Nos tópicos acima, você soube da importância do treinamento de um cão-guia para auxiliar um cego ao atravessar a rua, chegar ao seu trabalho, conduzir em viagens e ter autonomia. Portanto, ter um cão-guia é um ganho na qualidade de vida da pessoa cega ou surda.

Além de poder circular por qualquer lugar, o cão-guia é um cachorro que também merece lazer e carinho. Após o seu dia de trabalho, pode receber cafunés e brincar como qualquer outro pet. É, sem dúvidas, o melhor amigo do homem.

Autor deste artigo

Formada em Letras - Língua Portuguesa e Brasileira e Literatura Portuguesa e Brasileira pela Universidade Federal do Piauí. Produtora de conteúdo, revisora e professora. Criadora da página "Concurseira do Piauí" no Instagram.

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