Afinal, com quanto tempo o filhote de cachorro pode ser separado da mãe?
Você já se perguntou com quanto tempo o filhote de cachorro pode ser separado da mãe? Ainda que sejam incrivelmente adoráveis e quase todo mundo queira cuidar deles assim que nascem, é muito importante ter em mente os aspectos psicológicos e físicos que influenciam nessa separação, pois as mães têm um papel fundamental no desenvolvimento dos filhotes.
Inicialmente, muitos veterinários recomendam que os filhotes só sejam separados da mãe depois dos 60 dias iniciais de vida. Separá-los antes disso pode ser bastante prejudicial e trazer uma série de problemas. Neste artigo, você aprenderá a importância de manter o filhote com a mãe nos primeiros meses, e também os malefícios de serem separados precocemente. Confira!
Fases de desenvolvimento dos filhotes de cachorro
Para entender a importância de manter os filhotes com as mães nos primeiros meses de vida, é preciso aprender também sobre as fases de desenvolvimento destes pets. Confira, a seguir, cada uma dessas importantes fases dos filhotes de cachorro.
■Estágio neonatal
O estágio neonatal corresponde as primeiras duas semanas de vida do filhote. Neste período, são extremamente dependentes da mãe, precisando inclusive de ajuda para fazer as necessidades. Eles também gastam a maior parte do tempo dormindo e se alimentando.
Como seus olhos permanecem fechados e a audição ainda não funciona, os únicos sentidos que usam é o olfato, o paladar e o tato. Além disso, a visão e a audição dos filhotes começam a se desenvolver na segunda semana de vida, onde seus olhos começam a abrir e a audição começa a funcionar gradualmente.
■Estágio transicional
Seus sentidos são fracos nas primeiras semanas, mas começam a se desenvolver melhor ao longo do estágio transicional, que corresponde à terceira semana de vida destes animais. Agora com visão e audição parcial, os filhotes também começam a ganhar um pouco de força muscular e aprendem a andar.
A partir desse momento, os filhotes já começam a passear por aí, mas ainda com pouco reflexo e coordenação. Além disso, começam a se tornar um pouco mais independentes da mãe, não precisando mais de ajuda para fazer as necessidades, mas precisando de amamentação.
■Estágio socialização
O estágio de socialização ocorre entre a quarta e a décima segunda semana de vida do cachorro. Nele, os dentes crescem e começam a morder a mãe durante a amamentação, fazendo com que ela deixe de amamentá-los aos poucos. Esse processo de desmame pode ocorrer até a sétima semana de vida.
A partir disso, acabam ficando mais independentes, começam a se socializar mais e se tornam mais propensos a entender o que é certo e errado. É no meio deste estágio, com 60 dias de vida e após o desmame, que o filhote pode ser separado da mãe.
■Período juvenil
A partir da décima segunda semana de vida ocorre o período juvenil nos cachorros. Neste período, eles são bastante travessos e tem bastante energia para gastar, o que faz com que costumem testar os limites de suas casas. É nessa fase que as regras devem ser fixadas com os cachorros, pois depois disso sua capacidade de aprendizado diminui.
Portanto, se você não quer que seu pet morda as visitas ou se torne muito mimado, é nesse período que ele deve ser ensinado o que pode e o que não pode. O período juvenil dura até o cachorro atingir sua maturidade sexual.
■Período adulto
O cachorro é considerado em seu período adulto a partir de quando atinge sua maturidade sexual, que pode acontecer entre seis meses e um ano de vida.
Neste período, os cachorros já tem sua capacidade de aprendizagem reduzida, então pode ser um pouco mais difícil ensinar coisas novas para o seu pet, mas nada impossível. Já não precisam de suas mães para nada, e estão praticamente independentes mas com os ensinamentos já passados
Papel da mãe no desenvolvimento dos filhotes de cachorro
A mãe é muito importante no desenvolvimento dos cãezinhos quando nascem, pois é responsável por manter sua segurança e garantir que o cãozinho desenvolva bem seu corpo e cresça saudável. Aprenda a seguir o papel da mãe no desenvolvimento dos filhotes!
■Amamentação
A amamentação nos primeiros estágios da vida dos cachorros é muito importante para que o filhote cresça saudável.
Inicialmente, o leite da mãe apresenta uma substância chamada colostro, que é responsável por proteger os cachorrinhos de infecção nos primeiros dias de vida. Ao longo dos estágios, o leite também apresenta anticorpos e faz com que os cachorros desenvolvam seu sistema imunológico.
O leite materno também dispõe para os filhotes diversos nutrientes que possibilitam um amadurecimento saudável, como cálcio, que ajuda no desenvolvimento dos ossos. Assim, o cãozinho pode crescer com um corpo forte e resistente.
■Proteção e segurança
Além da amamentação, as mães também são responsáveis por garantir a segurança dos filhotes. Os instintos permitem que ela cuide deles das mais diversas formas, garantindo a interação dos filhotes com seus irmãos de forma segura.
A mãe também protege seus filhotes de outros animais, pois os cachorros demoram alguns dias para desenvolver a visão e audição. Além disso, os instintos maternos também fazem com que ela os ajude enquanto aprendem a andar, ainda não tendo desenvolvido coordenação motora.
■Ensinamentos
Inicialmente, são as mães que ensinam o filhote a socializar com seus irmãozinhos e a respeitar o espaço dos demais na hora da amamentação. Elas também ensinam a se comportar de forma menos selvagem, sem a necessidade de violência, impedindo brigas e desavenças entre eles.
Além disso, a mãe também é responsável por ensinar o filhote a andar e a fazer suas necessidades sozinhos ao longo dos estágios iniciais de vida.
Problemas causados pela separação prematura do filhote de cachorro
A mãe é muito importante nas primeiras semanas de vida do filhote, e separá-los antes que o desmame seja completado – com cerca de 60 dias após o nascimento – pode trazer alguns problemas. Entenda, a seguir, os principais problemas causados pela separação prematura do filhote de cachorro.
■Diminuição da resposta do sistema imunológico
Separar o filhote da mãe antes do tempo recomendado pode trazer sérios prejuízos para seu sistema imunológico. Como o cãozinho não vai ter recebido os anticorpos necessários para a proteção do seu organismo, ele crescerá com um sistema imunológico mais fraco, tornando-se mais propenso a ficar doente,
Caso a mãe não consiga amamentar, é possível dar para o cãozinho suplementos e vitaminas especiais, mas antes é preciso passar com um veterinário especialista em nutrição.
■Transtornos comportamentais
A separação prematura do filhote também pode fazer com que ele tenha transtornos comportamentais ao longo da vida. Durante o período de socialização, os filhotes observam a mãe e aprendem com ela diversas questões da identidade canina como a se alimentar sozinhos, lidar com frustrações, explorar o território, etc.
Dessa forma, cães separados de forma prematura podem crescer muito mais medrosos, possivelmente sentindo medo de quase qualquer pessoa ou animal que não conhece.
■Hiperatividade e ansiedade
Cachorros que passam pela separação precoce da mãe tendem a ser mais hiperativos. Como o cãozinho não teve o tempo recomendado de brincadeiras com seus irmãos caninos, ele tende a crescer mais agitado e travesso, não sabendo a diferença entre brincadeiras e situações sérias, tornando mais difícil adestrá-los.
Além disso, também estão mais propensos a adquirir problemas psicológicos, como ansiedade. Uma das síndromes mais comuns dos pets é a síndrome de ansiedade da separação, que faz com que eles fiquem muito nervosos e agitados quando seus tutores saem de casa.
■Mau comportamento com outros cachorros e pessoas
Como foram separados de sua mãe antes do tempo, estes cãezinhos acabam tendo uma grande dificuldade de socialização. Assim, acabam não sabendo lidar bem com outros cachorros ou até com pessoas, tendo medo ou aversão a qualquer um que não seja seus tutores.
Muitos destes cachorros acabam se tornando ciumentos, não aceitando ver seus tutores dando atenção para outros pets, ou até interagindo com outras pessoas. Em alguns casos, podem até se tornar agressivos.
Cuidados com o filhote de cachorro recém-chegado
Para garantir que um filhote tenha a melhor experiência possível quando chega à casa de seus tutores, é preciso ter bastante dedicação. Confira, a seguir, algumas dicas de cuidados com o filhote de cachorro recém-chegado.
■Carinho e atenção
Quando o cachorro filhote é retirado da mãe e de seus irmãos, ele pode se sentir muito sozinho nas primeiras semanas, pois não está acostumado a ficar longe de sua família canina. Por isso, é muito importante dar bastante atenção para os filhotes quando são levados para o novo lar.
Colos, carinhos e brincadeiras leves são muito bem vindas para que o cãozinho possa se acostumar com a companhia de sua nova família. Dessa forma, com o tempo, o filhote deixará de sentir saudade da mãe e focará todo seu amor nos tutores.
■Socialização
Outra questão muito importante para os cachorros recém-chegados é a socialização. Para terem uma boa convivência com pessoas além de seus tutores, é importante que os filhotes interajam com outras pessoas ao longo dos primeiros meses. Se crescerem interagindo apenas com seus tutores, quando adultos poderão estranhar e se sentir incomodados com pessoas desconhecidas.
Socializar com outros pets durante a juventude também ajuda o cãozinho a crescer sem estranhar ou ter medo exagerado de outros cachorros. Porém, é importante que o cachorro socialize com outros pets com supervisão e cuidado.
■Higiene
Já em relação à higiene dos filhotes, é importante lembrar que o primeiro banho só pode ser dado após as vacinas. Banhar um filhote antes das vacinas pode contribuir para que ele adquira alguma doença.
Também é importante dar banhos com produtos feitos especialmente para filhotes, como xampus e condicionadores neutros, tendo sempre cuidado para não deixar cair água e produtos nos olhos, orelhas e narinas do filhote. Além disso, é fundamental dar banhos apenas em dias quentes e com água morna, evitando que o cãozinho fique gripado.
■Vacinas e vermífugos
As vacinas e os vermífugos são cruciais na vida do cachorro, pois podem impedir uma série de doenças. Os vermífugos servem para impedir que vermes, como os helmintos, se tornem parasitas no organismo do cãozinho, gerando vômitos, diarreia e fraqueza.
Já as vacinas, são essenciais para que o cãozinho possa crescer protegido de diversas doenças causadas por vírus e bactérias, como a raiva e a leptospirose. Por isso, é fundamental ficar em dia com as vacinas e vermífugos do seu pet não só na infância, mas também na vida adulta.
■Acompanhamento veterinário
É muito importante que o cãozinho tenha acompanhamento veterinário, principalmente nos primeiros meses após chegar ao novo lar. Com um bom acompanhamento, o médico poderá garantir a saúde do filhote, pedindo exames, observando seu crescimento e até mesmo acompanhando as etapas de vacinação.
Dessa forma, é possível precaver qualquer doença que possa fazer mal para o pet. Além disso, o veterinário também pode ser de grande ajuda para os tutores, tirando suas dúvidas e esclarecendo as mais diversas questões referentes à saúde do pet.
Agora você já sabe com quantos dias pode tirar o filhote de cachorro da mãe
Neste artigo, você aprendeu que é recomendável tirar o filhote de cachorro da mãe por volta de 60 dias de vida, no meio do estágio de socialização. Dessa forma, o cãozinho tem maiores chances de crescer de forma saudável, tanto física quanto psicologicamente.
O filhote passará seus primeiros meses com os anticorpos necessários e desenvolverá um sistema imunológico resistente. Além disso, quando chegar no novo lar, o cãozinho terá mais facilidade de se acostumar com seus tutores e com o novo ambiente, além de ter menos chances de adquirir problemas como hiperatividade e ansiedade.
Portanto, é muito importante que o cachorro não seja tirado de sua mãe precocemente, pois pode acarretar em diversos problemas não só na infância do cãozinho, mas também ao longo de toda a vida.
Paulista, 23 anos, maninho da Cacau e apaixonado por filmes, séries, livros e pets!