Roselas: confira espécies, cores, alimentação e muito mais!

Roselas: confira espécies, cores, alimentação e muito mais!

Conheça afundo as magníficas roselas e encante-se com suas cores vibrantes e apaixonantes!


Você já ouviu falar sobre roselas? Descubra agora esse pássaro deslumbrante e colorido!

Rosela sobre a borda de uma fonte

Dentre a ordem de aves Psittaciformes, existem centenas de espécies capazes de encantar pela exuberância e pela infinidade de suas chamativas cores. Compondo tal grupo, a família Platycercus exibe as belas roselas.

Originárias da Austrália e de ilhas adjacentes ao país, as roselas são muito apreciadas por criadores de pássaros ornamentais de todo o mundo. São aves muito coloridas, as quais tipicamente se dividem dentre oito espécies.

O canto calmo e o comportamento dócil que as caracterizam fazem com que elas sejam ótimas aves de estimação. Conheça, a seguir, tudo sobre as magníficas roselas!

O que são roselas?

Rosela comendo sementes

Roselas são pássaros Psittaciformes com plumagem colorida, geralmente avermelhada ou alaranjada, os quais vivem cerca de 20 anos e podem ser ótimos animais de estimação. Conheça em detalhes, a seguir, atributos físicos e marcantes desses pássaros:

Características gerais das roselas

Geralmente as roselas têm cerca de 30 cm e pesam de 90 a 120 gramas. As nuances de cores dessas aves assemelham-se a uma aquarela, já que a mistura de tons de verde, azul, amarelo, marrom, preto e azul é única e cativante.

São pássaros tímidos, apesar de o comportamento estar suscetível a variações dependendo da época do ano. Por exemplo, durante o período de procriação, ficam agressivos e barulhentos. É, inclusive, aconselhável criar roselas em casais, entretanto, no período de reprodução, é preciso deixar o casal separado de outras espécies, caso haja, posto que a rosela pode apresentar comportamentos territorialistas e agressivos.

A alimentação é baseada em sementes (alpiste, girassol, aveia e milho) e frutos, sendo a maçã essencial para a lubrificação do trato intestinal.

Ademais, um fato curioso abrangendo tais aves é em relação à coloração: nas fêmeas, a coloração é mais fraca do que nos machos.

Cores de roselas existentes

A grande maioria das roselas possui asas azuladas com manchas pretas. No entanto, dentro das oito espécies conhecidas, as cores variam. Por exemplo, a Rosela Adscitus (ou pálida) possui a cabeça amarelada, bochechas brancas, penas azuis, douradas e pretas. A Rosela Verde é, como seu próprio nome supõe, esverdeada, com a garganta colorida e a testa avermelhada.

Já a Rosela Pennant (ou vermelha) possui a cabeça e o peito vermelhos, as bochechas branco-azuladas e as asas azuis. A Rosela Venustus (rosela-de-cabeça-preta) é caracterizada pelas suas penas pretas ao redor da cabeça, nas costas e nos ombros.

Também há a Rosela Icterotis, que possui identitárias manchas amarelas nas bochechas, a Rosela Flaveolus, com a testa avermelhada e as bochechas azuis e a Rosela Adelaide, com o corpo alaranjado e a garganta azul. Enfim, há a Rosela Eximius, a mais difundida e conhecida no Brasil, com a cabeça vermelha e as bochechas brancas.

Reprodução das roselas

Com cerca de um ou dois anos de idade, as aves já estão prontas para cruzar. Elas costumam se reproduzir entre agosto e fevereiro, geralmente na primavera. A fêmea põe de 2 a 9 ovos de coloração branca que eclodem em cerca de 20 dias. O ninho, na natureza, é construído em troncos ou no alto de árvores. Enquanto os ovos são chocados a fêmea só sai do ninho para se alimentar, podendo, também, ser alimentada pelo macho.

O macho, além de prover alimento para a fêmea, ajuda a cuidar dos filhotes quando os ovos eclodem e a proteger o ninho. Ainda assim, após o nascimento dos filhotes, geralmente a fêmea os alimenta.

A rosela enquanto filhote

As roselas, especialmente enquanto filhotes, requerem muita atenção. Eles costumam sair do ninho por volta dos 35 dias de vida e ficam por mais 20 dias com os pais até começarem a comer sozinhos.

A plumagem costuma surgir na quarta semana de vida, mas pode demorar até um ano para que a pelagem estabeleça-se por completo! Ademais, os filhotes voam pela primeira vez aproximadamente aos 33 dias de idade.

Comportamento das roselas

Rosela vermelha e azul

Há alguns comportamentos característicos dessas aves. Conhecer o dia-a-dia e os hábitos das roselas faz com que, além de apreciadas, elas sejam compreendidas, favorecendo a interação do dono com sua ave de estimação. Entenda, a seguir, algumas das principais tendências de comportamento das roselas!

Temperamento e Hábitos das roselas

As roselas possuem um aguçado instinto selvagem e são ariscas. Não são como as calopsitas, famosas aves de estimação, que gostam de ser acariciadas; pelo contrário, podem até morder quando expostas a tal estímulo.

Podem tornar-se agitadas se expostas a ambientes barulhentos e, no geral, são criaturas inteligentes e passíveis de treinamento: podem, inclusive, reproduzir assobios melódicos e até falas humanas.

Além disso, são bons pássaros de companhia e requerem bastante atenção. Por isso, caso sejam criadas em casa, é recomendado que sejam colocados, no viveiro, brinquedos e que os donos interajam com elas.

Como distinguir as roselas fêmeas dos machos?

Não é simples distinguir as fêmeas dos machos, especialmente enquanto as roselas são filhotes, posto que há pouco dimorfismo sexual. Há, entretanto, algumas características que as diferenciam: a tonalidade das penas, o formato da cabeça e o tamanho do bico.

A coloração das fêmeas costuma ser mais opaca, enquanto os machos possuem pelagem com cores vibrantes e brilhantes. Além disso, o macho possui a cabeça levemente mais achatada e o bico moderadamente maior.

Principais espécies de roselas

Rosela sobre um galho

Dentre as oito espécies conhecidas de roselas, é possível elencar quatro protagonistas que caracterizam o grupo de aves: As Roselas Caledonicus, as Eximius, as Icterotis e as Pennant.
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Platycercus Caledonicus

Rosela verde sobre um galho

Popularmente conhecidas como Roselas Verdes ou Roselas da Tasmânia, as Platycercus Caledonicus são originárias da Tasmânia, na Austrália. Possuem plumagem amarelo-esverdeada, a testa vermelha e uma marcação azul escura nas bochechas. Ademais, o peito e o abdômen são amarelos e as asas são verdes com algumas manchas escuras.

As Roselas Verdes compreendem a maior espécie do gênero das roselas, com adultos com asas que podem atingir até 54 cm de comprimento. São, na natureza, encontradas em pares ou em pequenos grupos, embora aves mais jovens possam se reunir em grupos de 20 ou mais quando não estão em épocas reprodutivas.

Platycercus Eximius

Rosela caminhando e procurando algo

As Roselas Platycercus Eximius são as mais difundidas pelo Brasil. São, também, conhecidas como roselas multicoloridas devido à diversidade chamativa de suas cores. A cabaça, o peito e a região cortada pelo rabo são avermelhadas, as bochechas são esbranquiçadas, a parte mais baixa do peito é amarelada e o abdômen é amarelo-esverdeado.

Além disso, as asas são uma mistura de preto, azul e verde, fazendo com que as diferentes tonalidades que “pintam” a ave remetam uma aquarela.

Dentre as Eximius, existem algumas subespécies e mutações conhecidas as quais determinam a tonalidade da pelagem. Por exemplo, há as Eximius Opalinas (predominantemente vermelhas), as Eximius Opalinas Canela (avermelhadas com mutações em canela) e as Eximius Lutinas (com tons em amarelo e branco predominantes).

Platycercus Icterotis

Rosela sobre uma folha

Roselas da espécie Platycercus Icterotis possuem a cabeça, o peito, o abdômen e o rabo vermelhos; as narinas e a região das bochechas são amarelas, característica marcante das Icterotis. As asas costumam ser mais coloridas, com tons de verde, amarelo, vermelho e até preto presentes.

São menores do que as demais roselas, atingindo cerca de 26 cm. Devido ao tamanho pequeno, os viveiros em que são criadas podem ser ligeiramente reduzidos.

Platycercus Pennant

Rosela sobre um galho

Já as Platycercus Pennant, também conhecidas como Roselas Carmesins ou Vermelhas, são de maior porte, medindo cerca de 36 cm. Dentro da espécie existem sete subespécies, das quais três são predominantemente vermelhas. Ainda assim, todas as raças possuem bochechas, asas e cauda azuladas com forte presença do vermelho pintando o corpo.

Assim como nas demais roselas, há pouco dimorfismo sexual nesta espécie. A diferença mais relevante entre os gêneros dessa espécie envolve o fato de que os machos são cerca de 15% maiores do que as fêmeas, possuindo, também, bicos mais largos.

Onde vivem as roselas?

Rosela sobre um galho brincando com flores

As roselas são originárias da Austrália e de ilhas adjacentes ao país. No entanto, há regiões específicas dentro do território australiano e em outros locais do globo onde é possível encontrar roselas na natureza. Confira quais são elas!

Áreas rurais

Roselas são relativamente comuns em áreas rurais da Austrália. Como pássaros nativos, gostam de habitar em áreas de terras baixas levemente arborizadas ou em bosques abertos. É importante que haja árvores e troncos ocos para que façam seus ninhos e para que possam se alimentar com frutos silvestres.

Margens de rios

Margens de rios e matas ciliares são muito apreciadas por roselas. Inclusive, as Platycercus Flaveolus são conhecidas, também, como River Rosellas (“roselas do rio”). Isso ocorre, posto que essas roselas apreciam muito árvores de eucalipto encontradas, principalmente, às margens de rios do sudeste australiano.

É possível criar roselas em casa? Descubra cuidados e muito mais

Duas roselas em uma gaiola

Conforme dito anteriormente, roselas podem ser excelentes aves de estimação. São dóceis, amigáveis e de fácil manutenção. Conheça as principais dicas sobre a criação dessas aves fantásticas:

Alimentação das roselas: o que elas comem?

Na natureza, roselas apreciam sementes, frutos, hortaliças, flores, insetos e larvas. Em cativeiro, é possível alimentá-las com tais elementos ou, ainda, optar por uma ração extrusada à base de sementes que contenha nutrientes essenciais.

É recomendado dar às roselas frutas capazes de lubrificar o trato intestinal, como maçã; além disso, forneça a elas legumes e vegetais, como cenoura, nabo, brócolis e espinafre. Evite dar frutas tropicais, em especial peras e abacates, pois são tóxicas para as aves. Além disso, não dê alface ou agrião a elas, pois isso pode comprometer as mucosas do estômago e provocar diarreia.

Criando o habitat perfeito para as roselas: dicas de gaiolas e mais

Para que as roselas vivam confortavelmente e nas melhores condições possíveis, é preciso organizar um viveiro bem incrementado. Será preciso uma gaiola grande com, no mínimo, 1,20 m de comprimento, 0,6 m de largura e 0,6 m de altura. Organize espaços específicos para o bebedouro, o comedouro, os poleiros e o suporte que comportará o ninho.

Depois de organizar a estrutura, certifique-se de que a base é removível e passível de higienização, afinal, ela armazenará os excrementos e os restos de comida do animal. Dentro da gaiola, posicione alguns brinquedos para que a rosela possa se distrair e brincar, como cordas.

Atente-se, também, quanto à condição do viveiro, posto que, com o tempo, as aves vão bicando a gaiola para desgastar e afiar o bico.

As roselas são incríveis e exuberantes!

Duas roselas sobre um galho

Além de serem pássaros extremamente chamativos devido às suas belas e vibrantes cores, são, também, cativantes e dóceis, conquistando qualquer um que os conheça!

Aqui você teve contato com informações enriquecedoras sobre roselas e, caso queira, já sabe que pode tê-las em sua casa como aves de estimação. Há uma série de benefícios em tê-las como pets: são divertidas, sociáveis e higiênicas, aprendem truques e têm um viveiro facilmente limpável.

Essas aves possuem tons variados dignos de uma aquarela! É impressionante conhecer a natureza e realizar descobertas acerca de aves como as roselas!

Autor deste artigo

Sempre me interessei muito pela escrita e, principalmente, por pets. Uni ambas as coisas e comecei a escrever me inspirando, primeiramente, em meus pets e, posteriormente, em outros.

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