Como cuidar de uma calopsita: confira algumas dicas infalíveis!

Calopsitas são dóceis aves da ordem dos Psittaciformes, que são amplamente adotadas como pássaros de estimação devido à grande capacidade de socialização e à uma série de incontáveis virtudes.

Apesar de serem mansas, incrivelmente inteligentes e de fácil manutenção, as calopsitas demandam vários cuidados do tutor, o qual precisa agir com responsabilidade, prezando sempre pelo bem-estar e pela qualidade de vida desses animais.

Fatores que influenciam diretamente no desenvolvimento saudável da calopsita são a boa alimentação, um habitat higienizado e tranquilo e a constância da interação entre o pet e seus donos. Assim, neste artigo você conhecerá, em detalhes, essas e outras variáveis imprescindíveis para cuidar bem das incríveis calopsitas. Vamos lá?

As calopsitas, enquanto filhotes, além de serem fofas e pequenas, são muito frágeis e delicadas. Devido a isso, para que elas cresçam saudáveis, é preciso tomar cuidados específicos quanto à alimentação, à higiene e ao habitat. Confira como:

Principalmente quando são recém-nascidas, os pais cuidam da alimentação dos filhotes. No entanto, como os bichinhos estão sendo criados em cativeiro, o ciclo natural pode ser alterado, fazendo com que o tutor tenha que intervir alimentando os pets com papinhas apropriadas. A maioria é comprada seca em pet shops e, quando for utilizada, deve ser diluída em água.

Quanto ao procedimento, fique atento: caso o filhote tenha menos de 20 dias de vida, o ideal é alimentá-lo de três em três horas com 5 ml de papinha; caso tenha mais de 20 dias, alimente-o de seis em seis horas com 10 a 15 ml de comida.

Para que a calopsita cresça com saúde, é preciso higienizá-la adequadamente. Manter a gaiola sempre limpa, removendo as excretas diariamente também é outro fator importante.

Para limpar o pet, passe um pano úmido limpo no bico sempre que ele terminar de se alimentar. Dilua, também, um pouco de sabonete neutro em água morna e passe, com o pano, a mistura suavemente pelas penugens e penas do filhote. Após isso, seque o animal com um pano macio. Assim, todos resquícios de papinha sairão.

Assim como os bebês humanos, quando os filhotes de calopsita sentem fome e principalmente frio, eles choram, gritam e ficam inquietos. Enquanto o animal ainda não está empenado, para aquecer o ambiente em ele está, coloque uma lâmpada de aquecimento que faça com que a temperatura se eleve para 35,5º C.

Ademais, fique atento aos sinais: se o pequeno pássaro estiver encolhido e tremendo, isso indica que ele não está recebendo aquecimento suficiente. Por isso, esteja sempre em alerta para que o animal consiga se aquecer bem.

A partir de duas semanas de vida já é possível amansar o filhote de calopsita. Ainda que o animalzinho tenha, por instinto, medos que o fazem recuar quando o tutor tenta pegá-lo, é importante insistir e brincar constantemente com ele. Pegando-o por aproximadamente dez minutos sem afastá-lo muito do ninho, de modo rotineiro e gradual, o pet se tornará cada vez menos arisco.

Quando o filhote possui de seis a sete semanas de vida, é preciso transferi-lo para uma gaiola, afinal, ele está aprendendo a voar e precisa de bastante espaço. Acompanhe e vigie as tentativas de voo para que o animal não se machuque, já que as penas não estão completamente desenvolvidas ainda.

A gaiola precisa ser bem espaçosa e deve ter os poleiros localizados próximos ao chão, para que o filhote possa subir neles com facilidade; inclusive, é comum que ele durma e descanse em cima deles.

Infelizmente, eventualmente pode acontecer a fatalidade de a calopsita adoecer. Por isso, é preciso ficar sempre atento aos sinais emitidos pela ave, já que algumas condutas podem indicar doenças. Caso a enfermidade seja identificada, seja responsável e ajude-a a se tratar mais rápido.

Conforme mencionado, há alguns sinais indicativos de doença. Por exemplo, alterações na consistência das fezes, como diarreias ou modificações na coloração e na textura, representam que algo não vai bem no organismo da calopsita.

Além disso, caso haja mudanças repentinas de comportamento, fique atento; calopsitas são brincalhonas e ativas por natureza. Se ficarem reclusas e evitarem contato, pode ser que algo esteja errado.

A alimentação feita de forma indiscriminada pela calopsita pode indicar uma doença ou, ainda, ser a causa dela. Ou seja, caso a ave não esteja comendo as porções devidas a ela, é preciso regular e controlar a comida.

Assim como as calopsitas filhotes comem papinha, as doentes também podem e devem comer. Para isso, dilua um pouco de ração em água até que a mistura tenha consistência pastosa e alimente o bichinho com uma seringa. Com o passar do tempo, o pássaro se recuperará e conseguirá voltar a comer comidas sólidas.

É comum que o pássaro doente já esteja estressado devido à sua condição. Por isso, evite que ele seja perturbado e deixe-o em repouso na gaiola. Não faça mudanças repentinas na rotina, no ambiente e no ciclo de sono da calopsita. Poupá-la de ruídos sonoros e de luzes intensas também pode ajudá-la a relaxar.

Após levar o pet ao veterinário, é comum que seja receitado algum antibiótico ou outro medicamento. Por exemplo, uma zoonose comum entre aves de estimação é a febre do papagaio, causada por uma bactéria combatida por antibiótico.

Junto do diagnóstico, o médico veterinário indicará o remédio e o modo de ministrá-lo. Atenção: não atrase no horário do medicamento e nem pare de medicar a ave antes da data estipulada, ainda que ela apresente melhoras. É preciso continuar o tratamento até o fim e ser responsável quanto a ele.

Para prevenir doenças nas calopsitas, é preciso zelar pelo bem-estar dessas aves. Para isso, sempre as alimente com ração ou alimentos de qualidade; investir em rações e grãos um pouco mais caros podem ajudar a promover a saúde e a longevidade do animal.

Além disso, brinque e interaja constantemente com a calopsita. Como o pássaro é ativo e brincalhão, evitar contato físico pode fazer com que ele se sinta sozinho e adoeça.

Enfim, visite um veterinário especializado em aves constantemente. Para que a prevenção seja efetiva, é preciso verificar as condições de saúde com um profissional qualificado.

Antes de ter uma calopsita é importante entender que ela sente bastante frio quanto as temperaturas caem, já que é um animal biologicamente preparado para temperaturas quentes. Para evitar que essas aves fiquem resfriadas (sim, calopsitas ficam resfriadas) ou que tenham maiores problemas, atenção quanto às dicas:

Além de a exposição solar ser fundamental para que a calopsita produza vitamina D e possa metabolizar cálcio, os banhos de sol as aquecem de forma natural. Prefira horários em que o sol não está tão forte, como pela manhã ou após as 16h. É importante que a luz solar seja direta e não através de um vidro.

Durante o amanhecer e o entardecer coloque a gaiola em exposição solar, mas certifique-se de que há áreas de sombra para que a ave possa se refugiar quando não quiser mais ficar tão exposta à claridade.

Caso o tempo esteja nublado ou as noites sejam muito frias, optar por aquecedores é uma ótima alternativa. Mas tenha cuidado: jamais deixe a ave voar livremente em um ambiente com o aquecedor ligado e acessível a ela, pois podem ser causados acidentes ou fatalidades.

É interessante usar o aquecedor elétrico pois há muitas opções que permitem que seja feita a regulagem da temperatura. Uma ótima temperatura para as calopsitas circunda entre 22º C e 28º C.

Ao contrário dos aquecedores, as lâmpadas de calor são comuns e podem ser adquiridas em quaisquer lojas de produtos para animais ou pet shops. Lâmpadas de 40 watts são acessíveis financeiramente e suficientes para aquecer a gaiola. É importante que as aves não tenham acesso direto à lâmpada para que não se queimem.

Certifique-se, também, de que há áreas aquecidas e outras não aquecidas no ambiente em que a calopsita vive, pois assim ela pode se refugiar em outros cantos da gaiola quando não quiser mais tanta irradiação de calor.

Os ventos de ar, também conhecidos como friagem, são comuns no inverno. Infelizmente, eles esfriam a gaiola e, portanto, o ambiente em que a calopsita vive. Uma boa opção para “cortar” tais correntes de ar é cobrir a gaiola com um lençol ou com lonas e telas grossas. Mas lembre-se de não manter a cobertura por muito tempo, pois a ave precisa interagir constantemente.

Também é viável manter a gaiola longe de janelas, varandas e quintais, principalmente à noite, quando a circulação dos ventos é mais intensa.

Assim como deve haver cuidados específicos para as calopsitas no inverno, também é preciso se preocupar com o bem-estar desses animais no verão. Principalmente no Brasil, um país tropical onde as temperaturas médias são altas, fique atento quanto às recomendações:

Em dias muito quentes, a água tende a evaporar rapidamente. Por isso, abasteça constantemente o bebedouro da calopsita com água fresca mineral ou filtrada. A hidratação da ave é fundamental para que sua temperatura corporal se mantenha constante e para que ela se refresque de dentro para fora.

É possível, também, disponibilizar água gelada para a ave, posto que, com o calor, a temperatura do bebedouro será elevada naturalmente; assim, a água disponível demora mais para esquentar.

As calopsitas adoram brincar e se banhar em água fria em dias de muito calor para ajudar na regulagem da temperatura. É interessante adicionar um prato raso ou uma vasilha com um ou dois dedos de água para que ela tome banho de forma independente.

Assim que ela sentir necessidade, irá até o recipiente e mergulhará por alguns instantes. Em alguns dias o ritual pode ser repetido mais de uma vez, por isso é preciso deixar a água do banho sempre fresca, trocando-a com frequência.

Além de deixar a gaiola em áreas ventiladas e arejadas, o tutor pode deixar um ventilador em baixa velocidade circulando no rumo do habitat da calopsita, ainda que por um curto período. Assim, os ares da gaiola se renovarão de modo rápido e efetivo. Atenção! Para isso, é importante estar por perto, vigiando o animal para evitar acidentes.

Também é válido ter um borrifador de água à disposição. Durante o dia, para ajudar a calopsita a se refrescar, borrife um pouco de água nela; além da ação ser prática, a calopsita pode encarar a atitude como um convite para brincar!

Ainda que seja importante que a ave tome um pouco de sol para estimular a produção de vitamina D, é essencial deixá-la em ambientes com sombra nos dias quentes de verão. Quando a radiação solar é muito forte, ela pode ser perigosa para as calopsitas, provocando, inclusive, queimaduras. Por isso, deixe a gaiola protegida de luz solar direta.

Caso a calopsita se machuque, é imprescindível tomar determinadas precauções. Em um momento de fragilidade, é natural que a ave se estresse e fique nervosa. Por isso, seja compreensivo e paciente com o animal e saiba quais são as condutas corretas:

Se o animal tiver lesionado a asa ou outra parte do corpo e esteja com feridas expostas, é muito importante limpar o local em que ele se localiza. Separar a ave da gaiola evita que seu machucado suje com resquícios de excreta ou de comida, evitando possíveis infecções.

O primeiro passo é levar a ave a um local limpo e, se possível, esterilizado. Em seguida, identifique a causa dos machucados e parta para os primeiros socorros.

É interessante sempre ter à disposição um kit com gaze, água boricada e algodões. Seque o animal, caso haja sangue, com um algodão. Em seguida, caso a ferida seja superficial, passe a água boricada, a qual possui propriedades antissépticas e antibacterianas. Cubra o local com gaze e, em seguida, leve a calopsita ao veterinário.

O médico veterinário especializado em aves poderá identificar a causa dos machucados e conter as feridas de modo certeiro. É muito importante fazer o acompanhamento com o profissional para prezar pela saúde da calopsita. Possivelmente ele receitará pomadas, antibióticos ou outros medicamentos específicos.

Enfim, ao levar a ave para casa, é preciso dar início aos tratamentos com responsabilidade e compromisso.

Após as instruções médicas, forneça todos os remédios nos horários estipulados, sem falta. É preciso respeitar as prescrições para que a ave não apresente pioras, sempre monitorando todas as suas reações fisiológicas. Além disso, mantenha contato com o profissional responsável por alguns dias até que o quadro da calopsita se estabilize.

Ainda que sejam aves que amam áreas externas, jardins e ambientes iluminados e arejados, é possível ter calopsitas em apartamentos. Com algumas adaptações, o animal viverá tão bem quanto em casas. Veja como:

Assim como todas as outras calopsitas, as que vivem em apartamentos devem se alimentar com mix de sementes ou com rações próprias para elas facilmente encontradas em lojas de produtos para animais, como as extrusadas ou peletizadas.

Além disso, é interessante dar legumes e verduras crus e cozidos: abobrinha, couve-flor e brócolis são ótimas opções. Frutas, como maçã, pera, morango, mamão e banana também são muito apreciadas pelas calopsitas.

Calopsitas se adaptam facilmente a gaiolas domésticas, por isso, escolha uma espaçosa; assim, a ave pode se movimentar, brincar e fazer voos curtos com facilidade. É preciso colocar poleiros para que elas desgastem o bico e as patas e, também, descansem.

A gaiola deve ser localizada em um quarto ou ambiente arejado, próximo a janelas ou varandas. Deve haver ampla circulação de ar e, em alguns momentos do dia, o sol deve atingir partes do ambiente em que a calopsita vive para que ela tome banhos de sol.

Eventualmente, é válido soltar a calopsita dentro do apartamento para que ela faça voos mais longos. Quando soltá-la, certifique-se de ter fechado todas as janelas e sacadas, para que ela não fuja ou sofra acidentes. Se necessário, coloque telas nas janelas. Lembre-se sempre de acompanhar a ave quando ela for brincar fora da gaiola: preze pela segurança do animal.

Manter o ambiente da gaiola sempre limpo é essencial. É indicado lavar a gaiola diariamente com sabonete neutro ou passar um pano úmido com álcool 70% na superfície do ambiente. Além disso, higienize o local do apartamento em que a gaiola se localiza e lave os recipientes do comedouro e do bebedouro pelo menos uma vez por dia.

Antes de adotar uma calopsita, é imprescindível entender que, assim como quaisquer outros pets, elas demandam cuidados e muita responsabilidade. Há alguns adendos quanto à criação dessas aves antes de adquiri-las:

Algumas perguntas devem ser feitas antes de se adotar uma calopsita. Você tem outros pets? Ou crianças? Há alguém para cuidar do animal na sua ausência? Você está disposto a arcar com gastos veterinários caso a ave precise?

Dentre outros questionamentos, essas são perguntas cruciais que devem ser respondidas individualmente. Entenda que calopsitas são animais que demandam atenção e cuidados específicos e especiais. Por isso, é preciso ponderar e compreender tais aspectos.

Caso haja crianças pequenas em casa, adotar uma calopsita pode não ser a melhor opção. Isso porque, ainda que sejam pássaros dóceis, não podem ser manuseados de maneira agressiva ou brusca, mas sim, com delicadeza. Muitas crianças não entendem isso, fato que pode desencadear acidentes domésticos ou maiores problemas.

A gaiola para a calopsita deve comportá-la com conforto e proporcioná-la voos curtos e mobilidade. Antes de adotar a ave, compreenda que você terá que investir em uma gaiola de qualidade, além de limpá-la constantemente. “Mobiliar” o habitat da ave também envolve a aquisição de poleiros, bebedouros, comedouros e brinquedos.

As calopsitas precisam de tempo para se acostumar com a gaiola e com a nova casa em que habitam. Por isso, saiba que no início da adoção, você enfrentará um período de adaptação que demandará paciência.

Nos primeiros dias, a ave não se alimentará adequadamente e pode cantar e gritar um pouco. Por isso, deixe-a tranquila, dê espaço a ela e não se estresse. Assim, a fase adaptativa passará mais rápido.

Além de todas as dicas apresentadas neste artigo, há outras essenciais que são capazes de tornar o cotidiano das calopsitas muito melhor. Por exemplo, interagir com essas aves e ter cuidados extras são fatores fundamentais. Confira:

No dia-a-dia, é interessante colocar objetos para distrair a ave na gaiola, como bolinhas, escadas e rolinhos. Em lojas de produtos para aves, pet shops ou mesmo online, há produtos específicos para brincar com as calopsitas. Brincadeiras lúdicas também são válidas, já que algumas dessas aves imitam comportamentos ou sons do dono para interagir.

As calopsitas, além de voar fora das gaiolas, também apreciam a interação física com os donos. Elas gostam de ficar nos ombros e no colo dos tutores. Assim, é válido deixá-las fora da gaiola por alguns instantes, já que elas apreciam e se entretêm com esses momentos. Ainda assim, certifique-se de ter fechado portas e janelas para evitar acidentes domésticos antes de soltá-las.

Caso haja um casal de calopsitas, instintivamente elas tenderão ao acasalamento. Por isso, é importante conhecer bem o ritual: o macho deixa em evidência sua crista e, com o intuito de chamar a atenção da fêmea, abre suas asas, balançando-as de um lado para o outro. Caso você presencie tais comportamentos, fique atento quanto à reprodução das aves.

A partir daí, os processos envolvendo a nidificação e a postura dos ovos deverão ser acompanhados de perto pelo tutor.

Assim como mencionado, a limpeza da gaiola é fundamental. A higienização diária deve ser feita de modo prático, com detergente neutro e álcool 70%. Porém, quinzenalmente é preciso realizar uma limpeza mais intensa. Utilize produtos específicos para desinfecção, os quais podem ser comprados em lojas de produtos aviários e pet shops.

Lembre-se de jamais utilizar produtos agressivos, como desinfetantes para a casa ou água sanitária, pois eles podem causar alergias e problemas respiratórios nas aves.

Além de não deixar as calopsitas soltas sem a supervisão do dono, tome cuidado quanto aos produtos que circulam pela casa. Por exemplo, odores de cigarro, incenso, perfume, produtos de limpeza e fumaça podem prejudicar o sistema respiratório e as mucosas dessas aves. Fique atento para não prejudicá-las, pois calopsitas são sensíveis e delicadas.

Não há dúvidas quanto à docilidade e ao companheirismo das calopsitas. Caso você opte por adotar ou comprar uma, a ave se tornará uma grande e fiel amiga de toda a família. No entanto, é preciso compreender que junto com as qualidades dessa ave, adquirir uma representa uma série de compromissos e de responsabilidades.

Aqui você conheceu todas as necessidades básicas das calopsitas e recebeu conselhos e dicas construtivas para criar essas magníficas aves com maestria. Agora, cabe a você decidir se realmente vai adotar esse pet que, com certeza, trará muita alegria para toda a sua família. Está pronto para ter uma calopsita de estimação?