American Pitbull Terrier: veja características, preço e mais!

Explorado em atividades cruéis durante sua trajetória, como rinhas, o American Pitbull Terrier pode sim conviver de maneira harmoniosa em um ambiente familiar e oferecer docilidade e companheirismo.

No artigo a seguir, você vai entender os cuidados necessários para que a raça socialize bem com as pessoas, como escolher pets com os quais ele se dê bem e atenções essenciais com sua saúde e alimentação.

Vai conferir também como escolher um canil legalizado, um guia com custos, dicas para adestramento e como oferecer atividades físicas para esta raça enérgica, além de curiosidades e informações sobre sua origem e história.

Com a origem relacionada à caça e rinhas antes de ser domesticado, o American Pitbull Terrier é musculoso e pode ter várias cores. Confira a seguir quais são suas características.

Apesar dos primeiros registros terem surgido durante o Império Romano, foi no século 19 que surgiram os ancestrais do American Pitbull Terrier com características gerais que conhecemos hoje, na Inglaterra, Irlanda e Escócia.

Nesta época, era utilizado para combates contra touros e ursos e, posteriormente, entre cães da própria raça. Levado aos Estados Unidos, foi utilizado por fazendeiros para proteção, pastoreio e captura de gado e porcos selvagens. Foi neste período que foi criado padrão americano da raça, para companhia. Apesar da proibição de rinhas, a raça ainda carrega o estigma de ser agressiva devido a este histórico.

O peso de um American Pitbull Terrier macho adulto e saudável varia entre 16 e 27 quilos, enquanto as fêmeas têm pesagem um pouco menor, entre 14 e 23 quilos.

Os machos adultos atingem de 45 a 53 centímetros de altura enquanto as fêmeas chegam a uma faixa que vai de 43 a 53 centímetros. A raça é considerada de porte médio, com uma musculatura bem definida. O corpo é levemente mais longo que alto e as fêmeas podem ser um pouco mais longas que os machos.

O pelo do American Pitbull Terrier é brilhante, liso e curto, rente ao corpo. Cães com pelagem crespa, ondulada ou rala não são considerados de raça pura.

Qualquer cor é aceita no padrão puro da raça, com exceção do merle, que se trata de um padrão malhado com manchas de diferentes tamanhos. Os cães com pelagem branca precisam de atenção especial em relação à sensibilidade ao sol, com risco de queimaduras. Nestes casos, é recomendado o uso de protetor solar.

A expectativa média de vida para o American Bull Terrier é de 8 a 15 anos. A longevidade está associada principalmente a uma alimentação saudável, exercícios diários e visitas de rotina ao veterinário. O tempo de vida também está associado à prevenção ou diagnóstico precoce de doenças recorrentes nesta linhagem, que geralmente possuem saúde resistente.

No entanto, a raça tem predisposição a alergias diversas, doenças de pele, como sarna, além de problemas cardíacos, parasitas e displasia coxofemural, que se trata de má formação da ossatura do quadril durante a fase de crescimento.

Apesar do estigma de agressividade que carrega, o American Pitbull Terrier pode ser amável e companheiro no ambiente familiar. Veja abaixo detalhes sobre seu temperamento e como ele socializa.

O American Bull Terrier não é um cão que late muito, desde que leve uma vida saudável e não tenha desvios comportamentais causados por isolamento ou falta de exercícios, por exemplo.

Seu padrão normal também não é de um cão bagunceiro, mas pode desenvolver hábitos destrutivos devido à carência, daí a importância de ter atenção de seu tutor. Por isso, também, é indispensável que essa raça receba um adestramento adequado desde cedo, principalmente em relação à obediência e sua rotina.

O American Pitbull Terrier consegue socializar com outros animais, mas devido ao passado ligado a brigas entre cães é preciso atenção na hora de escolher seus companheiros.

A indicação é escolher animais menos temperamentais, mas com o mesmo grau de energia que ele, e de preferência de sexo oposto. Entre as raças compatíveis está o Labrador. Já em relação a animais pequenos e aves é preciso ainda mais cuidado, já que o American Bull Terrier também carrega no sangue o instinto de caçador e pode confundi-las com presas.

O American Bull Terrier se dá bem com crianças quando há socialização desde cedo e até suporta brincadeiras brutas sem se incomodar. No entanto, devido ao seu porte e força, é recomendado que sempre haja a supervisão de um adulto, para que ele não machuque os pequenos durante algum movimento brusco.

Não é um cão recomendado para idosos, também devido à força. Por também não ser um cachorro considerado de guarda, não é agressivo com desconhecidos quanto se trata de um animal acostumado a se relacionar com humanos.

O American Pitbull Terrier é um cão inteligente e que gosta de ser desafiado e cumprir tarefas. Por isso, não há dificuldades no adestramento, desde que comece quando ele ainda é filhote.

Uma das dicas é utilizar brinquedos e petiscos durante o aprendizado. A comida pode ser oferecida como forma de recompensa de acordo com o avanço de etapas no aprendizado. Um dos vários ensinamentos indicados por adestradores é não pular nas pessoas desde pequeno para oferecer carinho ou brincar, para não machucar crianças e os idosos com esse hábito.

O American Pitbull Terrier não é um cão que gosta de ficar muito tempo sozinho. É apegado aos tutores e pode desenvolver comportamentos destrutivos em casa devido à carência, danificando coisas do dono.

Por isso, é um cão recomendado para donos ativos, que oferecem diariamente companhia, exercícios e brincadeiras diários, para que seu animal não tenha desvios comportamentais. Vale lembrar que esses transtornos emocionais gerados pela solidão podem incluir agressividade, o que não é recomendado para cães dessa raça.

A compra do American Pitbull Terrier deve ser cuidadosamente planejada, já que muitos criadores amadores desvirtuam seu comportamento. Leia um guia com orientações e custos para sua criação na sequência do artigo.

Por ser uma raça popularizada no Brasil e não ser aceita por todo tipo de tutor, o American Pitbull Terrier possui um preço no mercado pet menor do que os de outras raças. O preço do filhote varia entre R$ 1.500,00 e R$ 2.000,00. Fatores como garantia de pedigree, vacinação em dia, vermifugação e microchipagem prévia influenciam no valor cobrado.

Como se trata de uma raça historicamente explorada e maltratada pelos seres humanos, existem movimentos para adoção de cães resgatados de rinhas ou outras condições degradantes.

Por se tratar de uma raça que necessita de atenção especial com seu comportamento desde cedo, não são todos criadores e canis legalizados que se especializam no American Pitbull Terrier. No entanto, é possível encontrar criadores credenciados em alguns Kennels Clubes do Brasil, como o Capixaba, do Triângulo Mineiro e Goiás.

Adestradores reforçam alertas sobre a compra no mercado clandestino em relação a esta raça, já que atribuem aos canis “de fundo de quintal” parte da responsabilidade dos desvios de comportamento que levou a raça a ganhar estigma de ser agressiva.

Um pacote de ração de 15 quilos para o American Pitbull Terrier filhote custa a partir de R$ 155,00. Para esta fase de vida, o pacote dura cerca de cinco meses, gerando gasto mensal de R$ 31,00.

Já o pacote de 15 quilos para adultos custa a partir de R$ 180,00. A duração é de dois meses e meio, em média, equivalente a um gasto mensal de R$ 72,00. O cálculo leva em consideração filhotes machos de 6 meses de vida e adultos com 8 anos. Portanto, o tutor deve observar na embalagem a indicação para peso e idade de seu cão.

As vacinas indicadas para o American Pitbull Terrier são a polivalente (V8 e V10) e a contra a raiva. O valor de cada dose varia de R$ 60,00 a R$ 90,00.

A polivalente tem primeira aplicação com 45 dias de vida, com dois reforços em intervalos de 25 dias e manutenção anual, enquanto a antirrábica tem primeira dose com 4 meses e manutenção anual. As visitas de rotina ao veterinário custam em torno de R$ 100,00 e R$ 200,00, de acordo com o profissional e serviços realizados.

A primeira vermifugação de um filhote de American Bull Terrier deve ocorrer entre 15 e 30 dias de vida. O gasto varia entre R$ 30,00 e R$ 150,00, de acordo com o remédio e custo do veterinário. Após isso, a vermifugação deve ser repetida três vezes ao ano.

A caixa de remédio antipulgas com três comprimidos custa entre de R$ 139,00 e R$ 159,00, de acordo com o peso do cão. A ação de cada comprimido dura por até 35 dias. Uma coleira antipulgas custa a partir de R$ 30,00. Veterinários apontam, no entanto, que o remédio é mais eficaz nestes casos.

Brincadeiras são essenciais para o American Pitbull Terrier, mas é preciso comprar itens resistentes. Peças como bolinhas, mordedores e pneus de borracha variam de R$ 5,00 a R$ 100,00 para este porte.

A casinha para sua estatura custa entre R$ 130,00 e R$ 300,00, conforme o material com o qual é construída (plástico, compensado ou madeira pinus, por exemplo). É preciso investir em colchão confortável, devido à sensibilidade de sua pele. Uma coleira de peitoral para os passeios tem preços a partir de R$ 54,00, com guia curta. Uma guia longa retrátil custa a partir de R$ 37,00.

Desde cedo, o American Pitbull Terrier precisa socializar e entender comandos de seus tutores. Confira a seguir outros cuidados necessários com a raça ao longo de toda sua vida.

Além de vacinações e parasitações necessárias, é preciso desde cedo monitorar se o American Bull Terrier não possui predisposição para alguma das doenças mais comuns à raça, como a displasia coxofemural, que pode ser identificada por meio de raio x.

Também é preciso desde essa época checar suas condições cardiológicas. Outra ação indispensável a partir desta época é iniciar adestramento e socialização do cachorro com outros animais e pessoas. É preciso adotar nesta época uma ração específica para a faixa etária, para que sua fase de crescimento seja saudável, uma vez que a raça precisa de estrutura muscular e óssea fortalecida.

Um filhote macho de American Pitbull Terrier de seis meses deve ser alimentado com 93 gramas de ração ao dia, conforme indicação de uma marca de primeira linha. A quantidade deve ser distribuída em três refeições diárias.

Já o adulto macho com 8 anos e 15 quilos deve consumir 196 gramas ao dia, distribuídas em duas refeições. Petiscos devem representar 5% da alimentação diária, segundo veterinários. A quantidade pode variar a cada mês de vida e a cada quilo ganho ou perdido, e de acordo com o sexo. Portanto, é preciso se atentar à tabela indicativa na embalagem do produto.

Ancestrais do American Pitbull Terrier eram caçadores e lutadores, o que tornou a linhagem atual ávida por ser desafiada por meio de exercícios físicos. Assim, se destaca em competições caninas variadas, como agility, game dog, tração e flyball.

Devido a este perfil, são recomendados pelo menos dois passeios diários de 30 minutos, além de brincadeiras com mordedores, saltos e corridas para buscar brinquedos. Também por isso são muito indicados para tutores esportistas e podem interagir com eles durante estas atividades físicas. Especialistas indicam aquecimento para evitar lesões.

Por ser curto e liso, o pelo do American Pitbull Terrier não requer cuidados especiais do tutor além de escovação e banho regulares.

A escovação recomendada é semanal e deve haver um cuidado maior durante a época de troca de pelos. Há escovas e luvas específicas para esta atividade. Já o banho pode ocorrer mensalmente ou quando o animal estiver sujo. Animais da raça têm tendência de maior sensibilidade na pele, portanto são recomendáveis produtos pets neutros.

É preciso cuidado especial com as unhas do American Pitbull Terrier, para que não causem escorregões e lesões musculares ou em cartilagens, que podem trazer problemas graves para esta raça.

Elas devem ser aparadas quando arqueiam ou fazem barulho no chão. Se o banho mantiver regularidade fixa, elas podem ser executadas junto a ele, com cortador específico. Alguns petshops incluem o corte no serviço de banho e tosa.

A escovação de dentes deve ser iniciada desde filhote, para que o cão deixe de apresentar resistência, com frequência de, pelo menos, de três vezes por semana, com escova e pastas específicos.

Você sabia que existem uma série de tipos de pitbulls? E sobre a informação errada de que sua mandíbula trava durante ataques? Leia sobre essa e outras curiosidades abaixo.

O American Pitbull Terrier é costumeiramente confundido com outros tipos de pitbull, devido a algumas características físicas parecidas, principalmente na face.

Um deles é o Bull Terrier, que possui até o nome parecido. O American é considerado seu "primo americano". A outra linhagem é o Staffordshire Bull Terrier. No caso dele, a principal característica de distinção é seu porte menor e mais compacto. Há ainda o American Staffordshire Terrier e o Red Nose, que possuem diferenciações nas características de orelha, olho e cores de pelagem.

Ancestrais do American Bull Terrier foram desenvolvidos para serem guardiões de porte grande nos Estados Unidos, depois do histórico com rinhas na Europa. Assim, até hoje ainda é utilizado para guarda de lugares, embora não seja seu padrão. A Confederação Brasileira de Cinofilia o classifica como cão de companhia.

No ambiente familiar, costuma se portar como um cão fiel e protetor, mas se for socializado e adestrado desde cedo a obedecer a comandos dos tutores não deve haver problemas com agressividade, de acordo com adestradores.

Apesar do senso comum apontar que a mandíbula do American Pitbull Terrier trava quando ele está realizando um ataque, a informação não está correta. De acordo com especialistas, no momento em que a raça está atacando deposita força e rapidez na mandíbula e realiza até sete mordidas em cerca de cinco segundos.

Apesar da capacidade destrutiva, a mordida do cachorro pitbull também não é apontada como a mais forte do mundo. A mais forte é considerada a da raça rottweiller.

Como você viu nesse artigo, o American Pitbull Terrier é originalmente um cão de companhia e seu estigma associado à agressividade está ligado à criação errada por canis e criadores clandestinos.

Neste guia, foi possível conhecer a necessidade de socializar e adestrar a raça desde cedo e que se trata de um cão forte, que precisa de alimentação adequada e exercícios frequentes. Você também aprendeu sobre doenças para as quais há predisposição, cuidados importantes com saúde e todos os custos essenciais para tratar bem desse companheiro dócil e legal!